segunda-feira, 10 de agosto de 2009

RECEPTOR DE VITAMINA D

O receptor de Calcitriol, também conhecido como receptor de Vitamina D (VDR) e NR1I1 (membro 1, grupo 1, da sub-família 1 de receptores nucleares), é um membro da família de receptores de hormônios esteróides entre os receptores nucleares. Na ativação pela vitamina D, o VDR forma um heterodímero com o receptor X de retinóide e liga-se aos elementos responsivos ao hormônio no DNA resultando na expressão ou trans-repressão de produtos gênicos específicos.

Os glucocorticóides são conhecidos por diminuir a expressão de VDR, o qual é expressado na maioria dos tecidos do corpo. Sua função melhor conhecida é a regulação do transporte intestinal de cálcio.

Esse gene (VDR) codifica o receptor de hormônio nuclear para a vitamina D3. Este receptor também funciona como um receptor para o ácido litocólico, um ácido secundário da bile. O receptor pertence à família dos fatores regulatórios transcricionais de ação trans e apresenta similaridade de sequência com os receptores de hormônios esteróides e da tiróide. Alvos (sequencias) desses receptores nucleares de hormônios a jusante estão envolvidas principalmente no metabolismo mineral, embora o receptor regule uma variedade e outras vias metabólicas, tais como aquelas envolvidas na resposta imune e no câncer. Mutações neste gene estão associadas com o raquitismo de resistência à vitamina D. Um polimorfismo de um só nucleotídeo no códon de iniciação resulta em uma um sítio de iniciação de tradução alternado em três códons abaixo. O splicing alternativo resulta em múltiplas variantes do transcrito codificando a mesma proteína.

http://bioisolutions.blogspot.com/2009/02/vitamin-d-receptor-molecular-surface.html

RECEPTOR DE VITAMINA D
VDR


Gene mapeado em 12q12-q14

Usando análises de micro-rede de DNA e PCR quantitativo, Liu e outros (2006) descobriram que a ativação do TLR2 (omim 603028) e do TLR1 (omim 601194) por um ligante de micobactéria regulou para mais a expressão do VDR e de CYP27B1 [citocromo p450; omim 609506], a vitamina D hidroxilase 1 que catalisa a conversão da vitamina D em sua forma ativa, em monócitos e macrófagos, mas não nas células dendríticas. Análises de citometria de fluxo e PCR quantitativo mostraram que o tratamento dos monócitos com vitamina D regulou para mais a expressão do CYP24 [citocromo P450 (CYP24A1; omim 126065)], a vitamina D hidroxilase 24 e da catelicidina (CAMP; omim 600474 – A proteína animicrobiana catelicidina é uma proteína antimicrobiana encontrada em grânulos específicos de leucócitos polimorfonucleares (PMNs).), um peptídeo antimicrobiano, mas não a DEFB4 [omim 602215 – Defensina – As defensinas são uma família de pequenos (3 a 4 quilodáltons) de peptídeos catiônicos exibindo amplo espectro de atividade antimicrobiana contra bactérias e fungos. As defensinas são divididas em alfa e beta defensinas baseado no relacionamento da sequência de seis resíduos de cisteína conservados. As defensinas alfa humanas de HNP1 (omim 125220) a HNP4 são estocadas nos grânulos azurofil dos leucócitos fagocíticos atuando no papel da ingestão de micro-organismos, enquanto as defensinas alfa HD5 e HD6 são expressadas nas células epiteliais do intestino delgado. As defensinas beta 1 (DEFB1; omim 602056) aparecem a partir do padrão de expressão do gene estar envolvido na defesa antimicrobiana do epitélio de superfície tais como o do trato respiratório, trato urnário e vagina. A DEFB1 tem sido implicada na patogênese da fibrose cística.] A microscopia confocal demonstrou a colocalização da CAMP com vacúolos contendo bactérias de monócitos tratados com vitamina D, e o tratamento de macrófagos infectadaos com M. tuberculosis com vitamina D reduziu o número de bacilos vivedouros. A estimulação dos TLR2 e TLR1 com ligantes regulou o CYP24 e a CAMP para mais na presença de soro humano, mas não de soro bovino, e a regulação da CAMP para mais foi mais eficiente em soro de Caucasianos do que no de Afro-americanos, no qual os níveis de vitamina D eram significativamente mais baixos. A suplementação de vitamina D no soro dos Afro-americanos reverteu o defeito na indução de CAMP. Liu e outros (2006) propuseram que a suplementação da vitamina D nas populações africana e asiática, as quais podem ter uma capacidade reduzida de sintetizar a vitamina D a partir dos raios ultra-violeta e da luz solar, deverá ser uma intervenção efetiva e de baixo custo para aumentar a imunidade inata contra a infecção microbiana e a doença neoplásica.


O metabólito ativo da vitamina D, 1,25(OH)2D3, modula a resposta immune nas doenças relacionadas com a célula T helper. Usando um modelo experimental de asma alérgica, Wittke e outros (2004) descobriram que, aparte da regulação de dois genes relacionados com a célula T helper 2 (Th2) para mais, a 1,25(OH)2D3 não afetou a severidade da asma em camundongos selvagens. Camundongos deficientes em Vdr induzidos à asma, entretanto, falharam em desenvolver a inflamação aérea, hiper-sensitividade aérea, ou eosinofilia [eosinofilia pulmonar simples são infiltrados pulmonares acompanhados de eosinofilia sanguínea; frequentemente assintomática; a maioria dos casos é devida a helmintíases, e alguns casos ocorrem por administração de drogas. Stedman], a despeito da alta concentração de IgE e elevadas citocinas de Th2 (linfócito que gera os linfócitos B). Wittke e outros (2004) sugeriram que o sistema endócrino da vitamina D tem um papel importante no desenvolvimento da inflamação dirigida por Th2 nos pulmões.


Yu e Cantorna (2008) mostraram que camundongos carentes do Vdr têm células T matadoras naturais invariantes (iNKT) intrinsecamente defeituosas e em número reduzido com respostas diminuídas para as galactosilceramidas alfa apresentadas no contexto da CD1d [(omim 188410 - A CD1D é o único membro do grupo 2 da família CD1 de glicoproteínas semelhantes a complexo maior de histocompatiilidade (MHC).

Balk e outros (1994) descobriram que a CD1D, a qual é um ligante para as células T CD8+, está expressada na superfície das células epiteliais intestinais (IECs) como uma proteína de 37 quilo-dáltons que é independente da microglobulina beta 2 (B2M; omim 109700), com nenhum carbohidrato ligado na ponta N.

Em uma revisão da apresentação de antígeno lipídico pela CD1, Park e Bendelac (2000) estabeleceram que o principal sub-grupo de células T associado com a CD1D é a célula T matadora natural (NK), a qual expressa um receptor de célula T (TCR) feito de um TCRA (omim 186880 – sub-unidade alfa do receptor de antígeno de célula T) invariante associado com diversas cadeias V-beta-11 (veja TCRB, omim 186930). Esse TCR reconhece uma família conservada de glicolipídeos, alfa-galactosilceramida, uma forma da qual é prognosticada por existir em hospedeiros mamíferos. Essas células NKT são ativas no diabetes auto-imune (veja omim 605026 e 2221000), rejeição tumoral, e algumas infecções microbianas.]. Essas células iNKT também apresentam maturação defeituosa e reduzida expressão no timo de CD1d, e carecem da expressão de Tbet [ omim 604895 – As células T auxiliares novas (Th naive) diferenciam-se e dois sub-grupos, Th1 e Th2, cada um com distintas funções e perfil de citocinas. A TBX21 é um fator de transcrição de Box T que controla a expressão da principal citocina da Th1, o interferon gama (IFNG; omim 147570) (Szabo e outros, 2000)] , mas não da CD122 (IL2RB; omim 146710 – receptor beta de interleucina 2).

Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/dispomim.cgi?cmd=entry&id=601769

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