quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Síntese e Localização de Proteínas do Plasma no Cérebro Humano em Desenvolvimento. Integridade da Barreira Cerebral do Sangue Fetal às Proteínas Endógenas de Origem Hepática.

Institute of Medical Anatomy A, University of Copenhagen, Denmark.


A distribuição e possíveis origens das proteínas do plasma no cérebro embrionário e fetal em diferentes estágios do desenvolvimento têm sido investigadas por uma combinação de isolamento e tradução de mRNAs e imunocitoquímica usando anti-soro específico. Vinte e três proteínas de tipo plasmático foram identificadas usando-se métodos imunocitoquímico ao nível da luz microscópica. A presença de mRNAs para treze das proteínas imunocitoquímicamente positivas no plasma foi demonstrada por tradução “in vivo” e no ovo por imunoeletroforese cruzada e auto-radiografia; isso indica a síntese “in sito” dessas proteínas (ou seja, alfa-fetoproteína, alfa 1-antitripsina, GC-globulina, alfa 2-macroglobulina, pseudocolinesterase e transferrina) em algumas regiões do cérebro.A distribuição regional de algumas proteínas e a ausência de alguns mRNAs sugere que a presença de algumas proteínas do plasma no cérebro em desenvolvimento podem ser contadas por captura de csf ou via processo de extensão do nervo para além da barreira do sangue cerebral. Em vários casos, proteínas específicas parecem estar associadas com tipos celulares definidos, por exemplo: alfa-fetproteína, GC-globulina, e ceruloplasmina com os neurônios, alfa 2-macroglobulina com células endoteliais, e ferritina com células gliais. Algumas proteínas estavam associadas com dois ou três tipos de células, por exemplo: alfa 1-antitripsina com neurônios e células gliais, e transferrina e 2HS-glicoproteína com neurônios, células da glia e endoteliais. A comparação da expressão dos mRNAs da barreira fetal e do fígado injetados nos oócitos do Xenopus (peixe de laboratório) mostrou que poucas proteínas (transferrina e ceruloplasmina) eram secretadas quando o mRNA do fígado era injetado, mas não quando o mRNA do cérebro era injetado. Isso sugere que pode existir uma diferença importante na estrutura e/ou processamento dessas proteínas no cérebro que pode refletir uma função diferente daquela associada com as mesmas proteínas quando têm origem no fígado. A pigmentação foi, de modo geral, mais intracelular do que extracelular; as proteínas do plasma não estavam associadas com as áreas imediatas em torno dos vasos sanguíneos embora existisse uma forte imunoprecipitação para cada proteína dentro do lúmen dos vasos sanguíneos cerebrais. Esses achados imunocitoquímicos juntos com a identificação dos mRNAs para um grande número de proteínas do plasma no cérebro imaturo são discutidas em relação a um trabalho experimental em animal que sugere que a barreira do sangue cerebral à proteína está presente ainda nos mais precoces estágios do desenvolvimento do cérebro.


PMID: 3289986

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