104770 AMYLOID P COMPONENT, SERUM; APCS
Alternative titles; symbols
SERUM AMYLOID P; SAP
Gene map locus 1q21-q23
TEXTO
CLONAGEM
Mantzouranis e outros (1985) isolaram um cDNA para o componente P do soro amilóide (amilóide é qualquer proteína de um grupo de proteínas quimicamente diversas que parece microscopicamente homogêneo, mas que é composto de fibrilas lineares não-ramificantes agregadas, dispostas em bainhas, quando observadas à microscopia eletrônica; ocorre, de maneira característica, como depósitos extracelulares patológicos (amiloidose), principalmente em associação com o tecido reticuloendotelial.) e determinaram a completa seqüência do precursor.
MAPPING
Mantzouranis e outros (1985) assinaram o gene APCS no cromossomo 1 por estudos de células somáticas híbridas. O gene é provavelmente intimamente situado com a proteína C reativa (CRP) com a qual apresenta homologia. Por hibridização em sítio, a nomeação foi feita para o segmento 1q12-q23 (2,3: Floyd-Smith e outros, 1985.1986).
Ionasescu e outros (1987) acharam um lod score (um número usado para contagem em estudos de ligação genética; o logaritmo decádico das chances a favor da ligação genética) máximo de 3.26 em teta (oitava letra do alfabeto grego θ ; o oitavo numa série) = 0.05 por ligação de APCS com o lócus do grupo sangüíneo do sistema Duffy (Gene map locus 1q21-q22). Um marcador RFLP de APCS foi usado. A ligação é consistente com a atribuição ao segundo lócus.
VARIABILIDADE GENÉTICA
Woo e outros (1987) acharam um marcador genético para suscetibilidade para amiloidose em artrite juvenil: uma banda de 8.8 quilobases de RFLP determinada por um sítio polimórfico do DNA no prime-5 do gene SAP. Homozigosidade para a banda alternativa de 5.6 quilobases foi encontrada em nove dos 28 pacientes amlóides. Em torno de 19 pacientes com artrite juvenil sem amilosidose, a distribuição do polimorfismo foi o mesmo daquele no grupo normal. Com uma RFLP do gene SAP clonado do camundongo, Whitehead e outros (1988) demonstraram que o gene mapeia no cromossomo 1 na mesma região especificada por variação quantitativa nos níveis de SAP. Eles pensaram que isso devia significar que a mesma região inclui CRP, SAP e genes de histonas, todos os quais tem produtos que interagem com DNA.
MODELO ANIMAL
Botto e outros (1997) geraram um camundongo com deleção mirada para o gene SAP. A indução de amilosidose reativa foi retardada nestes camundongos, demonstrando que a participação de SAP na patogênese da amilosidose in vivo e confirmando que a inibição de SAP ligando-se a fibrilas amilóides é um objetivo terapêutico atrativo. Pepys e outros (2002) desenvolveram uma droga que é um competitivo inibidor de ligação de SAP a fibrilas amilóides. Esse composto palindrômico também atravessa e dimeriza moléculas de SAP, levando a sua rápida expulsão pelo fígado e então produzindo uma marcada depleção de SAP circulante no homem. Pepys e outros (2002) sugeriram que este mecanismo de ação da droga potencialmente remove a SAP dos depósitos amilóides nos tecidos humanos e pode proporcionar uma nova abordagem terapêutica para ambos amiloidose sistêmica e doenças associadas com amilóides localizadas, incluindo a doença de Alzheimer e diabetes de tipo 2.
VEJA TAMBÉMMortensen et al. (1985); Prelli et al. (1985)
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
domingo, 8 de fevereiro de 2009
603826 NUCLEAR RECEPTOR SUBFAMILY 1, GROUP H, MEMBER 4; NR1H4
Alternative titles; symbols
FARNESOID X-ACTIVATED RECEPTOR; FXRRETINOID X RECEPTOR-INTERACTING PROTEIN 14; RIP14RXR-INTERACTING PROTEIN 14BILE ACID RECEPTOR; BAR
Gene map locus 12q
TEXTO
Os receptores nucleares de hormônio atuam em papéis críticos em muitos aspectos do desenvolvimento e fisiologia por transdução dos efeitos dos hormônios nas respostas transcricionais. Membros da família de receptores nucleares compartilham várias feições estruturais, incluindo um domínio de ligação ao DNA (DBD) central, altamente conservada que alveja o receptor para sequências específicas do DNA, chamadas elementos de resposta a hormônios. A porção terminal C do receptor inclui o domínio de ligação do ligante (LBD), o qual interage diretamente com o hormônio e contém um domínio de ativação transcricional dependente de hormônio. O domínio de ligação do ligante serve como um interruptor molecular que recruta proteínas co-ativadoras e ativa a transcrição de genes alvo quando movido para dentro na conformação ativa pela ligação do hormônio.
CLONAGEM
Forman e outros (1995) isolaram cDNAs codificando FXR (receptor X ativado do farnesóide) {Obs.: farnesol é um grupamento difarnesil presente na cadeia lateral da vitamina K, e que compõe o esqualeno (um hidrocarboneto de gravidade específica baixa encontrada nos fígados de tubarões esqualóides usado em cosmética e lubrificantes de máquinas; http://fishbase.sinica.edu.tw/glossary/Glossary.cfm?) encontrado no óleo de citronela.}, um receptor órfão no rato (assim nomeado porque ele possui feições estruturais dos receptores de hormônio mas carece de ligantes conhecidos). Os DBDs e LBDs do FXR do rato e do receptor de ecdisona do inseto compartilham 81% e 34% de identidade de aminoácidos respectivamente.
{Obs.: Ecdisona é um pró-hormônio esteróide do principal hormônio 20-hidroxiecdisona de muda (de casca), o qual é secretado das glândulas pró-toraxicas. Os hormônios da muda dos insetos (ecdisona e seus homólogos) são geralmente chamados ecdiesteróides. Os ecdiesteróides atuam como hormônios da muda nos artrópodes mas também ocorrem em outros filos relacionados. Na Drosophila melanogaster, um aumento da concentração de ecdisona induz a expressão de genes codificadores de proteínas que a larva requer, e causa a formação de inchações no cromossomo (sítios de alta expressão). Os ecdiesteróides também aparecem em muitas plantas principalmente como agente de proteção (toxinas e anti-nutriente) contra insetos herbívoros. Estes fitoecdiesteróides têm valo medicinal. Um pesticida vendido com o nome MIMIC tem atividade ecdiesteróide, embora sua estrutura química tenha pouca semelhança com os ecdieseróides. http://en.wikipedia.org/wiki/Ecdysone}. Análises de Northern blot e hibridização em sítio revelaram que a expressão de FXR é restrita ao fígado do rato, intestino, glândula adrenal e rins, tecidos conhecidos por terem fluxo significativo mediante a via do mevalonato {sal ou éster do ácido mevalônico).
Huber e outros (2002) identificaram quarto variantes de splice do FXR no ramster. Por RT-PCR, eles confirmaram a presença de quatro variantes no fígado e intestino delgado humanos. As duas principais variantes, FXR-alfa e FXR-beta, codificam proteínas com diferentes terminais N. Outros splicings alternativos geraram transcritos de FXR-alfa e FXR-beta com a inserção de 12 pares de bases que resulta na inserção de quatro aminoácidos perto da região da dobradiça das proteínas. As isoformas do FXR-alfa do ramster e humana compartilham 93% de identidade de aminoácidos. A PCR de tempo real detectou a expressão mais alta das variantes de FXR-alfa humanas na glândula adrenal e no fígado, com expressão mais baixa no duodeno, rins e intestino delgado. As variantes FXRbeta estavam predominantemente expressadas no cólon, duodeno e rins, com expressão mais baixa no fígado. A expressão de FXR-beta foi mais alta no cólon e nos rins fetais e mais baixa no fígado e intestino delgado fetal comparada com os tecidos adultos correspondentes.
Bishop-Bailey e outros (2004) descobriram que o FXR foi expressado em uma variedade de tecidos humanos normais e patológicos. A vasculatura, bem como o fígado, intestino delgado, e rins mostrou a expressão mais alta. O FXR também foi expressado em um número de diferentes cânceres metastásicos.
FUNÇÃO DO GENE
Forman de outros (1995) determinaram que o FXR forma um complexo heterodimérico com o receptor X de retinóide (veja 180245: o ácido retinóico tem sido implicado em muitos aspectos do desenvolvimento e homeostase dos vertebrados. Seus efeitos são mediados por proteínas receptoras nucleares específicas que são membros dos reguladores transcricionais da superfamília de receptores dos hormônios esteróides e da tiróide.) O farnesol e metabólitos relacionados foram efetivos ativadores deste complexo. Metabólitos do Farnesol são gerados intracelularmente e são parte da via da biossíntese do mevalonato, a qual leva à síntese do colesterol, ácidos da bile, esteróides, retinóides, e proteínas farnesiladas (o pirofosfato de farnesil é o derivado do pirofosforil do farnesol; um intermediário importante na síntese de esteróides, dolicol, ubiquinona, proteínas preniladas e heme a). Forman e ouros (1995) sugeriram que estes resultados proporcionam evidência do sistema de sinalização intracelular controlada pelo metabólito nos organismos superiores. Zavacki e outros (1997) relataram que a RIP14, o homólogo do camundongo, pode ser ativado por retinóides.
Os ácidos da bile são essenciais para a solubilização e o transporte de lipídios da dieta e são os principais produtos do catabolismo do colesterol. A conversão enzimática do colesterol em ácidos da bile é regulada através a ativação precoce do alimento pelos oxiesteróis, uma via mediada pelo receptor X do fígado (veja LXRA;602423), e pela repressão de retorno pelos ácidos da bile. Parks e outros (1999) e Makishima e outros (1999) demonstraram que os ácidos da bile são ligantes fisiológicos para FXR. Makishima e outros (1999) descobriram que quando ligados aos ácidos da bile, os FXR reprimiram a transcrição do gene da 7-alfa-hidroxilase do colesterol (CYP7A1; 118455), o qual codifica a enzima de limitação de taxa da síntese dos ácidos da bile. Em adição, o FXR ligado ao ligante ativou o gene codificador da proteína de ligação do ácido da bile intestinal (IBABP;600422), um candidato a transportador de ácidos da bile. Como Gustafsson (1999) notou, o resultado é o decréscimo na quantidade de ácido da bile no intestino. Assim, através da ligação a FXR, os ácidos da bile podem regular sua própria síntese e transporte.
Wang e outros (1999) isolaram um componente biliar endógeno (o ácido quenodesoxicólico (obs.: ácido ligado à glicina ou taurina que facilita a excreção do colesterol e a absorção de gordura; é administrado para absorver cálculos de colesterol.) que ativa seletivamente o FXR. Análises da atividade da estrutura definiram um sub-grupo de ligantes do ácido da bile relacionados que ativam o FXR e promovem o recrutamento do co-ativador. Os autores também mostraram que FXR ocupados com ligantes inibem a transativação a partir do receptor de oxiesterol LXRA, um regulador positivo da degradação do colesterol. Eles sugeriram que o FXR é o sensor endógeno dos ácidos da bile e assim um importante regulador da homeostase do colesterol.
Em uma série de experimentos em elegant designados para entender o efeito da ativação do receptor X de retinóide (RXR; veja 180245) na balança do colesterol, Repa e outros (2000) trataram animais com o rexinóide LG268. Os animais tratados rexinóide exibiram marcadas mudanças na balança do colesterol, incluindo a inibição da absorção do colesterol e reprimiram a síntese dos ácidos da bile. Estudos com agonistas seletivos do receptor revelaram que os receptores de oxiesterol (LXRs) e o receptor de ácido da bile, FXR, são parceiros heterodiméricos do RXR que mediam esses efeitos por regulagem da expressão do transportador reverso do colesterol, ABC1 (600046: A ATP Binding Cassete 1 funciona como uma bomba de efluxo do colesterol na via de remoção do lipídio celular.) e a enzima de limitação da taxa de síntese dos ácidos da bile CYPA7A1, respectivamente. Estes heterodímeros RXR servem como chaves reguladoras na homeostase do colesterol por governarem o transporte reverso do colesterol dos tecidos periféricos, a síntese dos ácidos da bile no fígado, e a absorção do colesterol no intestino. A ativação de heterodímeros RXR/LXR inibe a absorção do colesterol por sobre-regulação da expressão da ATP Binding Cassete 1 no intestino delgado. A ativação dos heterodímeros RXR/FXR reprime a expressão de CYP7A1 e a produção da bile, levando à falência da solubilização e absorção do colesterol. Estudos têm mostrado que a repressão de CYP7A1 mediada por RXR/FXR é dominante sobre a indução de CYP7A1 mediada por RXR/LXR, o que explica por que o rexinóide reprime mais do que ativa a CYP7A1 (Lu e outros,2000). A ativação da via de sinalização do LXR resulta na sobre-regulação da ATP Binding Cassete 1 nas células periféricas, incluindo macrófagos, para o livre efluxo do colesterol para transporte de volta ao fígado através da lipoproteína de alta densidade, onde este é convertido em ácido da bile pelo aumento da expressão de CYP7A1 mediada por LXR. A secreção do colesterol biliar na presença de reservas aumentadas de ácido da bile normalmente resulta na reabsorção do colesterol; entretanto, com a aumentada expressão da ATP Binding Cassete 1 e o efluxo do colesterol de volta ao lúmen (luz do intestino), existe uma redução na absorção do colesterol e uma rede de excreção do colesterol e ácidos da bile. Por isso os rexinóides oferecem uma nova classe de agentes para tratamento do colesterol elevado.
O catabolismo do cholesterol nos ácidos da bile é regulado pelos oxiesteróis e ácidos biliares, os quais induzem ou reprimem a transcrição da enzima de limitação da taxa desta via, a CYP7A1. O receptor nuclear LXRA liga oxiesteróis e media a indução da progressão da alimentação. Lu e outros (2000) mostraram que a repressão é coordenadamente regulada por um triunvirato dos receptores nucleares, incluindo o receptor de ácidos da bile, o FXR, o ativador específico do promotor, o LRH1 (NR5A2; 604453), e o repressor específico do promotor, SHP (NR0B2; 604630). A repressão de retorno da CYP7A1 é realizada pela ligação dos ácidos da bile ao FXR, o qual leva à transcrição de SHP. Esses resultados revelaram um elaborada cascata auto-regulatória mediada pelos receptores nucleares para a manutenção do catabolismo hepático do colesterol.
Goodwin e outros (2000) usaram um potente ligante de FXR, não esteróide, para mostrar que o FXR induz a expressão de SHIP1, um membro atípico da família de receptores nucleares que carecem de um domínio de ligação a DNA. O SHP1 reprime a expressão de CYP7A1 por inibição da atividade do LRH1, um receptor nuclear órfão que regula a expressão de CYP7A1 positivamente. Esta cascata regulatória ativada dos ácidos da bile proporciona uma base molecular para a supressão coordenada da CYP7A1 e outros genes envolvidos na biossíntese do ácido da bile.
Extratos da resina da árvore guggul (Commiphora mukul) reduzem os níveis do colesterol em humanos. O esterol da planta guggulterona (4,17(20)-pregnadiene-3,16-dione) é um agente ativo neste extrato. Urizar e outros (2002) demonstraram que a guggulsterona é um antagonista altamente eficaz do receptor X do farnesóide. O tratamento com guggulterona diminuiu o colesterol hepático nos camundongos de tipo selvagem alimentados com dieta de alto colesterol mas não foi efetivo em camundongos nulos em FXR.
Huber e outros (2002) descobriram que a transativação e a atividade de repórter de todas as quatro isoformas de FXR foi aumentada em uma linha de células transfectadas de hepatoma seguindo a exposição ao ácido quenodesoxicólico, um ocorrente natural dos ácidos da bile. O FXR-alfa também estava sobre-regulado nas células de hepatoma seguindo a exposição a uma agonista de FXR não esteróide.
Usando um ensaio de ligação de proteínas in vitro, Torra e outros (2004) determinaram que o FXR ligou-se a PPARBP (604311: proteína de ligação ao receptor de proliferador de peroxissoma ativado) em resposta aos ligantes dos ácidos da bile de forma dependente da dose, e a potência dessa interação foi associada com a habilidade do ligante para ativar FXR. A interação requereu a ativação da região 2 de função do domínio de ligação ao ligante de FXR e do motivo LxxLL no terminal N de PPARBP. Em ensaios de transferência em gel, os heterodímeros FXR/RXR ligados a DNA recrutaram PPARBP. Nas células sobre-expressando FXR/RXR, a transativação mediada pelo FXR foi aumentada pelo PPARBP, e a heterodimerização entre FXR e RXR foi requerida para a coativação de PPATBP.
(PPARBP: 604311: proteína de ligação ao receptor de proliferador de peroxissoma ativado.
Obs.:
1) Peroxissoma é uma organela ligada à membrana que ocorre em muitas células eucarióticas e, frequentemente, tem uma inclusão cristalina densa em elétrons contendo catalase, urato oxidase e outras enzimas oxidativas relacionadas com a formação de H2O2; considerada importante na detoxificação de várias moléculas e na catálise da decomposição de ácidos graxos em acetil-CoA;
2) Os receptores ativados de proliferador de peroxissoma (PPARs) são membros da sub-família de receptores de hormônio nuclear de fatores de transcrição. Os PPARS formam heterodímeos com os receptores X de retinóide (RXRs) e esses heterodímeros regulam a transcrição de vários genes. Existem três sub-tipos de PPARs conhecidos, PPAR-alfa, PPAR-delta de PPAR-gama.
2.1)O PPAR-alfa e o PPAR-delta são receptores ativados de proliferadores de peroxissomas. Os proliferadores de peroxissoma são diversos grupos de químicos que incluem drogas hipolipidêmicas, herbicidas, antagonistas de leucotrienos (produtos do metabolismo de eicosanóides – ácido araquidônico, com função na inflamação e reações alérgicas; receberam o nome porque foram descobertos em associação com leucócitos) e plastificadores. O PPAR-gama é creditado por estar envolvido na diferenciação do adipócito.)
Bishop-Bailey e outros (2004) descobriram que o tratamento de células do músculo liso vascular (músculo liso é uma das fibras musculares dos órgãos internos, como vasos sanguíneos; as fibras musculares lisas estão unidas em feixes por fibras reticulares) com ligantes de FXR resultou na apoptose de maneira que correlacionou-se com a habilidade do ligante para ativar FXR.
Huang e outros (2006) identificaram um papel para a sinalização dos ácidos da bile dependente de receptores nucleares na regeneração normal do fígado. Níveis elevados de ácidos biliares aceleraram a regeneração, e diminuíram os níveis de inibição do re-crescimento do fígado, assim como a ausência dos receptores primários do ácido biliar FXR. Huang e outros (2006) propuseram que a ativação do FXR pelo fluxo aumentado de ácidos da bile é um sinal de decréscimo da capacidade funcional do fígado. O FXR, e possivelmente outros receptores nucleares, podem promover a homeostase não somente por regularem a expressão dos genes alvo dos metabólitos apropriados, mas também por dirigir o crescimento homeotrófico do fígado (homeotrófico deve ser o crescimento do fígado em relação à alimentação).
ESTRUTURA DO GENE
Huber e outros (2002) determinaram que o gene FXR contém 11 éxons. O UTR no primeiro 5 contém um Box TATA, e o códon de iniciação está dentro da região do primeiro 3 do éxon 3. Um éxon alternativo 3ª codifica a variante FXR-beta, a qual tem uma sequencia terminal N alternada. A inserção de 12 pares de base em alguns transcritos de FXR resulta do Splice alternativo afetando o éxon 5.
MAPEAMENTO
Por análise de sequencia genômica, Huber e outros (2002) mapearam o gene NR1H4 no cromossomo 12q23.1. Por análises de um híbrido de primeira geração inter-específico, Kosak e outros (1996) mapearam o gene Nr1h4 do camundongo no cromossomo 10 na região que apresenta homologia de sintenia com o cromossomo 12q humano.
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=603826
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FARNESOID X-ACTIVATED RECEPTOR; FXRRETINOID X RECEPTOR-INTERACTING PROTEIN 14; RIP14RXR-INTERACTING PROTEIN 14BILE ACID RECEPTOR; BAR
Gene map locus 12q
TEXTO
Os receptores nucleares de hormônio atuam em papéis críticos em muitos aspectos do desenvolvimento e fisiologia por transdução dos efeitos dos hormônios nas respostas transcricionais. Membros da família de receptores nucleares compartilham várias feições estruturais, incluindo um domínio de ligação ao DNA (DBD) central, altamente conservada que alveja o receptor para sequências específicas do DNA, chamadas elementos de resposta a hormônios. A porção terminal C do receptor inclui o domínio de ligação do ligante (LBD), o qual interage diretamente com o hormônio e contém um domínio de ativação transcricional dependente de hormônio. O domínio de ligação do ligante serve como um interruptor molecular que recruta proteínas co-ativadoras e ativa a transcrição de genes alvo quando movido para dentro na conformação ativa pela ligação do hormônio.
CLONAGEM
Forman e outros (1995) isolaram cDNAs codificando FXR (receptor X ativado do farnesóide) {Obs.: farnesol é um grupamento difarnesil presente na cadeia lateral da vitamina K, e que compõe o esqualeno (um hidrocarboneto de gravidade específica baixa encontrada nos fígados de tubarões esqualóides usado em cosmética e lubrificantes de máquinas; http://fishbase.sinica.edu.tw/glossary/Glossary.cfm?) encontrado no óleo de citronela.}, um receptor órfão no rato (assim nomeado porque ele possui feições estruturais dos receptores de hormônio mas carece de ligantes conhecidos). Os DBDs e LBDs do FXR do rato e do receptor de ecdisona do inseto compartilham 81% e 34% de identidade de aminoácidos respectivamente.
{Obs.: Ecdisona é um pró-hormônio esteróide do principal hormônio 20-hidroxiecdisona de muda (de casca), o qual é secretado das glândulas pró-toraxicas. Os hormônios da muda dos insetos (ecdisona e seus homólogos) são geralmente chamados ecdiesteróides. Os ecdiesteróides atuam como hormônios da muda nos artrópodes mas também ocorrem em outros filos relacionados. Na Drosophila melanogaster, um aumento da concentração de ecdisona induz a expressão de genes codificadores de proteínas que a larva requer, e causa a formação de inchações no cromossomo (sítios de alta expressão). Os ecdiesteróides também aparecem em muitas plantas principalmente como agente de proteção (toxinas e anti-nutriente) contra insetos herbívoros. Estes fitoecdiesteróides têm valo medicinal. Um pesticida vendido com o nome MIMIC tem atividade ecdiesteróide, embora sua estrutura química tenha pouca semelhança com os ecdieseróides. http://en.wikipedia.org/wiki/Ecdysone}. Análises de Northern blot e hibridização em sítio revelaram que a expressão de FXR é restrita ao fígado do rato, intestino, glândula adrenal e rins, tecidos conhecidos por terem fluxo significativo mediante a via do mevalonato {sal ou éster do ácido mevalônico).
Huber e outros (2002) identificaram quarto variantes de splice do FXR no ramster. Por RT-PCR, eles confirmaram a presença de quatro variantes no fígado e intestino delgado humanos. As duas principais variantes, FXR-alfa e FXR-beta, codificam proteínas com diferentes terminais N. Outros splicings alternativos geraram transcritos de FXR-alfa e FXR-beta com a inserção de 12 pares de bases que resulta na inserção de quatro aminoácidos perto da região da dobradiça das proteínas. As isoformas do FXR-alfa do ramster e humana compartilham 93% de identidade de aminoácidos. A PCR de tempo real detectou a expressão mais alta das variantes de FXR-alfa humanas na glândula adrenal e no fígado, com expressão mais baixa no duodeno, rins e intestino delgado. As variantes FXRbeta estavam predominantemente expressadas no cólon, duodeno e rins, com expressão mais baixa no fígado. A expressão de FXR-beta foi mais alta no cólon e nos rins fetais e mais baixa no fígado e intestino delgado fetal comparada com os tecidos adultos correspondentes.
Bishop-Bailey e outros (2004) descobriram que o FXR foi expressado em uma variedade de tecidos humanos normais e patológicos. A vasculatura, bem como o fígado, intestino delgado, e rins mostrou a expressão mais alta. O FXR também foi expressado em um número de diferentes cânceres metastásicos.
FUNÇÃO DO GENE
Forman de outros (1995) determinaram que o FXR forma um complexo heterodimérico com o receptor X de retinóide (veja 180245: o ácido retinóico tem sido implicado em muitos aspectos do desenvolvimento e homeostase dos vertebrados. Seus efeitos são mediados por proteínas receptoras nucleares específicas que são membros dos reguladores transcricionais da superfamília de receptores dos hormônios esteróides e da tiróide.) O farnesol e metabólitos relacionados foram efetivos ativadores deste complexo. Metabólitos do Farnesol são gerados intracelularmente e são parte da via da biossíntese do mevalonato, a qual leva à síntese do colesterol, ácidos da bile, esteróides, retinóides, e proteínas farnesiladas (o pirofosfato de farnesil é o derivado do pirofosforil do farnesol; um intermediário importante na síntese de esteróides, dolicol, ubiquinona, proteínas preniladas e heme a). Forman e ouros (1995) sugeriram que estes resultados proporcionam evidência do sistema de sinalização intracelular controlada pelo metabólito nos organismos superiores. Zavacki e outros (1997) relataram que a RIP14, o homólogo do camundongo, pode ser ativado por retinóides.
Os ácidos da bile são essenciais para a solubilização e o transporte de lipídios da dieta e são os principais produtos do catabolismo do colesterol. A conversão enzimática do colesterol em ácidos da bile é regulada através a ativação precoce do alimento pelos oxiesteróis, uma via mediada pelo receptor X do fígado (veja LXRA;602423), e pela repressão de retorno pelos ácidos da bile. Parks e outros (1999) e Makishima e outros (1999) demonstraram que os ácidos da bile são ligantes fisiológicos para FXR. Makishima e outros (1999) descobriram que quando ligados aos ácidos da bile, os FXR reprimiram a transcrição do gene da 7-alfa-hidroxilase do colesterol (CYP7A1; 118455), o qual codifica a enzima de limitação de taxa da síntese dos ácidos da bile. Em adição, o FXR ligado ao ligante ativou o gene codificador da proteína de ligação do ácido da bile intestinal (IBABP;600422), um candidato a transportador de ácidos da bile. Como Gustafsson (1999) notou, o resultado é o decréscimo na quantidade de ácido da bile no intestino. Assim, através da ligação a FXR, os ácidos da bile podem regular sua própria síntese e transporte.
Wang e outros (1999) isolaram um componente biliar endógeno (o ácido quenodesoxicólico (obs.: ácido ligado à glicina ou taurina que facilita a excreção do colesterol e a absorção de gordura; é administrado para absorver cálculos de colesterol.) que ativa seletivamente o FXR. Análises da atividade da estrutura definiram um sub-grupo de ligantes do ácido da bile relacionados que ativam o FXR e promovem o recrutamento do co-ativador. Os autores também mostraram que FXR ocupados com ligantes inibem a transativação a partir do receptor de oxiesterol LXRA, um regulador positivo da degradação do colesterol. Eles sugeriram que o FXR é o sensor endógeno dos ácidos da bile e assim um importante regulador da homeostase do colesterol.
Em uma série de experimentos em elegant designados para entender o efeito da ativação do receptor X de retinóide (RXR; veja 180245) na balança do colesterol, Repa e outros (2000) trataram animais com o rexinóide LG268. Os animais tratados rexinóide exibiram marcadas mudanças na balança do colesterol, incluindo a inibição da absorção do colesterol e reprimiram a síntese dos ácidos da bile. Estudos com agonistas seletivos do receptor revelaram que os receptores de oxiesterol (LXRs) e o receptor de ácido da bile, FXR, são parceiros heterodiméricos do RXR que mediam esses efeitos por regulagem da expressão do transportador reverso do colesterol, ABC1 (600046: A ATP Binding Cassete 1 funciona como uma bomba de efluxo do colesterol na via de remoção do lipídio celular.) e a enzima de limitação da taxa de síntese dos ácidos da bile CYPA7A1, respectivamente. Estes heterodímeros RXR servem como chaves reguladoras na homeostase do colesterol por governarem o transporte reverso do colesterol dos tecidos periféricos, a síntese dos ácidos da bile no fígado, e a absorção do colesterol no intestino. A ativação de heterodímeros RXR/LXR inibe a absorção do colesterol por sobre-regulação da expressão da ATP Binding Cassete 1 no intestino delgado. A ativação dos heterodímeros RXR/FXR reprime a expressão de CYP7A1 e a produção da bile, levando à falência da solubilização e absorção do colesterol. Estudos têm mostrado que a repressão de CYP7A1 mediada por RXR/FXR é dominante sobre a indução de CYP7A1 mediada por RXR/LXR, o que explica por que o rexinóide reprime mais do que ativa a CYP7A1 (Lu e outros,2000). A ativação da via de sinalização do LXR resulta na sobre-regulação da ATP Binding Cassete 1 nas células periféricas, incluindo macrófagos, para o livre efluxo do colesterol para transporte de volta ao fígado através da lipoproteína de alta densidade, onde este é convertido em ácido da bile pelo aumento da expressão de CYP7A1 mediada por LXR. A secreção do colesterol biliar na presença de reservas aumentadas de ácido da bile normalmente resulta na reabsorção do colesterol; entretanto, com a aumentada expressão da ATP Binding Cassete 1 e o efluxo do colesterol de volta ao lúmen (luz do intestino), existe uma redução na absorção do colesterol e uma rede de excreção do colesterol e ácidos da bile. Por isso os rexinóides oferecem uma nova classe de agentes para tratamento do colesterol elevado.
O catabolismo do cholesterol nos ácidos da bile é regulado pelos oxiesteróis e ácidos biliares, os quais induzem ou reprimem a transcrição da enzima de limitação da taxa desta via, a CYP7A1. O receptor nuclear LXRA liga oxiesteróis e media a indução da progressão da alimentação. Lu e outros (2000) mostraram que a repressão é coordenadamente regulada por um triunvirato dos receptores nucleares, incluindo o receptor de ácidos da bile, o FXR, o ativador específico do promotor, o LRH1 (NR5A2; 604453), e o repressor específico do promotor, SHP (NR0B2; 604630). A repressão de retorno da CYP7A1 é realizada pela ligação dos ácidos da bile ao FXR, o qual leva à transcrição de SHP. Esses resultados revelaram um elaborada cascata auto-regulatória mediada pelos receptores nucleares para a manutenção do catabolismo hepático do colesterol.
Goodwin e outros (2000) usaram um potente ligante de FXR, não esteróide, para mostrar que o FXR induz a expressão de SHIP1, um membro atípico da família de receptores nucleares que carecem de um domínio de ligação a DNA. O SHP1 reprime a expressão de CYP7A1 por inibição da atividade do LRH1, um receptor nuclear órfão que regula a expressão de CYP7A1 positivamente. Esta cascata regulatória ativada dos ácidos da bile proporciona uma base molecular para a supressão coordenada da CYP7A1 e outros genes envolvidos na biossíntese do ácido da bile.
Extratos da resina da árvore guggul (Commiphora mukul) reduzem os níveis do colesterol em humanos. O esterol da planta guggulterona (4,17(20)-pregnadiene-3,16-dione) é um agente ativo neste extrato. Urizar e outros (2002) demonstraram que a guggulsterona é um antagonista altamente eficaz do receptor X do farnesóide. O tratamento com guggulterona diminuiu o colesterol hepático nos camundongos de tipo selvagem alimentados com dieta de alto colesterol mas não foi efetivo em camundongos nulos em FXR.
Huber e outros (2002) descobriram que a transativação e a atividade de repórter de todas as quatro isoformas de FXR foi aumentada em uma linha de células transfectadas de hepatoma seguindo a exposição ao ácido quenodesoxicólico, um ocorrente natural dos ácidos da bile. O FXR-alfa também estava sobre-regulado nas células de hepatoma seguindo a exposição a uma agonista de FXR não esteróide.
Usando um ensaio de ligação de proteínas in vitro, Torra e outros (2004) determinaram que o FXR ligou-se a PPARBP (604311: proteína de ligação ao receptor de proliferador de peroxissoma ativado) em resposta aos ligantes dos ácidos da bile de forma dependente da dose, e a potência dessa interação foi associada com a habilidade do ligante para ativar FXR. A interação requereu a ativação da região 2 de função do domínio de ligação ao ligante de FXR e do motivo LxxLL no terminal N de PPARBP. Em ensaios de transferência em gel, os heterodímeros FXR/RXR ligados a DNA recrutaram PPARBP. Nas células sobre-expressando FXR/RXR, a transativação mediada pelo FXR foi aumentada pelo PPARBP, e a heterodimerização entre FXR e RXR foi requerida para a coativação de PPATBP.
(PPARBP: 604311: proteína de ligação ao receptor de proliferador de peroxissoma ativado.
Obs.:
1) Peroxissoma é uma organela ligada à membrana que ocorre em muitas células eucarióticas e, frequentemente, tem uma inclusão cristalina densa em elétrons contendo catalase, urato oxidase e outras enzimas oxidativas relacionadas com a formação de H2O2; considerada importante na detoxificação de várias moléculas e na catálise da decomposição de ácidos graxos em acetil-CoA;
2) Os receptores ativados de proliferador de peroxissoma (PPARs) são membros da sub-família de receptores de hormônio nuclear de fatores de transcrição. Os PPARS formam heterodímeos com os receptores X de retinóide (RXRs) e esses heterodímeros regulam a transcrição de vários genes. Existem três sub-tipos de PPARs conhecidos, PPAR-alfa, PPAR-delta de PPAR-gama.
2.1)O PPAR-alfa e o PPAR-delta são receptores ativados de proliferadores de peroxissomas. Os proliferadores de peroxissoma são diversos grupos de químicos que incluem drogas hipolipidêmicas, herbicidas, antagonistas de leucotrienos (produtos do metabolismo de eicosanóides – ácido araquidônico, com função na inflamação e reações alérgicas; receberam o nome porque foram descobertos em associação com leucócitos) e plastificadores. O PPAR-gama é creditado por estar envolvido na diferenciação do adipócito.)
Bishop-Bailey e outros (2004) descobriram que o tratamento de células do músculo liso vascular (músculo liso é uma das fibras musculares dos órgãos internos, como vasos sanguíneos; as fibras musculares lisas estão unidas em feixes por fibras reticulares) com ligantes de FXR resultou na apoptose de maneira que correlacionou-se com a habilidade do ligante para ativar FXR.
Huang e outros (2006) identificaram um papel para a sinalização dos ácidos da bile dependente de receptores nucleares na regeneração normal do fígado. Níveis elevados de ácidos biliares aceleraram a regeneração, e diminuíram os níveis de inibição do re-crescimento do fígado, assim como a ausência dos receptores primários do ácido biliar FXR. Huang e outros (2006) propuseram que a ativação do FXR pelo fluxo aumentado de ácidos da bile é um sinal de decréscimo da capacidade funcional do fígado. O FXR, e possivelmente outros receptores nucleares, podem promover a homeostase não somente por regularem a expressão dos genes alvo dos metabólitos apropriados, mas também por dirigir o crescimento homeotrófico do fígado (homeotrófico deve ser o crescimento do fígado em relação à alimentação).
ESTRUTURA DO GENE
Huber e outros (2002) determinaram que o gene FXR contém 11 éxons. O UTR no primeiro 5 contém um Box TATA, e o códon de iniciação está dentro da região do primeiro 3 do éxon 3. Um éxon alternativo 3ª codifica a variante FXR-beta, a qual tem uma sequencia terminal N alternada. A inserção de 12 pares de base em alguns transcritos de FXR resulta do Splice alternativo afetando o éxon 5.
MAPEAMENTO
Por análise de sequencia genômica, Huber e outros (2002) mapearam o gene NR1H4 no cromossomo 12q23.1. Por análises de um híbrido de primeira geração inter-específico, Kosak e outros (1996) mapearam o gene Nr1h4 do camundongo no cromossomo 10 na região que apresenta homologia de sintenia com o cromossomo 12q humano.
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=603826
*123970 CYTOCHROME C, SOMATIC; CYCS
Alternative titles; symbols
CYTOCHROME C; CYC
Gene map locus 7p15.2
DESCRIÇÃO
O citocromo c está localizado na mitocôndria de todas as células aeróbicas e é envolvido no sistema de transporte de elétrons que funciona na fosforilação oxidativa. Ele aceita elétrons do citocromo b e os transfere para a citocromo oxidase. Neste processo, o ferro do grupo heme, o qual é idêntico ao da hemoglobina e da mioglobia (obs.:mioglobina é a proteína de transporte e armazenamento de oxigênio no músculo, que é idêntica à hemoglobina, mas só possui uma sub-unidade heme ao invés das quatro presentes na hemoglobina, apresentando somente um quarto do peso molecular desta última; hemoglobina é a proteína respiratória vermelha dos eritrócitos que consiste em 3,8% de globina e 9,6% de globina e que na forma de oxiemoglobina (HbO2), transporta o oxigênio dos pulmões para os tecidos, onde o oxigênio é liberado e a HbO2 transforma-se em Hb.), muda do estado ferroso (com valência de Fe2+) para o estado férrico (com valência de Fe3+).
CLONAGEM
O citocromo c humano tem 104 resíduos de aminoácidos (Davhoff, 1972) e uma massa molecular de 11,458Da. Evans e Sacarpulla (1988) isolaram e determinaram a sequência de nucleotídeos do gene do citocromo c somático e 11 pseudogenes processados. Zhang e Gerstein (2003) identificaram 49 pseudogenes processados no genoma humano, o mais velho dos quais é ortólogo ao gene do citocromo c específico dos testículos nos roedores. Os pseudogenes humanos existem em dois tipos: uma classe predominante dos pseudogenes mais antigos originados de um gene que tem semelhança mais próxima ao gene moderno do roedor, e um segundo grupo de quatro pseudogenes jovens que se originaram dos genes mais recentes do primata.
FUNÇÃO DO GENE
Em adição a seu papel de fosforilação oxidativa, a liberação do citocromo c a partir do espaço interno da membrana da mitocôndria resulta na apoptose nuclear (Liu e outros, 1996). A ligação da APAF1 ao citocromo c parmite à APAF1 formar um complexo ternário com, e ativar, o iniciador pró-caspase 9 na presença de dATP (Li e outros, 1997). A caspase-9 ativa então entorna rio abaixo caspases efetoras, iniciando a cascata de morte (sumarizado por Earnshaw (1999)).
Boehning e outros (2003) apresentaram evidências de que o citocromo c do mamífero liga-se aos receptores de inositol 1,4,5-trifosfato (veja ITPR1 :{O receptor de inositol trifosfato compartilha homologia seqüencial e funcional com o receptor de rianodina (180901), [rianodina é um alcalóide extraído da Ryania speciosa que possui um efeito disruptivo (de ruptura difícil) sobre o armazenamento do cálcio na musculatura esquelética cardíaca, onde produz concentrações prolongadas e que é usado como inseticida] ; ambos disparam a liberação do cálcio de estoques intracelulares. A estrutura primária do receptor de inositol trifosfato contém 3 domínios: um domínio de ligação a inositol trifosfato perto do terminal N, um domínio de ligação no meio da molécula, e um domínio de travessa na membrana perto do teminal C. Em adição, existem ao menod dois sítios de fosforilação da proteína quinase A e ao menos 1 sítio consenso de ligação de ATP (Nucifora e outros (1995)}); durante a apoptose. A adição de um citocromo c nanomolar bloqueou a inibição da função do ITPR1 dependente de cálcio nas células COS transfectadas com ITPR1. No início da apoptose, o citocromo c translocou-se para o retículo endoplasmático, onde ele seletivamente ligou-se a ITPR1, resultando em sustentado aumento de cálcio citosólico oscilatório. Esses eventos do cálcio foram ligado à liberação coordenada do citocromo c de todas as mitocôndrias.
GENÉTICA MOLECULAR
Morison e outros (2008) identificaram o pedigree de 6 gerações segregando a transmissão autossômica dominante de trombocitopenia (THC4). Todas as famílias afetadas tinam a substituição de glicina por serina no códon 42 . A glicina 42 é invariante entre 113 espécies eucarióticas. Pacientes desta família tinham reduzida produção de plaquetas com a etiologia de sua trombocitopenia. A mutação aumentou a atividade apoptótica do citocromo c. Morison e outros (2008) remarcaram que a observação de que os membros da família afetada eram por outro lado saudáveis e longevos implica em que, ao menos em sua forma heterozigota, a presença de citocromo c mais ativo tem pequeno ou nenhum efeito no resultado da apoptose na maioria dos órgãos durante o desenvolvimento e a vida adulta.
MODELO ANIMAL
Li e outros (2000) geraram células-tronco embrionárias murinas com uma disrupção alvejada do gene do citocromo c. Embriões murinos desprovidos de citocromo c morreram no útero na metade da gestação, mas as linhas celulares estabelecidas dos embriões nulos em citocromo c no início eram viáeis sob condições que compensavam a fosforilação oxidativa defetuosa. Comparadas com linhas celulares estabelecidas de embriões de tipo saudável, as células carentes do citocromo c apresentaram reduzida ativação da caspase 3 (CASP3;600636) e eram resistentes aos efeitos pró-apoptóticos da irradiação ultra-violeta, retirada do soro, e estaturoporina (?). Em contraste, células carecendo do citocromo c demonstraram aumentada sensitividade aos sinais de morte celular disparados pelo fator de necrose tumoral (TNF;191160). Estes resultados estabeleceram o papel do citocromo c em diferentes cascatas de sinalização apoptótica.
VARIANTE ALÉLICAS
TROMBOCITOPENIA, AUTOSSÔMICA DOMINANTE 4
E membros afetados de uma linhagem de 6 gerações segregando a trombocitopenia não sindrômica autossômica dominante (THC4;612004), Morison e outros 92008) identificaram uma transição de G para A (guanina para amina) no nucleotídio 124 do código da sequencia consendo do gene CYCS levando à substituição de glicina para serina no códon 42 (G42S). A glicina 42 é invariante entre 113 espécies eucarióticas. A mutação foi mostrada por aumentar a atividade apoptótica do citocromo c. Morison e outros (2008) ressaltaram que usando-se a sequência de 104 aminoácidos faltando a metionina (código iniciador de leitura do DNA) (Davhoff, 1972), a mutação afeta o códon 41 (GLY41SER).
REFERENCIA
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=123970
Alternative titles; symbols
CYTOCHROME C; CYC
Gene map locus 7p15.2
DESCRIÇÃO
O citocromo c está localizado na mitocôndria de todas as células aeróbicas e é envolvido no sistema de transporte de elétrons que funciona na fosforilação oxidativa. Ele aceita elétrons do citocromo b e os transfere para a citocromo oxidase. Neste processo, o ferro do grupo heme, o qual é idêntico ao da hemoglobina e da mioglobia (obs.:mioglobina é a proteína de transporte e armazenamento de oxigênio no músculo, que é idêntica à hemoglobina, mas só possui uma sub-unidade heme ao invés das quatro presentes na hemoglobina, apresentando somente um quarto do peso molecular desta última; hemoglobina é a proteína respiratória vermelha dos eritrócitos que consiste em 3,8% de globina e 9,6% de globina e que na forma de oxiemoglobina (HbO2), transporta o oxigênio dos pulmões para os tecidos, onde o oxigênio é liberado e a HbO2 transforma-se em Hb.), muda do estado ferroso (com valência de Fe2+) para o estado férrico (com valência de Fe3+).
CLONAGEM
O citocromo c humano tem 104 resíduos de aminoácidos (Davhoff, 1972) e uma massa molecular de 11,458Da. Evans e Sacarpulla (1988) isolaram e determinaram a sequência de nucleotídeos do gene do citocromo c somático e 11 pseudogenes processados. Zhang e Gerstein (2003) identificaram 49 pseudogenes processados no genoma humano, o mais velho dos quais é ortólogo ao gene do citocromo c específico dos testículos nos roedores. Os pseudogenes humanos existem em dois tipos: uma classe predominante dos pseudogenes mais antigos originados de um gene que tem semelhança mais próxima ao gene moderno do roedor, e um segundo grupo de quatro pseudogenes jovens que se originaram dos genes mais recentes do primata.
FUNÇÃO DO GENE
Em adição a seu papel de fosforilação oxidativa, a liberação do citocromo c a partir do espaço interno da membrana da mitocôndria resulta na apoptose nuclear (Liu e outros, 1996). A ligação da APAF1 ao citocromo c parmite à APAF1 formar um complexo ternário com, e ativar, o iniciador pró-caspase 9 na presença de dATP (Li e outros, 1997). A caspase-9 ativa então entorna rio abaixo caspases efetoras, iniciando a cascata de morte (sumarizado por Earnshaw (1999)).
Boehning e outros (2003) apresentaram evidências de que o citocromo c do mamífero liga-se aos receptores de inositol 1,4,5-trifosfato (veja ITPR1 :{O receptor de inositol trifosfato compartilha homologia seqüencial e funcional com o receptor de rianodina (180901), [rianodina é um alcalóide extraído da Ryania speciosa que possui um efeito disruptivo (de ruptura difícil) sobre o armazenamento do cálcio na musculatura esquelética cardíaca, onde produz concentrações prolongadas e que é usado como inseticida] ; ambos disparam a liberação do cálcio de estoques intracelulares. A estrutura primária do receptor de inositol trifosfato contém 3 domínios: um domínio de ligação a inositol trifosfato perto do terminal N, um domínio de ligação no meio da molécula, e um domínio de travessa na membrana perto do teminal C. Em adição, existem ao menod dois sítios de fosforilação da proteína quinase A e ao menos 1 sítio consenso de ligação de ATP (Nucifora e outros (1995)}); durante a apoptose. A adição de um citocromo c nanomolar bloqueou a inibição da função do ITPR1 dependente de cálcio nas células COS transfectadas com ITPR1. No início da apoptose, o citocromo c translocou-se para o retículo endoplasmático, onde ele seletivamente ligou-se a ITPR1, resultando em sustentado aumento de cálcio citosólico oscilatório. Esses eventos do cálcio foram ligado à liberação coordenada do citocromo c de todas as mitocôndrias.
GENÉTICA MOLECULAR
Morison e outros (2008) identificaram o pedigree de 6 gerações segregando a transmissão autossômica dominante de trombocitopenia (THC4). Todas as famílias afetadas tinam a substituição de glicina por serina no códon 42 . A glicina 42 é invariante entre 113 espécies eucarióticas. Pacientes desta família tinham reduzida produção de plaquetas com a etiologia de sua trombocitopenia. A mutação aumentou a atividade apoptótica do citocromo c. Morison e outros (2008) remarcaram que a observação de que os membros da família afetada eram por outro lado saudáveis e longevos implica em que, ao menos em sua forma heterozigota, a presença de citocromo c mais ativo tem pequeno ou nenhum efeito no resultado da apoptose na maioria dos órgãos durante o desenvolvimento e a vida adulta.
MODELO ANIMAL
Li e outros (2000) geraram células-tronco embrionárias murinas com uma disrupção alvejada do gene do citocromo c. Embriões murinos desprovidos de citocromo c morreram no útero na metade da gestação, mas as linhas celulares estabelecidas dos embriões nulos em citocromo c no início eram viáeis sob condições que compensavam a fosforilação oxidativa defetuosa. Comparadas com linhas celulares estabelecidas de embriões de tipo saudável, as células carentes do citocromo c apresentaram reduzida ativação da caspase 3 (CASP3;600636) e eram resistentes aos efeitos pró-apoptóticos da irradiação ultra-violeta, retirada do soro, e estaturoporina (?). Em contraste, células carecendo do citocromo c demonstraram aumentada sensitividade aos sinais de morte celular disparados pelo fator de necrose tumoral (TNF;191160). Estes resultados estabeleceram o papel do citocromo c em diferentes cascatas de sinalização apoptótica.
VARIANTE ALÉLICAS
TROMBOCITOPENIA, AUTOSSÔMICA DOMINANTE 4
E membros afetados de uma linhagem de 6 gerações segregando a trombocitopenia não sindrômica autossômica dominante (THC4;612004), Morison e outros 92008) identificaram uma transição de G para A (guanina para amina) no nucleotídio 124 do código da sequencia consendo do gene CYCS levando à substituição de glicina para serina no códon 42 (G42S). A glicina 42 é invariante entre 113 espécies eucarióticas. A mutação foi mostrada por aumentar a atividade apoptótica do citocromo c. Morison e outros (2008) ressaltaram que usando-se a sequência de 104 aminoácidos faltando a metionina (código iniciador de leitura do DNA) (Davhoff, 1972), a mutação afeta o códon 41 (GLY41SER).
REFERENCIA
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=123970
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
143010 MAJOR HISTOCOMPATIBILITY COMPLEX, CLASS I, E; HLA-E
Alternative titles; symbols
HLAEHLA-E HISTOCOMPATIBILITY TYPEHLA-6.2QA1, MOUSE, HOMOLOG OF; QA1
Gene map locus 6p21.3
DESCRIÇÃO
Como estimado por borrão de Southern blot, a família dos genes HLA de classe I contém de 15 a 20 membros, muito mais do que foi calculado para pelos genes HLA-A,-B, e –C (Orr, 1988). O gene HLA-e pertence à classe I e está situado a aproximadamente 650 quilobases do HLA-C (Carroll e outros, 1987).
FUNÇÃO DO GENE
A proteina HLA-E é uma molécula não clássica do MHC de limitada variabilidade seqüencial. Sua expressão na superfície celular é regulada pelos peptídios de ligação derivados da sequencia de sinal de algumas outras moléculas do MHC de classe I. Braud e outros (1998) relataram a identificação dos ligantes de HLA-E. Braud e outros (1998) construiram tetrâmeros nos quais HLA-E e microglobulina beta 2 (B2M; 109700) recombinantes foram redobradas com um peptídio de sequencia líder do MHC, biotinilado, e conjugado com Extravidina. Este tetrâmero ligou-se a células matadoras naturais (NK) e a um pequeno sub-grupo de células T do sangue periférico. Em transfectantes, o tetrâmero ligou-se aos receptores das células NK CD94/NKG2A (161555), CD94/NKG2B, e CD94/NKG2C (602891), mas não se ligaram à família de imunoglobulinas receptoras de células NK (KIRs; veja 604936). A expressão de superfície do HLA-E foi suficiente para proteger células alvo da lise pelos clones de células NK CD94/NKG2A+. Um sub-grupo de alelos de HLA de classe I tem sido mostrado por inibir a morte pelos clones das células NK CD94/NKG2A+. Somente os alelos que possuem um peptídio líder capaz de sobre-regular a expressão de superfície das HLA-E conferem resistência à lise mediada pelas células NK, implicando que sua ação é mediada pelo HLA-E, o ligante predominante para o receptor CD94/NKG2A inibitório das células NK.
FEIÇÕES BIOQUÍMICAS
O’Callaghan e outros (1998) determinaram a estrutura cristalina do HLA-E humano em complex com um ligante prototípico, o peptídio sem nome (VMAPRTVLL), derivado dos resíduos 3 a 11 altamente conservados da sequencia líder do MHC de classe Ia. O modo de ligação do peptídio reteve algumas das feições padrão observadas nos complexos de MHC de classe Ia, mas novas feições implicaram que o HLA-E tem desenvolvido para mediar ligações específicas a um grupo firmemente definido de peptídios hidrofóbicos quase idênticos das sequencias líder de classe I altamente conservadas. Essas adaptações moleculares tornam o HLA-E um rigoroso ponto de controle na superfície celular, reportando a integridade da via de processamento do antígeno às células matadoras naturais carregando os receptores CD94/NKG2.
MAPEAMENTO
O gene HLA-E mapeia no cromossomo 6p21.3 (Carroll e outros, 1987).
GENÉTICA MOLECULAR
Ohya e outros (1990) estudaram o polimorfismo da HLA-E. A sequência de aminoácidos da molécula HLA-E, especialmente o domínio alfa-2, é o mais divergente entre as moléculas HLA de classe I. Ohya e outros (1990) encontraram pequenos polimorfismos RFLP em japoneses.
MODELO ANIMAL
Hu e outros (2004) geraram uma deleção no éxon 7 do gene Qa1 do camundongo, o homólogo do HLA-E humano, por substituição dos éxons 1, 2, e 3 com marcadores de seleção positiva e negativa. A infecção com o vírus do herpes simples induziu a queratite associada com sobre-regulada produção de IFNG (147570) pelas células TCD4 em camundongos mutantes mas não na linhagem de tipo selvagem conhecida como resistente. Camundongos mutantes não puderam ser protegidos do desenvolvimento de encefalomielite auto-imune experimental pela pré-imunização com o adjuvante completo Freund (CFA) antes do desafio com o CFA contendo a toxina pertussis. Camundongos deficientes em Qa1 também tinham respostas aumentadas para um peptídio próprio de proteína proteolipídica que estava associada com a resistência das células TCD4 à atividade das células TCD8 supressoras restrita à Qa1. Hu e outros (2004) concluíram que a interação inibitória de célula T com célula T dependente de Qa1 previne a expansão patogênica de populações de células TCD4 auto-reativas e conseqüente doença auto-imune.
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=143010
Alternative titles; symbols
HLAEHLA-E HISTOCOMPATIBILITY TYPEHLA-6.2QA1, MOUSE, HOMOLOG OF; QA1
Gene map locus 6p21.3
DESCRIÇÃO
Como estimado por borrão de Southern blot, a família dos genes HLA de classe I contém de 15 a 20 membros, muito mais do que foi calculado para pelos genes HLA-A,-B, e –C (Orr, 1988). O gene HLA-e pertence à classe I e está situado a aproximadamente 650 quilobases do HLA-C (Carroll e outros, 1987).
FUNÇÃO DO GENE
A proteina HLA-E é uma molécula não clássica do MHC de limitada variabilidade seqüencial. Sua expressão na superfície celular é regulada pelos peptídios de ligação derivados da sequencia de sinal de algumas outras moléculas do MHC de classe I. Braud e outros (1998) relataram a identificação dos ligantes de HLA-E. Braud e outros (1998) construiram tetrâmeros nos quais HLA-E e microglobulina beta 2 (B2M; 109700) recombinantes foram redobradas com um peptídio de sequencia líder do MHC, biotinilado, e conjugado com Extravidina. Este tetrâmero ligou-se a células matadoras naturais (NK) e a um pequeno sub-grupo de células T do sangue periférico. Em transfectantes, o tetrâmero ligou-se aos receptores das células NK CD94/NKG2A (161555), CD94/NKG2B, e CD94/NKG2C (602891), mas não se ligaram à família de imunoglobulinas receptoras de células NK (KIRs; veja 604936). A expressão de superfície do HLA-E foi suficiente para proteger células alvo da lise pelos clones de células NK CD94/NKG2A+. Um sub-grupo de alelos de HLA de classe I tem sido mostrado por inibir a morte pelos clones das células NK CD94/NKG2A+. Somente os alelos que possuem um peptídio líder capaz de sobre-regular a expressão de superfície das HLA-E conferem resistência à lise mediada pelas células NK, implicando que sua ação é mediada pelo HLA-E, o ligante predominante para o receptor CD94/NKG2A inibitório das células NK.
FEIÇÕES BIOQUÍMICAS
O’Callaghan e outros (1998) determinaram a estrutura cristalina do HLA-E humano em complex com um ligante prototípico, o peptídio sem nome (VMAPRTVLL), derivado dos resíduos 3 a 11 altamente conservados da sequencia líder do MHC de classe Ia. O modo de ligação do peptídio reteve algumas das feições padrão observadas nos complexos de MHC de classe Ia, mas novas feições implicaram que o HLA-E tem desenvolvido para mediar ligações específicas a um grupo firmemente definido de peptídios hidrofóbicos quase idênticos das sequencias líder de classe I altamente conservadas. Essas adaptações moleculares tornam o HLA-E um rigoroso ponto de controle na superfície celular, reportando a integridade da via de processamento do antígeno às células matadoras naturais carregando os receptores CD94/NKG2.
MAPEAMENTO
O gene HLA-E mapeia no cromossomo 6p21.3 (Carroll e outros, 1987).
GENÉTICA MOLECULAR
Ohya e outros (1990) estudaram o polimorfismo da HLA-E. A sequência de aminoácidos da molécula HLA-E, especialmente o domínio alfa-2, é o mais divergente entre as moléculas HLA de classe I. Ohya e outros (1990) encontraram pequenos polimorfismos RFLP em japoneses.
MODELO ANIMAL
Hu e outros (2004) geraram uma deleção no éxon 7 do gene Qa1 do camundongo, o homólogo do HLA-E humano, por substituição dos éxons 1, 2, e 3 com marcadores de seleção positiva e negativa. A infecção com o vírus do herpes simples induziu a queratite associada com sobre-regulada produção de IFNG (147570) pelas células TCD4 em camundongos mutantes mas não na linhagem de tipo selvagem conhecida como resistente. Camundongos mutantes não puderam ser protegidos do desenvolvimento de encefalomielite auto-imune experimental pela pré-imunização com o adjuvante completo Freund (CFA) antes do desafio com o CFA contendo a toxina pertussis. Camundongos deficientes em Qa1 também tinham respostas aumentadas para um peptídio próprio de proteína proteolipídica que estava associada com a resistência das células TCD4 à atividade das células TCD8 supressoras restrita à Qa1. Hu e outros (2004) concluíram que a interação inibitória de célula T com célula T dependente de Qa1 previne a expansão patogênica de populações de células TCD4 auto-reativas e conseqüente doença auto-imune.
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=143010
189903 NUCLEAR TRANSCRIPTION FACTOR Y, ALPHA; NFYA
Alternative titles; symbols
TRANSCRIPTION FACTOR NF-Y, A SUBUNITNUCLEAR FACTOR BINDING TO Y BOX OF HLA GENESHAP2 CCAAT-BINDING PROTEIN
Gene map locus 6p21.3
TEXTO
NF-Y é um fator de transcrição considerado como essencial para a expressão dos genes do complexo maior de histocompatibilidade de classe II (MHC, 142800). Ele reconhece um motivo CCAAT anterior aos promotores do gene e está provavelmente envolvido na regulação de uma variedade de genes, incluindo aqueles para albumina (103600), alfa-globina (141800), colágeno (veja 120150), e beta actina (102630). O NF-Y é composto de duas sub-unidades, a NFYA e a NFYB (189904), ambas as quais são necessárias para a ligação do DNA. Estas duas sub-unidades de ligação ao DNA têm sido bem conservadas durante a evolução. As NFYA e NFYB apresentam similaridade seqüencial impressionante com os fatores de transcrição Hap2 e Hap3 das leveduras, ambos os quais são requeridos para ligação específica a motivos de tipo CCAAT. Por hibridização em sítio e análises de células somáticas híbridas, Li e outros (1991) assinaram o gene NFYA em 6p21 (próximo ao MHC) e o gene NFYB no cromossomo 12. Após a hibridização em sítio, a concentração máxima de grãos foi na região 12q22-q23. Por análises de Southern blot de linhas consangüíneas recombinantes e por hibridização em sítio, os genes Nfya e Nfyb foram assinado nos cromossomos 17 e 10 do camundongo.
A CCAAT, um elemento sequencial anterior (ou a montante do gene?) encontrado em uma multidão de promotores de eucariotos superiores, serve como uma sequencia de reconhecimento para uma variedade de fatores de transcrição. Existem ao menos 3 fatores de ligação a CCAAT separáveis cromatograficamente nas células HeLa: CP1, CP2 e CTF/NF-1 (600729). Esses fatores reconhecem subconjuntos sobrepostos mas distintos de conhecidos promotores contendo CCAAT e produzem padrões distinguíveis de contatos com o DNA no e em volta do motivo CCAAT. Becker e outros (1991) notaram que desses três fatores, o CP1 Carrega a maior semelhança com o complexo Hap das leveduras. Este complexo de três genes, Hap2, Hap3 e Hap4, é requerido para a expressão da respiração no Saccharomyces cerevisiae – em particular, para expressão da principal isoforma do citocromo c (CYC1; 123980). Na levedura, as três proteínas estão associadas em um complexo heteromérico que liga-se a uma sequencia de ativação a montante do promotor do CYC1. Como as Hap2/3/4, a CYP no ser humano consiste de uma associação heteromérica de ao menos dois componentes, CP1A e CP1B, ambas as quais são requeridas para a ligação. Mais impressionante, as sub-unidades de CP1 e de Hap2/3/4 podem interalternar-se in vitro. Assim, a CP1 aceitavelmente representa o homólogo humano do complexo Hap na levedura, com a fração CP1B contendo o homólogo Hap2 e a fração CP1A contendo o equivalente a Hap3. Becker e outros (1991) relataram o isolamento de um cDNA de HeLa cuja expressão em S.cerevisiae corrigiu o defeito respiratório em uma linhagem trazendo a deleção em Hap2. O cDNA codificando o homólogo de Hap2 codifica uma proteína de 257 aminoácidos que tem uma região C terminal de 62 aminoácidos que compartilha 73% de homologia com a região cerne de Hap2.
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?cmd=entry&id=189903
Alternative titles; symbols
TRANSCRIPTION FACTOR NF-Y, A SUBUNITNUCLEAR FACTOR BINDING TO Y BOX OF HLA GENESHAP2 CCAAT-BINDING PROTEIN
Gene map locus 6p21.3
TEXTO
NF-Y é um fator de transcrição considerado como essencial para a expressão dos genes do complexo maior de histocompatibilidade de classe II (MHC, 142800). Ele reconhece um motivo CCAAT anterior aos promotores do gene e está provavelmente envolvido na regulação de uma variedade de genes, incluindo aqueles para albumina (103600), alfa-globina (141800), colágeno (veja 120150), e beta actina (102630). O NF-Y é composto de duas sub-unidades, a NFYA e a NFYB (189904), ambas as quais são necessárias para a ligação do DNA. Estas duas sub-unidades de ligação ao DNA têm sido bem conservadas durante a evolução. As NFYA e NFYB apresentam similaridade seqüencial impressionante com os fatores de transcrição Hap2 e Hap3 das leveduras, ambos os quais são requeridos para ligação específica a motivos de tipo CCAAT. Por hibridização em sítio e análises de células somáticas híbridas, Li e outros (1991) assinaram o gene NFYA em 6p21 (próximo ao MHC) e o gene NFYB no cromossomo 12. Após a hibridização em sítio, a concentração máxima de grãos foi na região 12q22-q23. Por análises de Southern blot de linhas consangüíneas recombinantes e por hibridização em sítio, os genes Nfya e Nfyb foram assinado nos cromossomos 17 e 10 do camundongo.
A CCAAT, um elemento sequencial anterior (ou a montante do gene?) encontrado em uma multidão de promotores de eucariotos superiores, serve como uma sequencia de reconhecimento para uma variedade de fatores de transcrição. Existem ao menos 3 fatores de ligação a CCAAT separáveis cromatograficamente nas células HeLa: CP1, CP2 e CTF/NF-1 (600729). Esses fatores reconhecem subconjuntos sobrepostos mas distintos de conhecidos promotores contendo CCAAT e produzem padrões distinguíveis de contatos com o DNA no e em volta do motivo CCAAT. Becker e outros (1991) notaram que desses três fatores, o CP1 Carrega a maior semelhança com o complexo Hap das leveduras. Este complexo de três genes, Hap2, Hap3 e Hap4, é requerido para a expressão da respiração no Saccharomyces cerevisiae – em particular, para expressão da principal isoforma do citocromo c (CYC1; 123980). Na levedura, as três proteínas estão associadas em um complexo heteromérico que liga-se a uma sequencia de ativação a montante do promotor do CYC1. Como as Hap2/3/4, a CYP no ser humano consiste de uma associação heteromérica de ao menos dois componentes, CP1A e CP1B, ambas as quais são requeridas para a ligação. Mais impressionante, as sub-unidades de CP1 e de Hap2/3/4 podem interalternar-se in vitro. Assim, a CP1 aceitavelmente representa o homólogo humano do complexo Hap na levedura, com a fração CP1B contendo o homólogo Hap2 e a fração CP1A contendo o equivalente a Hap3. Becker e outros (1991) relataram o isolamento de um cDNA de HeLa cuja expressão em S.cerevisiae corrigiu o defeito respiratório em uma linhagem trazendo a deleção em Hap2. O cDNA codificando o homólogo de Hap2 codifica uma proteína de 257 aminoácidos que tem uma região C terminal de 62 aminoácidos que compartilha 73% de homologia com a região cerne de Hap2.
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?cmd=entry&id=189903
domingo, 1 de fevereiro de 2009
*142965 HOMEOBOX B4; HOXB4
Alternative titles; symbols
HOMEOBOX 2F; HOX2FHox-2.6, MOUSE, HOMOLOG OF
Gene map locus 17q21-q22
TEXTO
Em um esforço para caracterizar fatores que distinguam as células tronco hematopoiéticas adultas definitivas (HSC) e proenitoras primitivas derivadas do saco vitelino ou células tronco embrionárias (ES), Kyba e outros (2002) examinaram o efeito da expressão ectópica (fora do lugar de origem) de Hoxb4, um gene seletor homeótico (homeose é a formação de uma parte do corpo com características normalmente encontradas numa parte correlata ou homóloga em outra localização no corpo) implicado na auto renovação das células HSCs definitivas, nos camundongos. A expressão do Hoxb4 em progenitoras primitivas combinado com cultura no estroma hematopoiético induziu um ‘interruptor’ para o fenótipo definitivo de HSC. Essas progenitoras enxertadas letalmente irradiaram adultos e contribuíram para a hematopoiese de múltipla linhagem a longo prazo nos recipientes primário e secundário. Esses resultados sugeriram que as HSCs primitivas estão equilibradas para tornarem-se HSCs definitivas e que essa transição pode ser promovida pela expressão do HOXB4.
Antonchuk e outros (2002) demonstraram a potência do Hoxb4 para capacitar altos níveis de expansão das HSC ex-vivo nos camundongos. Culturas de células da medula óssea murinas transduzidas com GFP ou não transduzidas experimentaram grandes perdas por 10 a 14 dias. Em definido contraste, culturas de células transduzidas com Hoxb4 atingiram mais rápidas, extensas, e altas expansões de HSC policlonais, resultando em níveis mais que 1000 vezes mais altos relativamente aos controles a um aumento de 40 vezes na rede de HSC. Essas HSC retiveram completo potencial de repopulação linfo-mielóide e aumentaram o potencial regenerativo in vivo, demonstrando a executabilidade do alcance significativo da expansão ex vivo das HSC sem diminuição funcional.
As células tronco hematopoiéticas têm a habilidade de regenerar-se a si mesmas e de dar surgimento a todas as linhagens do sangue. Reya e outros (2003) mostraram que a via de sinalização do Wnt tem um importante papel neste processo. A super-expressão de beta-catenina ativada (116806) expande o estoque de HSC em culturas de longo prazo por ambos o fenótipo e a função. Além disso, HSCs em seu microambiente normal ativam um repórter LEF1/TCF (153245) (o gene que reconhece o gene LEF1/TCF?), o que indica que as HSCs respondem à sinalização do WNT in vivo. Para demonstrar a significância fisiológica desta via para a proliferação da HSC, Reya e outros (2003) mostraram que a expressão ectópica da axina (603816) ou um domínio de ligação do ligante frizzled (603408), inibidores da via de sinalização do WNT, levou à inibição do crescimento das HSC in vitro e reduziu a reconstituição in vivo. Além disso, a ativação da sinalização de WNT nas HSCs induziu a expressão aumentada de HOXB4 e NOUTCH1 (190198), genes previamente implicados na auto regeneração/renovação das HSCs. Raya e outros (2003) concluíram que a via de sinalização do WNT é crítica para a homeostase normal da HSC in vitro e in vivo, e proporciona um vislumbre para dentro de uma potencial hierarquia molecular de regulação do desenvolvimento das HSC.
Krosl e outros (2003) usaram a proteína TAT-HOXB4 recombinante humana carregando o domínio de transdução de proteína da proteína transativadora do HIV (TAT) como um fator de crescimento potencial para células tronco. As células tronco hematopoiéticas expostas à TAT-HOXB4 por quatro dias expandiram aproximadamente 4 a 6 vezes e estavam de 8 a 20 tempos mais numerosas que as células tronco hematopoiéticas em culturas de controle, indicando que a expansão das células tronco hematopoiéticas induzida por TAT-HOXB4 foi comparável àquela induzida pelo retrovírus HOXB4 humano durante um período similar de observação. Krosl e outros (2003) concluíram que seus resultados mostraram que as células tronco hematopoiéticas expandidas por TAT-HOXB4 retém seu potencial in vivo normal para diferenciação e repopulação de longo-prazo.
Amsellem e outros (2003) mostraram que quando cultivadas em células do estroma geneticamente engenheiradas para secretar HOXB4, as células iniciadoras de cultura de longo-prazo humanas e as células do camundongo repopulando imunodeficiência combinada com diabetes severo não obeso (NOD-SCID) foram expandidas por mais de 20- e 2,5- vezes, respectivamente, enquanto sua entrada em número. Essa expanda foi associada com a capacidade aumentada de repopulação das células-tronco in vivo e manutenção de sua pluripotencialidade. Amsellem e outros (2003) concluíram que seu método proporcionou uma base para o desenvolvimento de estratégias de terapia celular usando células tronco hematopoiéticas expandidas que não são geneticamente modificadas.
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=142965
Alternative titles; symbols
HOMEOBOX 2F; HOX2FHox-2.6, MOUSE, HOMOLOG OF
Gene map locus 17q21-q22
TEXTO
Em um esforço para caracterizar fatores que distinguam as células tronco hematopoiéticas adultas definitivas (HSC) e proenitoras primitivas derivadas do saco vitelino ou células tronco embrionárias (ES), Kyba e outros (2002) examinaram o efeito da expressão ectópica (fora do lugar de origem) de Hoxb4, um gene seletor homeótico (homeose é a formação de uma parte do corpo com características normalmente encontradas numa parte correlata ou homóloga em outra localização no corpo) implicado na auto renovação das células HSCs definitivas, nos camundongos. A expressão do Hoxb4 em progenitoras primitivas combinado com cultura no estroma hematopoiético induziu um ‘interruptor’ para o fenótipo definitivo de HSC. Essas progenitoras enxertadas letalmente irradiaram adultos e contribuíram para a hematopoiese de múltipla linhagem a longo prazo nos recipientes primário e secundário. Esses resultados sugeriram que as HSCs primitivas estão equilibradas para tornarem-se HSCs definitivas e que essa transição pode ser promovida pela expressão do HOXB4.
Antonchuk e outros (2002) demonstraram a potência do Hoxb4 para capacitar altos níveis de expansão das HSC ex-vivo nos camundongos. Culturas de células da medula óssea murinas transduzidas com GFP ou não transduzidas experimentaram grandes perdas por 10 a 14 dias. Em definido contraste, culturas de células transduzidas com Hoxb4 atingiram mais rápidas, extensas, e altas expansões de HSC policlonais, resultando em níveis mais que 1000 vezes mais altos relativamente aos controles a um aumento de 40 vezes na rede de HSC. Essas HSC retiveram completo potencial de repopulação linfo-mielóide e aumentaram o potencial regenerativo in vivo, demonstrando a executabilidade do alcance significativo da expansão ex vivo das HSC sem diminuição funcional.
As células tronco hematopoiéticas têm a habilidade de regenerar-se a si mesmas e de dar surgimento a todas as linhagens do sangue. Reya e outros (2003) mostraram que a via de sinalização do Wnt tem um importante papel neste processo. A super-expressão de beta-catenina ativada (116806) expande o estoque de HSC em culturas de longo prazo por ambos o fenótipo e a função. Além disso, HSCs em seu microambiente normal ativam um repórter LEF1/TCF (153245) (o gene que reconhece o gene LEF1/TCF?), o que indica que as HSCs respondem à sinalização do WNT in vivo. Para demonstrar a significância fisiológica desta via para a proliferação da HSC, Reya e outros (2003) mostraram que a expressão ectópica da axina (603816) ou um domínio de ligação do ligante frizzled (603408), inibidores da via de sinalização do WNT, levou à inibição do crescimento das HSC in vitro e reduziu a reconstituição in vivo. Além disso, a ativação da sinalização de WNT nas HSCs induziu a expressão aumentada de HOXB4 e NOUTCH1 (190198), genes previamente implicados na auto regeneração/renovação das HSCs. Raya e outros (2003) concluíram que a via de sinalização do WNT é crítica para a homeostase normal da HSC in vitro e in vivo, e proporciona um vislumbre para dentro de uma potencial hierarquia molecular de regulação do desenvolvimento das HSC.
Krosl e outros (2003) usaram a proteína TAT-HOXB4 recombinante humana carregando o domínio de transdução de proteína da proteína transativadora do HIV (TAT) como um fator de crescimento potencial para células tronco. As células tronco hematopoiéticas expostas à TAT-HOXB4 por quatro dias expandiram aproximadamente 4 a 6 vezes e estavam de 8 a 20 tempos mais numerosas que as células tronco hematopoiéticas em culturas de controle, indicando que a expansão das células tronco hematopoiéticas induzida por TAT-HOXB4 foi comparável àquela induzida pelo retrovírus HOXB4 humano durante um período similar de observação. Krosl e outros (2003) concluíram que seus resultados mostraram que as células tronco hematopoiéticas expandidas por TAT-HOXB4 retém seu potencial in vivo normal para diferenciação e repopulação de longo-prazo.
Amsellem e outros (2003) mostraram que quando cultivadas em células do estroma geneticamente engenheiradas para secretar HOXB4, as células iniciadoras de cultura de longo-prazo humanas e as células do camundongo repopulando imunodeficiência combinada com diabetes severo não obeso (NOD-SCID) foram expandidas por mais de 20- e 2,5- vezes, respectivamente, enquanto sua entrada em número. Essa expanda foi associada com a capacidade aumentada de repopulação das células-tronco in vivo e manutenção de sua pluripotencialidade. Amsellem e outros (2003) concluíram que seu método proporcionou uma base para o desenvolvimento de estratégias de terapia celular usando células tronco hematopoiéticas expandidas que não são geneticamente modificadas.
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=142965
*603507 LOW DENSITY LIPOPROTEIN RECEPTOR-RELATED PROTEIN 6; LRP6
Gene map locus 12p13.3-p11.2
DESCRIÇÃO
O gene LRP6 codifica um membro da família dos genes de receptores de lipoproteínas de baixa densidade (LDLR), os quais consistem em proteínas de superfície celular envolvidas na endocitose de ligantes específicos mediada pelo receptor. Proteínas LDLR são constituídas dos mesmos motivos estruturais básicos: um domínio extracelular que contém repetições de ligação LDLR e repetições EGF {Obs.: O EGF OMIM 131530 fator de crescimento epitelial? Ou E (glu, ácido glutâmico) G(gli, glicina) e F (fen, fenilalanina)?} com domínios espaçadores associados contendo o motivo YWTD {Y é tirosina, W é triptofano, T é treonina e D é ácido aspártico?}; um único domínio atravessando a membrana; e um domínio citoplasmático terminal em C que geralmente contém ao menos uma cópia do motivo NPXY {N é aspargina, P é prolina, X é qualquer um e Y é tirosina?} (Brown e outros, 1998). O LRP6 e o LRP5 (603506) funcionam como co-receptores para os ligantes de WNT (164820) e assim atuam num papel na sinalização do WNT, a qual é importante numa ampla variedade de processos biológicos durante a vida pré- e pós-natal em invertebrados e vertebrados (Kokubu e outros, 2004).
CLONAGEM
Brown e outros (1998) identificaram um EST do camundongo com similaridade sequencial para um clone de BAC humano contendo o gene LRP5 e usaram o EST para isolar um cDNA de Lrp6 de uma bilbioteca de cDNA do fígado. Por sondagem de uma biblioteca de cDNA dos rins humanos com o cDNA de LRP6 do camundongo, eles clonaram cDNAs de LRP6 humana. A proteína LRP6 humana deduzida em 1.613 aminoácidos é 98% idêntica à Lrp6 do camundongo e 71% idêntica à LRP5 humana. As proteínas LRP6 e LRP5 são estruturalmente similares; comparadas com os membros da conhecida família LDLR, eles apresentam um padrão único de repetições EGF e LDLR no domínio extracelular e tem motivos ricos em prolina mas não o motivo BPXY no domínio citoplasmático. Análises de Northern blot detectaram um transcrito de LRP6 humano em uma variedade de tecidos.
FUNÇÃO DO GENE
Wehrli e outros (2000) descreveram um gene chamado ‘arrow’ (flexa, seta) que é necessário para todos os eventos de sinalização Wingless (sem asas; Wnt) na Drosófila. Eles mostraram que a função do gene ‘arrow’ é essencial em células recebendo a entrada do Wingless e que este atua a montante (anteriormente ao) de Dishevelled (DVL1, omim 601365). O ‘arrow’ é notoriamente homólogo aos LRP5 e LRP6 murinos e humanos.
Tamai e outros (2000) mostraram que o LRP6 funciona como um co-receptor para a transdução de sinal do Wnt. Em embriões xenopus (Tipo de sapo. A espécie mais conhecida pertencente a este gênero é a Xenopus laevis, a qual é comumente estudada como um organismo modelo. Wikipedia), o Lrp6 ativou a sinalização Wnt-frizzled (FZD1;603408) e induziu genes responsivos ao Wnt, a duplicação do eixo dorsal, e a formação da crista neural. Um Lrp6 mutante carecendo do domínio carboxi (de acrescentamento de CO ou CO2) intracelular bloqueou a sinalização pelo Wnt ou Wnt-Fz, mas não pelo Dishevelled ou pela beta-catenina (116806; proteína da família das caderinas), e inibiu o desenvolvimento da crista neural. O domínio extracelular do Lrp6 ligou Wnt1 e associou-se com Fz de modo dependente do Wnt.
O Lrp6 é requerido durante a sinalização Wnt/beta-catenina na Drosófila, Xenopus (sapo), e camundongo, possivelmente atuando como um co-receptor para o Wnt. Mao e outros (2001) mostraram que o LRP6 é um receptor específico e de alta afinidade para DKK1 (605189) e DKK2 (605415). O DKK1 bloqueia a sinalização Wnt/beta-catenina mediada por Lrp6 por interação com domínios que são distintos daqueles requeridos para a interação Wnt/frizzled. DKK1 e Lrp6 interagem antagonisticamente durante a indução embriogênica cabeça (chefe) no Xenopus onde o Lrp6 promove o papel posteriorizador da sinalização Wnt/beta-catenina. Assim, as DKKs inibem a função de co-receptor do Wnt, exemplificando a modulação da sinalização do LRP por antagonistas.
Semenov e outros (2005) descobriram que o SOST (605740) humano antagonizou a sinalização do Wnt em embriões Xenopus e células mamárias por ligar-se aos domínios extracelulares dos co-receptores de Wnt Lrp5 e Lrp6 e rompendo a formação do complexo frizzled-Lrp induzido por Wnt.
Zeng e outros (2005) proporcionaram evidências químicas e genéticas para um mecanismo dual de quinase (cinase) para a fosforilação e ativação do LRP6. A quinase-3 glicogênio-sintase (GSK3; veja 606784), a qual é conhecida por seu papel inibitório na sinalização do Wnt através da promoção da fosforilação e degradação da beta-catenina, media a fosforilação e ativação do LRP6. Zeng e outros (2005) mostraram que o Wnt induz a fosforilação seqüencial do LRP6 pela GSK3 e pela quinase-1 da caseína (600505) (Obs.: Caseína é a principal proteína do leite de vaca que é convertida em várias formas. A caseína k não é precipitada por íons de cálcio.), e esta fosforilação dual promove o casamento do LRP6 com a proteína andaimada (em forma de andaime?) Axina (603816). Zeng e outros (2005) mostraram, além, que a forma de GSK3 associada à membrana, em contraste com o GSK3 citosólico, estimula a sinalização do Wnt e a duplicação da coluna vertebral do Xenopus. Zeng e outros (2005) concluíram que seus resultados identificaram duas quinases (cinases) chaves mediando a ativação do co-receptor do Wnt, revelaram uma inesperada e intrincada lógica de sinalização Wnt/beta-catenina, e ilustraram o GSK3 como um interruptor genuíno que dita ambos os estados ligado e desligado dessa via regulatória central.
Yamamoto e outros (2006) apresentaram evidências de que o LRP6 é internalizado com a caveolina (CAV1; 601047) em linhas de células humanas e que os componentes dessa via endocítica são requeridos para internalização do LRP6 induzida pelo WNT3A (606359) e para acumulação de beta-catenina. Os dados sugerem que o WNT3A dispara a interação do LRP6 com a caveolina e promove o recrutamento da axina para o LRP6 fosforilado pela GSK3B (605004) e que a caveolina, deste modo, inibe a ligação da beta-catenina à AXINA. Yamamoto e outros (2006) concluíram que a caveolina atua em papéis críticos na indução e internalização do LRP6 e na ativação da via WNT/beta-catenina.
Usando imagem viva de células de vertebrados, Bilic e outros (2007) demonstraram que o tratamento com WNT induz rapidamente os agregados LRP6 associados à membrana. Os conjuntos LRP6 são fosforilados e podem ser solubilizados por detergentes como os complexos multi-protéicos feitos em tamanho do ribossomo. Os conjuntos LRP6 fosforilados contém componentes da via WNT mas não marcadores comuns do tráfego vesicular, exceto a caveolina. A proteína andaimada dishevelled (DVL; 601365) é requerida para fosforilação e agregação do LRP6. Bilic e outros (2007) propuseram que o WNT induz a co-conjunção de receptores e da DVL em sinalossomos LRP6, o quais, por sua vez, disparam a fosforilação do LRP6 para promover o recrutamento da Axina e a estabilização da beta-catenina.
Por verificação de uma bilioteca de quinase humana de pequeno RNA de interferência, Pan e outros (2008) identificaram a cinase 4 fosfatidilinositol tipo II-alfa (PI4K2A; 609763) e a cinase 5 fosfatidilinositol 4 –fosfato de tipo I (PIP5KI; 603275) como requeridas para a fosforilação do LRP6 induzida pelo Wnt3a (606359) na serina 1490 nas células dos mamíferos e confirmaram que essas cinases são importantes para a sinalização do Wnt nos embriões Xenopus. O Wnt3a estimula a formação da fosfatidilinositol 4,5-bifosfato através do ‘frizzled (veja 603408) e ‘dishevelled’ (veja 601365), a última das quais interagiu diretamente com e ativou PIP5KI. Sucessivamente, a fosfatidilinositol 4,5-bifosfato regulou a fosforilação do LRP6 na treonina 1479 e na serina 1490. Pan e outros (2008) concluíram que seu estudo revelou um mecanismo de sinalização para o Wnt regular a fosforilação do LRP6.
MAPEAMENTO
Por fluorescência de hibridização em sítio (FISH) e mapeamento de radiação híbrida, Brown e outros (1998) localizaram o gene LRP6 humano em 12p13.3-p11.2. Brown e outros (1998) usaram FISH para mapear o gene Lrp6 do camundongo no cromossomo 6.
GENÉTICA MOLECULAR
Mani e outros (2007) identificaram uma mutação sem sentido no gene LRP6, uma substituição de arg por cis no códon 611 (603507.0001), que segregou absolutamente com a doença inicial da artéria coronariana e síndrome metabólica (ADCAD2; 610947) em uma grande família iranina. A expressão do LRP6 contendo esta mutação em células NIH3T3 mostrou uma redução de 49% na sinalização do Wnt comparada com aquela do LRP6 de tipo selvagem. A adição de baixas doses de Wnt3a também demonstrou sinalização marcadamente reduzida de LRP6 carregando a mutação R611C. (R é arginina.)
MODELO ANIMAL
Pinson e outros (2000) descobriram que embriões do camundongo, homozigotos para uma mutação de inserção no gene Lrp6, exibiram defeitos no desenvolvimento que eram uma impressionante combinação daqueles causados por mutações em genes Wnt individualmente. Além disso, Pinson e outros (2000) mostraram um aumento genético de um fenótipo mutante em Wnt (veja 164820) nos camundongos carentes de uma cópia funcional do Lrp6. Pinson e outros (2000) concluíram que seus resultados sustentam um amplo papel para o LRP6 na transdução dos vários sinais Wnt nos mamíferos. A inserção mutante foi uma junção dos primeiros 321 aminoácidos da proteína Lrp6 em estrutura com o gene repórter beta-geo. (Obs.; Gene repórter é o gene utilizado para, especialmente a região reguladora deste último. Genética. Eberhard Passarge. – prá mim é sonda, gene ligado ao complexo de inciação da transcrição de outro gene.) Embriões homozigotos para a inserção no Lrp6 faleceram no nascimento e exibiram uma variedade de severas anomalias no desenvolvimento, incluindo o truncamento do esqueleto axial, defeitos nos membros, microftalmia (olhos muito pequenos), e má formação do sistema urogenital. Análises de Northern blot mostraram uma completa ausência de transcritos Lrp6 em embriões e fibroblastos embrionários Lrp6 -/-.
Kokubu e outros (2004) notaram que o camundongo espontaneamente mutante ‘ringelschwanz’ (RS) tem cauda extremamente curta e em forma espiralada. Este é um traço recessivo de aproximadamente um terço dos homozigotos morrem dentro de uma semana após o nascimento por razões indefinidas. Camundongos homozigotos rs/RS têm más-formações na coluna vertebral e no tubo neural, a maioria frequentemente na região do lombossacro (vértebras lombares e sacro), devido à segmentação anormal de somito (um tipo de massa celular embrionária que começa a se desenvolver no metencéfalo e desce como se fosse uma cauda, é praticamente o precursor da coluna). Kokubu e ouros (2004) mapearam o fenótipo do camundongo no cromossomo 6 e identificaram a homozigose causadora da mutação R886W no gene Lrp6. Camundongos homozigotos rs/rs mostraram ossificação retardada no nascimento e tinha baixa massa óssea quando adultos. Os estudos da expressão funcional in vitro em fibroblastos derivados de RS mostraram um defeito de deficiência na via de sinalização Wnt/beta-catenina.
Carter e outros (2005) descobriram que o camundongo ‘de cauda torta’ (Cd), um modelo para defeitos na recepção de folato (sal ou éster do ácido fólico) pelo tubo neural (601634) que mapeia no cromossomo 6 de camundongo (Carter e outros 1999), é causado por uma mutação heterozigota G494D em uma região altamente conservada do gene Lrp6 dentro do segundo domínio YWTD beta-propeller. Os estudos de expressão funcional mostraram que a proteína Lrp6 mutante interferiu com os antagonistas de Dkk1 da sinalização Wnt, resultando na hiper-atividade do Wnt. Os achados proporcionaram uma conexão funcional entre a sinalização Wnt e o resgate do folato do tubo neural com defeito no camundongo, embora essas proteínas não estejam diretamente envolvidas no metabolismo do folato.
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=603507
Obs.: As 3 postagens anteriores têm origem no mesmo site.
Gene map locus 12p13.3-p11.2
DESCRIÇÃO
O gene LRP6 codifica um membro da família dos genes de receptores de lipoproteínas de baixa densidade (LDLR), os quais consistem em proteínas de superfície celular envolvidas na endocitose de ligantes específicos mediada pelo receptor. Proteínas LDLR são constituídas dos mesmos motivos estruturais básicos: um domínio extracelular que contém repetições de ligação LDLR e repetições EGF {Obs.: O EGF OMIM 131530 fator de crescimento epitelial? Ou E (glu, ácido glutâmico) G(gli, glicina) e F (fen, fenilalanina)?} com domínios espaçadores associados contendo o motivo YWTD {Y é tirosina, W é triptofano, T é treonina e D é ácido aspártico?}; um único domínio atravessando a membrana; e um domínio citoplasmático terminal em C que geralmente contém ao menos uma cópia do motivo NPXY {N é aspargina, P é prolina, X é qualquer um e Y é tirosina?} (Brown e outros, 1998). O LRP6 e o LRP5 (603506) funcionam como co-receptores para os ligantes de WNT (164820) e assim atuam num papel na sinalização do WNT, a qual é importante numa ampla variedade de processos biológicos durante a vida pré- e pós-natal em invertebrados e vertebrados (Kokubu e outros, 2004).
CLONAGEM
Brown e outros (1998) identificaram um EST do camundongo com similaridade sequencial para um clone de BAC humano contendo o gene LRP5 e usaram o EST para isolar um cDNA de Lrp6 de uma bilbioteca de cDNA do fígado. Por sondagem de uma biblioteca de cDNA dos rins humanos com o cDNA de LRP6 do camundongo, eles clonaram cDNAs de LRP6 humana. A proteína LRP6 humana deduzida em 1.613 aminoácidos é 98% idêntica à Lrp6 do camundongo e 71% idêntica à LRP5 humana. As proteínas LRP6 e LRP5 são estruturalmente similares; comparadas com os membros da conhecida família LDLR, eles apresentam um padrão único de repetições EGF e LDLR no domínio extracelular e tem motivos ricos em prolina mas não o motivo BPXY no domínio citoplasmático. Análises de Northern blot detectaram um transcrito de LRP6 humano em uma variedade de tecidos.
FUNÇÃO DO GENE
Wehrli e outros (2000) descreveram um gene chamado ‘arrow’ (flexa, seta) que é necessário para todos os eventos de sinalização Wingless (sem asas; Wnt) na Drosófila. Eles mostraram que a função do gene ‘arrow’ é essencial em células recebendo a entrada do Wingless e que este atua a montante (anteriormente ao) de Dishevelled (DVL1, omim 601365). O ‘arrow’ é notoriamente homólogo aos LRP5 e LRP6 murinos e humanos.
Tamai e outros (2000) mostraram que o LRP6 funciona como um co-receptor para a transdução de sinal do Wnt. Em embriões xenopus (Tipo de sapo. A espécie mais conhecida pertencente a este gênero é a Xenopus laevis, a qual é comumente estudada como um organismo modelo. Wikipedia), o Lrp6 ativou a sinalização Wnt-frizzled (FZD1;603408) e induziu genes responsivos ao Wnt, a duplicação do eixo dorsal, e a formação da crista neural. Um Lrp6 mutante carecendo do domínio carboxi (de acrescentamento de CO ou CO2) intracelular bloqueou a sinalização pelo Wnt ou Wnt-Fz, mas não pelo Dishevelled ou pela beta-catenina (116806; proteína da família das caderinas), e inibiu o desenvolvimento da crista neural. O domínio extracelular do Lrp6 ligou Wnt1 e associou-se com Fz de modo dependente do Wnt.
O Lrp6 é requerido durante a sinalização Wnt/beta-catenina na Drosófila, Xenopus (sapo), e camundongo, possivelmente atuando como um co-receptor para o Wnt. Mao e outros (2001) mostraram que o LRP6 é um receptor específico e de alta afinidade para DKK1 (605189) e DKK2 (605415). O DKK1 bloqueia a sinalização Wnt/beta-catenina mediada por Lrp6 por interação com domínios que são distintos daqueles requeridos para a interação Wnt/frizzled. DKK1 e Lrp6 interagem antagonisticamente durante a indução embriogênica cabeça (chefe) no Xenopus onde o Lrp6 promove o papel posteriorizador da sinalização Wnt/beta-catenina. Assim, as DKKs inibem a função de co-receptor do Wnt, exemplificando a modulação da sinalização do LRP por antagonistas.
Semenov e outros (2005) descobriram que o SOST (605740) humano antagonizou a sinalização do Wnt em embriões Xenopus e células mamárias por ligar-se aos domínios extracelulares dos co-receptores de Wnt Lrp5 e Lrp6 e rompendo a formação do complexo frizzled-Lrp induzido por Wnt.
Zeng e outros (2005) proporcionaram evidências químicas e genéticas para um mecanismo dual de quinase (cinase) para a fosforilação e ativação do LRP6. A quinase-3 glicogênio-sintase (GSK3; veja 606784), a qual é conhecida por seu papel inibitório na sinalização do Wnt através da promoção da fosforilação e degradação da beta-catenina, media a fosforilação e ativação do LRP6. Zeng e outros (2005) mostraram que o Wnt induz a fosforilação seqüencial do LRP6 pela GSK3 e pela quinase-1 da caseína (600505) (Obs.: Caseína é a principal proteína do leite de vaca que é convertida em várias formas. A caseína k não é precipitada por íons de cálcio.), e esta fosforilação dual promove o casamento do LRP6 com a proteína andaimada (em forma de andaime?) Axina (603816). Zeng e outros (2005) mostraram, além, que a forma de GSK3 associada à membrana, em contraste com o GSK3 citosólico, estimula a sinalização do Wnt e a duplicação da coluna vertebral do Xenopus. Zeng e outros (2005) concluíram que seus resultados identificaram duas quinases (cinases) chaves mediando a ativação do co-receptor do Wnt, revelaram uma inesperada e intrincada lógica de sinalização Wnt/beta-catenina, e ilustraram o GSK3 como um interruptor genuíno que dita ambos os estados ligado e desligado dessa via regulatória central.
Yamamoto e outros (2006) apresentaram evidências de que o LRP6 é internalizado com a caveolina (CAV1; 601047) em linhas de células humanas e que os componentes dessa via endocítica são requeridos para internalização do LRP6 induzida pelo WNT3A (606359) e para acumulação de beta-catenina. Os dados sugerem que o WNT3A dispara a interação do LRP6 com a caveolina e promove o recrutamento da axina para o LRP6 fosforilado pela GSK3B (605004) e que a caveolina, deste modo, inibe a ligação da beta-catenina à AXINA. Yamamoto e outros (2006) concluíram que a caveolina atua em papéis críticos na indução e internalização do LRP6 e na ativação da via WNT/beta-catenina.
Usando imagem viva de células de vertebrados, Bilic e outros (2007) demonstraram que o tratamento com WNT induz rapidamente os agregados LRP6 associados à membrana. Os conjuntos LRP6 são fosforilados e podem ser solubilizados por detergentes como os complexos multi-protéicos feitos em tamanho do ribossomo. Os conjuntos LRP6 fosforilados contém componentes da via WNT mas não marcadores comuns do tráfego vesicular, exceto a caveolina. A proteína andaimada dishevelled (DVL; 601365) é requerida para fosforilação e agregação do LRP6. Bilic e outros (2007) propuseram que o WNT induz a co-conjunção de receptores e da DVL em sinalossomos LRP6, o quais, por sua vez, disparam a fosforilação do LRP6 para promover o recrutamento da Axina e a estabilização da beta-catenina.
Por verificação de uma bilioteca de quinase humana de pequeno RNA de interferência, Pan e outros (2008) identificaram a cinase 4 fosfatidilinositol tipo II-alfa (PI4K2A; 609763) e a cinase 5 fosfatidilinositol 4 –fosfato de tipo I (PIP5KI; 603275) como requeridas para a fosforilação do LRP6 induzida pelo Wnt3a (606359) na serina 1490 nas células dos mamíferos e confirmaram que essas cinases são importantes para a sinalização do Wnt nos embriões Xenopus. O Wnt3a estimula a formação da fosfatidilinositol 4,5-bifosfato através do ‘frizzled (veja 603408) e ‘dishevelled’ (veja 601365), a última das quais interagiu diretamente com e ativou PIP5KI. Sucessivamente, a fosfatidilinositol 4,5-bifosfato regulou a fosforilação do LRP6 na treonina 1479 e na serina 1490. Pan e outros (2008) concluíram que seu estudo revelou um mecanismo de sinalização para o Wnt regular a fosforilação do LRP6.
MAPEAMENTO
Por fluorescência de hibridização em sítio (FISH) e mapeamento de radiação híbrida, Brown e outros (1998) localizaram o gene LRP6 humano em 12p13.3-p11.2. Brown e outros (1998) usaram FISH para mapear o gene Lrp6 do camundongo no cromossomo 6.
GENÉTICA MOLECULAR
Mani e outros (2007) identificaram uma mutação sem sentido no gene LRP6, uma substituição de arg por cis no códon 611 (603507.0001), que segregou absolutamente com a doença inicial da artéria coronariana e síndrome metabólica (ADCAD2; 610947) em uma grande família iranina. A expressão do LRP6 contendo esta mutação em células NIH3T3 mostrou uma redução de 49% na sinalização do Wnt comparada com aquela do LRP6 de tipo selvagem. A adição de baixas doses de Wnt3a também demonstrou sinalização marcadamente reduzida de LRP6 carregando a mutação R611C. (R é arginina.)
MODELO ANIMAL
Pinson e outros (2000) descobriram que embriões do camundongo, homozigotos para uma mutação de inserção no gene Lrp6, exibiram defeitos no desenvolvimento que eram uma impressionante combinação daqueles causados por mutações em genes Wnt individualmente. Além disso, Pinson e outros (2000) mostraram um aumento genético de um fenótipo mutante em Wnt (veja 164820) nos camundongos carentes de uma cópia funcional do Lrp6. Pinson e outros (2000) concluíram que seus resultados sustentam um amplo papel para o LRP6 na transdução dos vários sinais Wnt nos mamíferos. A inserção mutante foi uma junção dos primeiros 321 aminoácidos da proteína Lrp6 em estrutura com o gene repórter beta-geo. (Obs.; Gene repórter é o gene utilizado para, especialmente a região reguladora deste último. Genética. Eberhard Passarge. – prá mim é sonda, gene ligado ao complexo de inciação da transcrição de outro gene.) Embriões homozigotos para a inserção no Lrp6 faleceram no nascimento e exibiram uma variedade de severas anomalias no desenvolvimento, incluindo o truncamento do esqueleto axial, defeitos nos membros, microftalmia (olhos muito pequenos), e má formação do sistema urogenital. Análises de Northern blot mostraram uma completa ausência de transcritos Lrp6 em embriões e fibroblastos embrionários Lrp6 -/-.
Kokubu e outros (2004) notaram que o camundongo espontaneamente mutante ‘ringelschwanz’ (RS) tem cauda extremamente curta e em forma espiralada. Este é um traço recessivo de aproximadamente um terço dos homozigotos morrem dentro de uma semana após o nascimento por razões indefinidas. Camundongos homozigotos rs/RS têm más-formações na coluna vertebral e no tubo neural, a maioria frequentemente na região do lombossacro (vértebras lombares e sacro), devido à segmentação anormal de somito (um tipo de massa celular embrionária que começa a se desenvolver no metencéfalo e desce como se fosse uma cauda, é praticamente o precursor da coluna). Kokubu e ouros (2004) mapearam o fenótipo do camundongo no cromossomo 6 e identificaram a homozigose causadora da mutação R886W no gene Lrp6. Camundongos homozigotos rs/rs mostraram ossificação retardada no nascimento e tinha baixa massa óssea quando adultos. Os estudos da expressão funcional in vitro em fibroblastos derivados de RS mostraram um defeito de deficiência na via de sinalização Wnt/beta-catenina.
Carter e outros (2005) descobriram que o camundongo ‘de cauda torta’ (Cd), um modelo para defeitos na recepção de folato (sal ou éster do ácido fólico) pelo tubo neural (601634) que mapeia no cromossomo 6 de camundongo (Carter e outros 1999), é causado por uma mutação heterozigota G494D em uma região altamente conservada do gene Lrp6 dentro do segundo domínio YWTD beta-propeller. Os estudos de expressão funcional mostraram que a proteína Lrp6 mutante interferiu com os antagonistas de Dkk1 da sinalização Wnt, resultando na hiper-atividade do Wnt. Os achados proporcionaram uma conexão funcional entre a sinalização Wnt e o resgate do folato do tubo neural com defeito no camundongo, embora essas proteínas não estejam diretamente envolvidas no metabolismo do folato.
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?id=603507
Obs.: As 3 postagens anteriores têm origem no mesmo site.
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