*179520 RAS-RELATED PROTEIN 1A; RAP1A
Símbolo Alternativo KREV1
Lócus do Gene Mapeado 1p13.3
CLONAGEM
Rousseau-Merck e outros (1990) estabelceram que três novos cDNAs humanos codificadores de proteínas relacionadas com RAS, designados RAP1A, RAP1B (omim179530) e RAP2 (omim179540), foram isolados por Pizon e outros (1988) e Pizon e outros (1988). Essas proteínas compartilham aproximadamente 50% de identidade de aminoácidos com as clássicas proteínas RAS e têm numerosas feições estruturais em comum. A mais notória diferença entre as proteínas RAP e RAS residem em seus 6 primeiros aminoácidos (their 61st amino acid): a glutamina na RAS é substituída pela treonina nas proteínas RAP.
Kitayama e outros (1989) isolaram um cDNA humano chamado Krev1 que pode suprimir o fenótipo trasnformado de uma linhagem celular transformada Kirsten. A sequência de aminoácidos prevista da proteína Krev1 é idêntica à de RAP1A.
FUNÇÃO DO GENE
Boussiotis e outros (1997) notaram que a C3G [omim 600303 A C3G é uma proteína de liberação do nucleotído guanina (GNRP) identificada como uma proteína CRK (164762) de ligação a SH3 (domínio 3 de homologia a Src); a proteína CXORF9 (omim300441- sequencia aberta de leitura do cromossomo X) tem um domínio SH3 (Obs.: Sequencia aberta de leitura é a que fica entre o código iniciador e finalizador.)] catalisa o permutador de GTP da Rap1. Análises de imuno-pigmentação mostraram que nas células T anérgicas, a CBL [omim 165360 O proto-oncogene CBL funciona como um regulador negativo de várias vias de sinalização de receptores de proteínas cinases de tirosina e como uma proteína adaptadora na sinalização dependente da fosforilação da tirosina.] está constitutivamente fosforilada, os complexos CRKL (omim602007)-C3G são recrutados, e a Rap1, uma antagonista da função de Ras e um regulador negativo da transcrição da IL-2, é ativada. Boussiotis e outros (1997) sugeriram que a chave determinante do resultado funcional dos sinais inciados pelo receptor de célula T podem estar na razão da Ras-GTP para RAP1-GTP, com predomínio de uma forma aumentando e da outra bloqueando a transcrição da IL2.
Asha e outros (1999) demonstraram que as vias de sinalização mediadas pela RAS-1 na Drosófila não são influenciadas pelos níveis de RAP1, sugerindo que a RAS1 e a RAP1 funcinam por diferentes caminhos. Além disso, uma mutação que abole o suspeito sítio de fosforilação de cinase dependente de AMP cíclico da RAP1 da Drosófla pode ainda resgatar o fenótipo mutante da RAP1. Asha e outros (1999) demonstraram que a RAP1 não é necessária para a proliferação celular e a especificação do destino celular mas tem uma função crítica na regulação da morfogênese normal da célula no disco ocular, ovário e embrião. As mutações na RAP1 também rompem a migração celular e causam anomalias no formato da célula. Esses achados indicam um papel para as proteínas RAP como reguladoras da morfogênese in vivo.
Mochizuki e outros (2001) usaram sensores baseados em tranferidor de energia por ressonância fluorescente (FRET) para avaliar imagens espaço-temporais da ativação da RAS e da RAP1 induzida por fator de crescimento. O Fator de Crescimento da Epiderme (omim131530) ativou a RAS na membrana plasmática periférica e a RAP1 na região perinuclear intracelular em células COS-1. Em células PC12, a ativação da RAS induzida pelo fator de crescimento do nervo (veja omim 162030) foi iniciada na membrana plasmática e transmitida para todo o corpo celular. Após três horas, alta atividade de RAS foi observada em neuritos [um neurito significa uma projeção a partir de um corpo celular de um neurônio, que pode ser um axônio ou um dendrito. http://en.wikipedia.org/wiki/Neurite] em expansão. Com uso de técnica de FRAP (recuperação de fluorescência após foto-branqueamento), Mochizuki e outros (2001) descobriram que a RAS nos neuritos retornam rapidamente; por esse motivo, a atividade sustentada da RAS nos neuritos foi devida à alta taxa de permutação de GTP para GDP e/ou baixa atividade de GTPase, mas não pela retenção da RAS ativa. Enquanto análises bioquímicas prévias raramente detectavam mais do que 40% de ativação da RAS na estimulação por fator de crescimento, Mochizuki e outros (2001) concluíram que seus dados mostram que a estimulação pelo fator de crescimento ativa fortemente a RAS/RAP1 em áreas muito restritas dentro das células, e que uma grande população de RAS ou RAP1 permanece inativa, causando uma resposta aparente de baixos níveis em ensaios bioquímicos.
Zhu e outros (2002) examinaram as pequenas GTPases RAS e RAP em sinalização pós-sinapticas subjacentes à plasticidade sináptica. Eles mostraram que a RAS retransmite a sinalização do receptor NMDA (veja omim 138252) e e da proteína cinase II (veja 114078) dependente de calcio/calmodulina que dirigem a entrega sinaptica dos receptores AMPA [veja omim 138248 - Receptores de glutamato são os receptores de neurotrasmissores exitatórios predominantes no cérebro dos mamíferos e são ativados em uma variedade de processos neurofisiológicos. A classificação dos receptores de glutamato é baseada em sua ativação por diferentes agonistas (competidores) farmacológicos. Assim os receptores de glutamato foram denominados de acordo com seus agonistas respectivos, o N-methyl-D-aspartato (NMDA), ácido quisquálico [aminoácido excitatório obtido das sementes de Quisqualis chinensis. Stedman] (QUIS), cainato (KA) [ácido caínico é um análogo do glutamato que exibe atividade exitatória e tóxica potente e prolongada sobre os neurônios. Stedman], e receptores 2-amino-4-fosfonobutirato [butirato é sal ou éster de ácido butírico.Stedman] (AP4)] durante potenciação de longo prazo. Em contraste, a RAP foi encontrada mediando a remoção de recpetores AMPA sinápticos dependente do receptor NMDA que ocorre durante a depressão de longo prazo. Os autores determinaram que a RAS e a RAP exercem seus efeitos nos receptores AMPA que contém diferentes composições de sub-unidades. Assm, a RAS e a RAP, cujas atividades podem ser controladas por enzimas pós-sinapticas, servem como reguladores independentes para potencialização e depressão de sinapses centrais (do sistema nervoso central).
Knox e Brown (2002) descobriram que distribuição de junções aderentes também é um processo ativo que requer a RAP1. Células mutante para RAP1 condensaram suas junções de adesão ao sítio 1 da célula. Isso rompeu o comportamento normal da célula epitelial e clones da célula mutante dispersaram-se para dentro do tecido normal à sua volta. A RAP1 é enriquecida em junções de adesão, particularmente entre novas células irmãs divididas onde ela pode revalidar a área de junção aderente.
MAPEAMENTO
Rousseau-Merck e outros (1990) usaram provas de cDNA para assinar os genes de RAP por hibridização em sítio; foram assinados RAP1A, RAP1B e RAP2A em 1p13-p12, 12q14 e 13q34, respectivamente, sem hibridização cruzada ou nenhum sinal secundário. Através de fluorescência em sítio de hibridização, Takai e outros (1993) restringiram a assinatura do gene KREV1 em 1p13.3 e mapearam seu pseudogene (KREV1P) em 14q24.3. [OBS.: fica perto da alfa-1-antitripsina?]
MODELO ANIMAL
Usando camundongos transgênicos para expressão constitutica da Rap1 dentro da linhagem de células T, Sebzda e outros (2002) descobriram que apesar da anergia, essas células T mostravam aumentadas respostas mediadas por receptor de célula T, ambas em timócitos e células T maduras. Em adição, a ativação da Rap1a induziu orte ativação das integrinas beta-1 e beta-2. Os autores concluíram que a Rap1a influencia positivamente as células T pelo aumento em suas respostas e direcionamento da ativação de integrinas.
Li e outros (2007) geraram camundongos carentes de Rap1a. Embora a perda da Rap1a não tivesse afetado o tamanho ou a viabilidade dos camundongos inicialmente, no acasalamento com camundongos C57BL/6J alguns embriões Rap1a-/- morreram no útero. Os camundongos Rap1a-/- não mostraram defeitos no desenvolvimento de células T, B ou mielóides. Entretanto, os macrófagos Rap1a-/- exibiram aumentada amplitude de movimentos ou haptotaxia (hapto = agarrar http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_08804.php; taxia = mover em direção) nas matrizes de fibronectna (FN1 omim 135600) e vitronectina (VTN omim 193190) que correlacionavam com adesão diminuída. As respostas quimiotáticas (relativas à quimiotaxia) das céluas linfóides e mielóides Rap1a-/- à Cxcl12 (omim600835) e à Ccl21 (602737) estavam significativamente reduzidas, mas a fagocitose mediada pelo FcR [receptor do fragmento Fc dos anticorpos] (veja omim 146790) estava aumentada. Neutrófilos de camundongos Rap1a -/- tinham reduzida produção de superóxido quando estimulados com o peptídeo sintético quimiotático FMLP. Li e outros (2007) concluíram que, a despeito da identidade sequencial de 95%, distribuição intracelular similar, e distribuição tecidual ampla, a Rap1a e a Rap1b não são funcionalmente redundantes e, ao invés disso, regulam diferenciadamente alguns eventos celulares.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?cmd=entry&id=179520
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
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