quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A Vitamina E Suprime a Geração de Trombina Dependente do Fator VIII em Condições de Hipóxia Sistêmica.

Wang JS, Cheng ML, Yen HC, Lou BS, Liu HC

EXPERIÊNCIA E OBJETIVO:

A atividade aumentada da trombina é um componente essencial das reações hemostáticas. Esse estudo elucida como várias intervenções hipóxicas (de falta de oxigênio) provocam a geração endógena de trombina (TG) após o tratamento com e sem a vitamina E antioxidante e lipofílica.

MÉTODOS:

Vinte e quatro homens saudáveis e sedentários foram escolhidos aleatoriamente para grupos com vitamina E (n=12) e placebo (n=12). Esses sujeitos foram expostos aleatoriamente a 12% (hipóxia severa), 15% (hipóxia moderada) 18% (hipóxia leve) e 21% (normoxia [estado em que a pressão parcial do oxigênio no gás inspirado é igual à do nível do mar, de cerca de 150 mm Hg. Stedman.]) O(2) por duas horas em um gabinete de hipóxia normobárico [refere-se a uma pressão barométrica equivalente à pressão ao nível do mar]. Uma nova abordagem de trombinografia automatizada calibrada foi usada para medir a geração de trombina no plasma.

RESULTADOS:

No grupo placebo, a hipóxia severa aumentou o nível plasmático de FVIII sobre atividade e a TG, o que foi acompanhado por aumento no nível de 15-F2t-8-isoprostano (um tipo de prostaglandina) urinário e decréscimo no conteúdo total de antioxidante do pasma e de atividade da superóxido dismutase. Entretanto, a depleção do FVIII por incubação com anticorpos anti-FVIII no plasma suprimiu o aumento da TG por hipóxia severa. Após a adminstração de 1000 IU de vitamina E, a hipóxia severa não alterou significativamente o nível de 15-F(2t)-8- isoprostano e o conteúdo de antioxidante total do plasma, atividade de superoxido dismutase, o nível de FVIII sobre atividade, ou a TG. Além disso, o estado de redox, nível de FVIII sobre atividade e a TG estiveram constantes em resposta à hipóxia moderada, leve ou normoxia nos grupos placebo e com vitamina E.

CONCLUSÕES:

Nós concluímos que a hipóxia severa promove a TG dependente de FVIII, possivelmente por elevação do estresse oxidativo; esse efeito da hipóxia foi melhorado pelo pré-tratamento com vitamina E.

PMID: 18948612

[Obs1.: Estresse oxidativo: é causado por um desequilíbrio entre a produção de oxigênio reativo e a capacidade do sistema biológico em desintoxicar realmente os reagentes intermediários ou reparar facilmente o dano resultante. Todas as formas de vida mantém um ambiente redutor dentro de suas células. Esse ambiente redutor é preservado por enzimas que mantêm o estado reduzido através de um constante fornecimento de energia metabólica. Distúrbios do estado redox normal podem causar efeitos tóxicos através da produção de peróxidos e radicais livres que danificam todos os componentes da célula, incluindo proteínas, lipídios e DNA. Wikipédia

Obs2.: O monóxido de carbono pode conter a respiração celular, porém, paradoxalmente, ele é sintetisado endogenamente pela heme oxigenase de tipo 1 em resposta ao estresse isquêmico. Camundongos sem o gene Homox1 (da heme oxigenase) exibiram lesão isquêmica letal nos pulmões, mas foram salvos da morte pela inalação de monóxido de carbono. O monóxido de carbono dirigiu a proteção isquêmica pela ativação da guanilato sintase e dessa forma suprimiu a indução, por hipóxia, do gene codificador do inibidor de ativador de plasminogênio-1 (PAI1; omim 173360) em fagócitos mononucleares, o que reduziu o acréscimo de fibrina microvascular. A proteção isquêmica mediada pelo monóxido de carbono observada em camundongos de tipo selvagem não ocorreu em camundongos nulos para o gene codificador da PAI1. Fujita e outros (2001) concluíram que seus dados estabeleceram uma ligação fundamental entre o monóxido de carbono e a prevenção da injúria isquêmica baseada na habilidade do monóxido de carbono desreprimir o eixo fibrinolítico. Omim 141250

Obs3.: Isoprostanos são uma família de compostos produzidos a partir de ácidos graxos polinsaturados por via de um mecanismo de radical livre catalisado. Os F2-isoprostanos são isômeros das prostaglandinas F2 alfa derivadas do ácido araquidônico. Esses compostos induzem potente vasoconstrição...
Os isoprostanos são uma família de compostos produzidos a partir de ácidos graxos poli-insaturados por via de um mecanismo de radical livre catalisado. Os idoprostanos derivados dos ácidos eicosapentaenóico e decosahexaenóico foram descobertos “in vivo”, mas o interesse principal foi focalizado em isopropanos derivados do ácido araquidônico devido a sua maior abundância. Embora a geração “in vitro” de produtos de auto-oxidação derivados de ácidos poli-insaturados tenha sido descrita há vinte e cinco anos atrás, a primeira demonstração de que esses compostos eram produzidos em humanos foi feita em 1990 por Morrow e outros. Eles relataram a descoberta dos compostos parecidos com a prostaglandina F2, chamados F2-isopropanos, gerados pela peroxidação do ácido araquidônico induzida por radicais livres. Desde então, os F2-isoprostanos têm sido usados extensivamente como marcadores de peroxidação de lipídios em doenças humanas, seus níveis elevados sugerindo um papel importante da geração de radicais livres na patofisiologia das doenças vasculares. Além disso, F2-isoprostanos têm sido mostrados por exercerem atividade biológica potente nos vasos humanos e de animais, sugerindo um papel patogênico nas doenças vasculares.

http://content.karger.com/ProdukteDB/produkte.asp?Aktion=ShowFulltext&ArtikelNr=51036&Ausgabe=227752&ProduktNr=224160]

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