segunda-feira, 29 de setembro de 2008

*603035 INTERLEUKIN 16; IL16
Alternative titles; symbols
LYMPHOCYTE CHEMOATTRACTANT FACTOR; LCF
Gene map locus 15q26.1
TEXT

CLONAGEM

Cruikshank e Center (1982) noticiaram a caracterização funcional e bioquímica do fator quimioatrativo dos linfócitos, o qual foi subseqüentemente renomeado interleucina 16. Cruikshank e outros (1994) clonaram um cDNA de IL 16 de 2.2 quilobases, codificando uma proteína de 130 aminoácidos, a partir de uma biblioteca de cDNA de células mononucleares do sangue periférico humano estimuladas por mitógenos. Banet e outros (1996) acharam que o cDNA isolado por Cruikshank e outros (1994) é parte de uma estrutura de leitura aberta (seqüência genética aberta para transcrição) muito mais longa e sugeriram que a proteína IL 16 codificada com 130 aminoácidos é derivada de uma proteína precursora maior, a pró-IL-16. Baier e outros (1997) clonaram cDNAs adicionais de IL-16 usando uma RACE de primer 5 e noticiaram que a pro-IL16 deduzida tem 631 aminoácidos e uma massa molecular calculada em 67 quilodáltons. Análises de Western blot (para proteína) detectaram proteínas de pró-IL 16 de 80 quilodáltons em células lisadas. Os autores mostraram que proteínas pro-IL16 recombinantes são especificamente clivadas em lisados de células CD8+, resultando numa proteína que é menor do que o poli-peptídeo de 130 aminoácidos. Por análises de Northern blot (RNA), eles demonstraram a expressão de um transcrito de IL-16 maior de 2.6 quilobases em tecidos linfáticos.

Ponderando que a análise comparativa de IL16 humana e murina homólogas pode revelar estruturas conservadas que são regiões funcionais-chave dessas citocinas, Keane e outros (1998) clonaram o cDNA de IL-16 murina e encontraram um alto grau de similaridade de aminoácidos entre as proteínas precursoras de IL16 murina e humana. Similaridade mais alta (82.1%) foi encontrada na região C-terminal, a qual é clivada a partir da pró-IL16 para produzir IL16 biologicamente ativa. Outros estudos demonstraram um alto grau de similaridade estrutural e funcional entre a IL16 humana e murina e sugeriram que os aminoácidos no terminal C são críticos para sua função quimioatrativa. Os dados também sugeriram a conservação das estruturas de receptores de IL16 entre as espécies.

FUNÇÃO DO GENE

Cruikshank e outros (1994) declararam que os sinais pró-inflamatórios da citocina IL16 via CD4 induzem respostas quimiotáxicas e imunomodulatórias de linfócitos CD4+, monócitos e eosinófilos.

Bandeira-Melo e outros (2002) mostraram que, na ausência do bloqueio de CD4, IL 16 sinalizaram através de CD4 em eosinófilos de modo dependente da dose e induziram a liberação do leucotrieno C4 (LT – significa leucotrieno e C4 indica que essa substância pode efetuar quatro ligações duplas – LTCA), assim como de eotaxina (CCL11) e RANTES (CCL5). De maneira autócrina (por auto-estimulação), RANTES e otaxina sinalizaram através de seus receptores de membrana, CCR3, e aumentaram a secreção de LTC4 e de IL4 pelos eosinófilos, mas não de IL12.

Lynch e outros (2003) observaram uma resposta migratória preferencial nas células TH1 do camundongo, as quais expressavam CCR5, comparadas com células TH2, as quais expressavam pouca CCR5. Células T de camundongos deficientes em CCR5 foram incapazes de migrar em resposta a IL16. Em células transmitidas com osteosarcoma humano, a presença de CCR5 significativamente aumentou a ligação de IL16 comparada com as células com somente CD4; entretanto, a IL16 não pode ligar a CCR5 sozinha. Lynch e outros (2003) concluíram que o aumento da estimulação de IL16 por CCR5 atua num papel (prescrição, roteiro) na regulação do recrutamento de células TH1 e ativação em sítios de inflamação.

ESTRUTURA DO GENE

Bannet e outros (1999) noticiaram que o gene humano de IL16 de 12.8 quilobases compreende sete éxons e seis íntrons. Eles demonstraram uma similaridade rigorosa entre a estrutura dos genes do camundongo e humano.

MAPEAMENTO

Através de análises de Southern blot e PCR usando um painel de mapeamento de células humanas hibridizadas com as de roedores, Drwinga e outros (1993) determinaram que a IL16 é codificada por uma única cópia do gene no cromossomo 15. Usando uma combinação de mapeamento contendo STS, mapeamento de radiação híbrida, e mapeamento genético, Hudson e outros (1995) refinaram a assinatura em 15q26.1. Por FISH, Bannet e outros (1999) mapearam o gene IL16 do camundongo no cromossomo 7 em uma região apresentando homologia de sintena para a região 15q26.1 humana.

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