sábado, 31 de janeiro de 2009

*164975 WINGLESS-TYPE MMTV INTEGRATION SITE FAMILY, MEMBER 5A; WNT5A
Alternative titles; symbols
ONCOGENE WNT5A
Gene map locus 3p21-p14

DESCRIÇÃO

Os genes Wnt pertencem a uma família de proto-oncogenes com ao menos 13 membros conhecidos que são expressados em espécies compreendendo da Drosófila ao homem. O nome Wnt denota o relacionamento desta família com a polaridade do segmento do gene ‘wingless’ (sem asas) da Drosófila e com seu ortólogo nos vertebrados, Int1, um proto-oncogene do camundongo (veja 164820). A transcrição dos genes da família Wnt parece ter o desenvolvimento regulado de maneira temporal e espacial precisa. A família Wnt é considerada como uma das três principais famílias de moléculas de sinalização no camundongo, as outras sendo a família relacionada aos fatores de crescimento de fibroblastos (veja 164980) e a família relacionada ao fator beta de transformação do crescimento (TGFB;190180).

CLONAGEM

Usando PCR degenerado e sondagem de biblioteca de cDNA para procurar por genes do camundongo relacionados ao Wnt1, Gavin e outros (1990) identificaram seis novos membros da família dos genes Wnt, incluindo o Wnt5a. Os genes Wnt codificam glicoproteínas supostamente ricas em cisteína de 38 a 43 quilo-dáltons, as quais têm feições típicas de fatores de crescimento secretados: uma sequência hidrofóbica de sinal e 21 resíduos conservados de cisteína cujo espaçamento relativo é mantido. Análises de Northern blor detectaram a expressão do Wnt5a no cérebro, nos pulmões e no coração. Ao menos cinco transcritos distintos de Wnt5a foram observados, os quais Gavin e outros (1990) hipotetizaram fossem devidos à variabilidade do transcrito na iniciação da metionina na extremidade 5 (obs.: o código do tRNA para a metionina é AUG, a mesma sequência que no DNA é ATG, correspondente a iniciação da leitura). A hibridização em sítio detectou um padrão espacial e temporal complexo do Wnt5a no camundongo, incluindo a expressão no desenvolvimento do sistema nervoso central, pernas, processos faciais, e a região posterior do feto.

Clark e outros (1993) clonaram e sequenciaram vários cDNAs sobrepostos codificando aproximadamente 4,1 quilobases do homólogo humano do Wnt5a. A expressão do gene humano, simbolizada WNT5A, foi detectada somente no coração e nos pulmões neonatais. He e outros (1997) mostraram que o frizzled-5 humano (601723) é o receptor para o ligante de Wnt5A.

FUNÇÃO DO GENE

Witze e outros (2008) demonstraram que as respostas agudas ao Wnt5a envolvem o recrutamento de actina, miosina IIB (160742; obs.: a miosina é uma globulina presente no músculo e que possui atividade ATPase; em combinação com actina, forma a actimiosina; a mesma forma os filamentos espessos no músculo), frizzled-3 (606143), e molécula de adesão celular do melanoma (155735, CD146) para dentro de uma estrutura intracelular nas células de linhagem do melanoma. Na presença de um gradiente de quimiocina (graduador de quimiocina), esta polaridade da estrutura receptora de actina-miosina mediada por Wnt acumula-se assimetricamente na periferia da célula onde dispara a contratividade da membrana e o movimento nuclear em direção à retração da membrana. O processo requer o tráfego do endossomo, está associado com corpos multivesiculares, e é regulado por Wnt5a através das pequenas guanosinas trifosfato Rab4 (179511) e RhoB (165370). Assim, Witze e outros (2008) concluíram que os mecanismos autônomos da célula permitem ao Wnt5a controlar a orientação celular, a polaridade, e o movimento direcional em resposta a diferentes sugestões (estímulos conforme as) posições dos gradientes de quimiocinas.

Zhang e outros (2007) acharam que a regulação para menos do Dv1 (DVL1; 601365) aboliu a diferenciação do axônio em neurônios do hipocampo (estrutura complexa e internamente convoluta que forma a bainha do manto cortical do hemisfério cerebral, margeando a fissura coróide do ventrículo lateral...) cultivados de embriões de rato, enquanto a super-expressão do Dv1 resultou em múltipla formação de axônio. Um complexo de PAR3 (PARD3;606745), PAR6 (PARD6A; 607484), e uma proteína quinase C atípica (aPKC), tal como a PKC-zeta (PRKCZ; 176982), é requerida para a diferenciação dendrito-axônio {dendrito é um dos dois processos protoplasmáticos ramificados da célula nervosa (sendo o outro o axônio); uma estrutura arboriforme.}, e Zhang e outros (2007) descobriram que o Dv1 associou-se com Pkc-zeta no cérebro do rato e transfectou células renais embrionárias humanas. A interação do Dv1 com a Pkc-zeta resultou na estabilização e ativação da Pkc-zeta. A expressão negativo-dominante da Pkc-zeta atenuou a múltipla formação do axônio devido à super-expressão do Dv1 nos neurônios, e a super-expressão da Pkc-zeta impediu a perda do axônio devido à regulação para menos do Dv1. O Wnt5a ativou a Pkc-zeta e promoveu a diferenciação do axônio, e a regulação para menos do Dv1 ou a inibição da Pkc-zeta atenuou o efeito do Wnt5a na diferenciação do axônio. Zhang e outros (2007) concluíram que o WNT5A e o DVL promovem a diferenciação do axônio mediada pelo complexo PAR3-PAR6-aPKC.

MAPEAMENTO
Usando uma combinação de Suthern blotting, amplificação por PCR, e hibridização em sítio, Clark e outros (1993) mapearam o gene WNT5A em 3p21-p14.

Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=164975
Obs.: as duas postagens anteriores têm origem no mesmo site.

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