Terapia Adotiva Com Células T Regulatórias Primárias Redirecionadas Resulta Em Supressão Antígeno-específica da Artrite
Wright, G. P. et al. Proc. Natl Acad. Sci. USA 106, 19078–19083 (2009)
O efeito supressivo as células T regulatórias (Tregs) no sistema imune tem feito dessas células candidatas para o tratamento da auto-imunidade. Wright e outros usaram a terapia genética para converter a expressão de um receptor específico de ovalbumina (OVA) na célula T e o gene forhead box P3 (FOXP3) pelas células T CD4+, as quais produziram células Tregs específicas para OVA. Os autores usaram um modelo de artrite induzido por antígeno no qual a OVA foi injetada com o antígeno indutor de artrite mBSA (albumina do soro bovino metilada). As células TReg engenheiradas convertidas adotivamente diminuíram o inchaço quando a OVA estava presente, mas não quando os camundongos foram desafiados somente com o mBSA, sugerindo que embora a OVA não seja um auto-antígeno iniciador da artrite, sua presença foi suficiente para induzir a supressão da artrite pela célula Treg. Os autores sugeriram que as células Treg engenheiradas poderiam ser efetivas no tratamento da auto-imunidade quando os auto-antígenos iniciais são desconhecidos.
HIV
O ESPERMATOZÓIDE CAPTURA O HIV-1 ATRAVÉS DO HAPARAN SULFATO (HSPG) E TRANSMITE O VÍRUS PARA AS CÉLULAS DENDRÍTICAS EFICIENTEMENTE
Ceballos, A. et al. J. Exp. Med. 26 Oct 2009 (doi:10.1084/jem.20091579)
Existem três possíveis fontes de transmissão do HIV-1 através do sêmem: vírions lives, leucócitos infectados e vírus associado a espermatozóide. Até o momento, a transmissão do HIV-1 pelo espermatozóide tem sido olhada com desatenção, mas esse estudo mostra que os espermatozóides são ativos carreadores do HIV-1 e podem transmitir o vírus às células imunes. O espermatozóide captura as partículas de HIV-1 em sua superfície celular através da ligação ao sulfato de heparan (HSPG) e podem transmitir o vírus às células dendríticas (DCs) por seu contato célula-célula ‘in vitro’, levando à maturação da DC. Os autores sugerem que o espermatozóide poderia ter acesso às DCs ‘in vivo’ a partir de micro-abrasões na superfície da mucosa induzidas durante o inter-curso ou poderiam interagir com as protrusões da DC, as quais se apertam entre as células epiteliais no lúmen da mucosa.
Fonte: http://www.nature.com/nri/journal/v9/n12/pdf/nri2683.pdf
nature reviews Immunology volume 9 december 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
LECTINA LIGANTE DE MANOSE PODE FACILITAR A REMOÇÃO DE IMUNO-COMPLEXOS CIRCULANTES – IMPLICAÇÕES DE UM ESTUDO COM INDIVÍDUOS DEFICIENTES EM C2.
RESUMO
A deficiência de ambos a lectina ligante de manose (MBL) e componentes C4 e C2 do complemento tem sido associada com o risco aumentado para o lúpus eritematoso sistêmico (SLE). A MBL pode ativar o sistema do complemento tanto através do C4 e do C2 ou diretamente através do C3. Acredita-se que imuno-complexos circulantes (CICs) atuem num papel patogênico no SLE e a MBL tem-se mostrado ligar a certas formas de imunoglobulinas, incluindo IgM, IgG e IgA. Assim, a MBL deve promover a remoção dos CIC. De acordo a avaliar isto, seis indivíduos com a via clássica não funcional, devido a uma rara deficiência de C2 homozigota, foram escolhidos, já que a via clássica é conhecida por ter um papel fundamental na remoção de CIC. Quatros dos seis indivíduos deficientes em C2 tinham SLE, dois deles também tinham deficiência em MBL. Os níveis de MBL no soro e os genótipos foram comparados com os níveis de CICs no soro, como calculado por seu conteúdo de cadeias kappa, lambda, IgM, IgA, IgG e opsonização por C3. Os indivíduos deficientes em C2 tinham níveis de CICs mais altos no soro do que 16 controles saudáveis (P<0,0001). Além disso, uma associação inversa foi observada entre os níveis de MBL e de CIC nos indivíduos deficientes em C2, os quais eram os mais fortes para IgM-CICs (r=0,84, P= 0,037). Além disso, a opsonização dos CICs por C3 correlacionou-se positivamente com os níveis de MBL nos indivíduos deficientes em C2 (r=0,89; P=0,017). Em conclusão, indivíduos com deficiência em C2 tinham níveis aumentados de CICs e a MBL pode facilitar sua remoção. A remoção deficiente de CIC deve explicar parcialmente o risco aumentado para o SLE associado à pouca MBL.
INTRODUÇÃO
A ativação do complemento é uma faca de dois gumes no lúpus eritematoso sistêmico (SLE). Enquanto a ativação do complemento localizada nos tecidos pode ser nociva, o sistema do complemento tem um papel importante na contínua remoção não inflamatória de complexos imunes circulantes (CICs). Isso foi demonstrado em um paciente de SLE deficiente em C2, que por muitos anos mostrou uma melhora clínica consistente e queda nos níveis de CIC após infusões regulares de plasma fresco congelado para re-substituir o C2. Entretanto, a remoção dos CICs mediada pelo complemento ‘in vivo’ tem sido analisada até agora somente no contexto da via clássica, sem tomar em conta a possibilidade de que a via da lectina da ativação do complemento também pode estar envolvida. Pouco se sabe sobre o significado da via da lectina quando outros componentes do sistema complemento estão diminuídos. Ambos o C1q da via clássica e a lectina ligante de manose (MBL) da via da lectina podem ativar o sistema do complemento através de C4 e de C2, porém têm sido mostrado recentemente que a MBL pode também ativar o C3 diretamente. A MBL ativa a via da lectia após a ligação à resíduos de carboidrato na superfície em vários micro-organismos e de componentes próprios desgastados, incluindo fragmentos apoptóticos. A MBL também se há relatada por ligar IgG agactosiladas e complexos de IgG de pacientes com artrite reumatóide (AR) e, além disso, ligar IgAs polimerizadas. Recentemente, a MBL foi mostrada por ligar-se a 20% das glicoformas de IgM. Assim, a MBL deve ter um papel na remoção de CIC. Dependendo da definição, de 10 a 30% dos caucasianos têm deficiência em MBL, que é similar à proporção de indivíduos deficientes em C2 que sofrem de SLE. Nós relatamos recentemente uma associação entre a MBL baixa e o SLE em casos de SLE familiar múltiplo, e a MBL baixa junto com deficiência parcial de C4 pode ter um efeito aditivo no risco para SLE. Notavelmente, o paciente de SLE deficiente em C2 mencionado acima também tem níveis indetectáveis de MBL. Nós fizemos hipótese de que se a MBL está baixa, os CICs podem acumular-se em níveis limitantes que disparam ou aumentam os sintomas do SLE e irrompem. Isso pode sem particularmente importante em indivíduos que também tem uma deficiência de C2 e/ou de C4. Como a via clássica é conhecida por tem um papel fundamental na remoção do CIC, indivíduos com uma via clássica não funcional devido à deficiência de C2 foram escolhidos para avaliar se a MBL também deva ter um papel na remoção de CIC.
RESULTADOS
De acordo a validar o sistema Proceptor TM ELISA, os CICs foram medidos em amostras seriais de soro durante uma infusão de plasma fresco congelado em um paciente com deficiência em ambos C2 e MBL, assim os recosntituindo. Como visto na figura 1, os níveis de CIC no soro neste paciente foram baixadas após as infusões de modo muito similar, como tinha sido reladado previamente após a infusão de plasma fresco congelado no mesmo paciente usando-se outros métodos de detecção de CIC mais ineficientes. Esses sistemas de ensaio, referidos como ensaios de consumo de complemento e ensaio de ligação de imuno-complexos de células vermelhas, foram descritos previamente. Os níveis de CIC nos sujeitos deficientes em C2, e também no paciente após a infusão do plasma medido pelo novo sistema ProceptorTM, foram comparados com os níveis de CIC medidos por estes métodos e mostraram uma correlação muito boa. Os níveis de cadeias kappa e lambda foram considerados por refletirem os níveis totais de CIC. Baseados nesses achados, nós decidimos usar este ensaio simples para a mensuração dos CICs neste estudo.
Os níveis de CICs, como julgados por seus conteúdos de cadeias kappa e lambda e pelos três principais isotipos de imunoglobulinas (IgG, IgM e IgA) em seis indivíduos com uma deficência completa de C2, foram comparados aos seus controles saudáveis. Os pacientes deficientes em C2 tinham níveis mais altos de CICs do que os controles, como julgado tanto pela quantidade de cadeias leves kappa e lambda (P=0,0001 e P<0,0001, respectivamente, Fig 2a,b), quanto por seus conteúdos de IgM, IgG e IgA (P=0,032, P=0,010 e P=0,0065, respectivamente, Fig2c-e). Notavelmente, os dois indivíduos deficientes em C2 que tinham níveis mais altos de CIC de IgG tinham amos SLE. Além disso, dois dos seis indivíduos deficientes em C2 não tinham histórico de infecções recorrentes e eles tinham os níveis mais baixos de CIC de IgM.
Dois dos indivíduos deficientes em C2 também tinham níveis imensos de MBL. Um era o paciente que vinha recebendo infusões de plasma por muitos anos (Fig 1), e ela é homozigota para o alelo da MBL variante estrutural C. O outro paciente era heterozigoto para o alelo da MBL variante estrutural D. Nenhum os dois indivíduos deficientes em C2 que só tiveram infecções tinham baixos níveis de MBL e eles eram ambos homozigotos para os alelos da MBL com estrutura de tipo selvagem. Como a remoção dos CICs da circulação pela via clássica do complemento é largamente bloqueada em indivíduos com deficiência em C2, foi de interesse estudar a associação entre os níveis de MBL e de CICs no contexto da deficiência em C2. Uma associação inversa foi observada entre os níveis de MBL e de CICs (Fig. 3), como detectado por seus conteúdos de cadeias lambda (r=-0,80, P-0,05) e kappa (r=-0,74, P=-0,09). Isso também se aplicou ao conteúdo de IgM do CICs (r=-0,84, P=0,037) e uma tendência similar foi vista para o isotipo IgA (r=-0,72, P=0,1) mas não para IgG (r=-0,32, P=0,5).
A deposição do componente C3 do complemento(C3d) indica uma ativação em curso do complemento. Justificando a noção de que a MBL ajuda a remoção dos CICs, a quantidade relativa de C3 depositado para CICs correlacionou-se com absoluta rigidez com os níveis de MBL nos indivíduos deficientes em C2 (r=0,89, P=0,017 e r= 0,83, P=0,037; Fig.4). Entretanto, a MBL não pôde ser detectada nos CICs capturados pelas placas do Proceptor.
DISCUSSÃO
Para nosso conhecimento, este é o primeiro estudo analisando a MBL em relação aos níveis de CIC, endereçando a questão sobre a possibilidade de a MBL poder, como a via clássica do complemento, ter um papel na remoção de imuno-complexos. Indivíduos com via clássica do complemento não funcional devido à deficiência do complemento foram escolhidos para avaliar o papel da MBL individualmente. Não surpreendentemente, os indivíduos deficientes em C2 tinham níveis de CICs marcadamente mais altos do que os controles saudáveis, iluminando o papel da via clássica do complemento na remoção dos CICs. Entretanto uma associação inversa foi observada entre os níveis de MBL e de CIC no soro deficiente em C2, e isso ficou particularmente evidente para a CICs com alto conteúdo de IgM. Além disso, nós observamos uma associação inversa entre a quantidade relativa de C3 nos níveis de CICs e de MBL em indivíduos com deficiência de C2. Esso está de acordo com o achado recente de que a MBL pode suplantar o C2 pela ativação direta do C3. Tomados juntos, esses achados indicam que a MBL pode ter um papel na remoção dos CICs ao menos em indivíduos deficientes em C2. Isso está de acordo com estudos recentes, onde a MBL foi mostrada por ligar-se a certos isotipos de imunoglobulina ‘in vitro’. Nosso estudo é a primeira tentativa de avaliar o efeito potencial de tais ligações da MBL nos níveis gerais de CICs ‘in vivo’. Entretanto, nós não fomos capazes de detectar a MBL ligada aos CICs nas placas de ProceptorTM. Isso deve ser devido ao obstáculo estérico (estrutural) ou que a ligação da MBL aos CICs foi abaixo do limite de detecção pelo método que nós usamos. Além disso, pode ser imaginado que os CICs com conteúdo relativamente alto de MBL são preferencialmente removidos da circulação. Nós estamos estudando correntemente se a MBL pode ligar-se aos CICs ‘in vitro’ sob condições que imitam o cenário do microambiente o mais próximo possível.
O simples ensaio de detecção de CIC usado correlacionou-se bem com os ensaios mais complexos que foram usados para mensuração dos níveis de CIC. Também distinguiu-se bem entre os pacientes e controles e tem uma utilidade potencial para aplicação de rotina. Assim, alterações nos níveis de CIC no soro durante a infusão de plasma a pacientes deficientes em C2 com SLE medidas com o novo ensaio foram muito similares àquelas medidas anteriormente com ensaios mais complexos. Uma deficiência homozigota de C2 é rara, e esse estudo é baseado em todos os seis indivíduos em Iceland conhecidos por ter deficiência em C2. Entretanto, os resultados são significativos a despeito do pequeno tamanho desse precioso grupo de estudo, e os mesmos mecanismos são passíveis de aplicação também a indivíduos sem deficiência em C2. Concluiu-se que a MBL pode promover a remoção dos CICs in vivo, provavelmente pela via da ativação direta do C3. Baixos níveis de MBL ou genótipos associados foram associados com o risco de SLE em ambos os estudos de família com múltiplos casos e nas meta-análises recentes, e isso deve ser devido parcialmente ao defeito na remoção de CIC. Um teste clínico de fase I de infusão de MBL em voluntários saudáveis está sendo conduzido agora para ambas a MBL purificada e recombinante sem efeitos adversos. Resta por ser elucidado se as infusões de MBL podem ter um papel terapêutico em pacientes com doenças mediadas por imuno-complexos como o SLE.
FONTE: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1868874/?tool=pubmed
RESUMO
A deficiência de ambos a lectina ligante de manose (MBL) e componentes C4 e C2 do complemento tem sido associada com o risco aumentado para o lúpus eritematoso sistêmico (SLE). A MBL pode ativar o sistema do complemento tanto através do C4 e do C2 ou diretamente através do C3. Acredita-se que imuno-complexos circulantes (CICs) atuem num papel patogênico no SLE e a MBL tem-se mostrado ligar a certas formas de imunoglobulinas, incluindo IgM, IgG e IgA. Assim, a MBL deve promover a remoção dos CIC. De acordo a avaliar isto, seis indivíduos com a via clássica não funcional, devido a uma rara deficiência de C2 homozigota, foram escolhidos, já que a via clássica é conhecida por ter um papel fundamental na remoção de CIC. Quatros dos seis indivíduos deficientes em C2 tinham SLE, dois deles também tinham deficiência em MBL. Os níveis de MBL no soro e os genótipos foram comparados com os níveis de CICs no soro, como calculado por seu conteúdo de cadeias kappa, lambda, IgM, IgA, IgG e opsonização por C3. Os indivíduos deficientes em C2 tinham níveis de CICs mais altos no soro do que 16 controles saudáveis (P<0,0001). Além disso, uma associação inversa foi observada entre os níveis de MBL e de CIC nos indivíduos deficientes em C2, os quais eram os mais fortes para IgM-CICs (r=0,84, P= 0,037). Além disso, a opsonização dos CICs por C3 correlacionou-se positivamente com os níveis de MBL nos indivíduos deficientes em C2 (r=0,89; P=0,017). Em conclusão, indivíduos com deficiência em C2 tinham níveis aumentados de CICs e a MBL pode facilitar sua remoção. A remoção deficiente de CIC deve explicar parcialmente o risco aumentado para o SLE associado à pouca MBL.
INTRODUÇÃO
A ativação do complemento é uma faca de dois gumes no lúpus eritematoso sistêmico (SLE). Enquanto a ativação do complemento localizada nos tecidos pode ser nociva, o sistema do complemento tem um papel importante na contínua remoção não inflamatória de complexos imunes circulantes (CICs). Isso foi demonstrado em um paciente de SLE deficiente em C2, que por muitos anos mostrou uma melhora clínica consistente e queda nos níveis de CIC após infusões regulares de plasma fresco congelado para re-substituir o C2. Entretanto, a remoção dos CICs mediada pelo complemento ‘in vivo’ tem sido analisada até agora somente no contexto da via clássica, sem tomar em conta a possibilidade de que a via da lectina da ativação do complemento também pode estar envolvida. Pouco se sabe sobre o significado da via da lectina quando outros componentes do sistema complemento estão diminuídos. Ambos o C1q da via clássica e a lectina ligante de manose (MBL) da via da lectina podem ativar o sistema do complemento através de C4 e de C2, porém têm sido mostrado recentemente que a MBL pode também ativar o C3 diretamente. A MBL ativa a via da lectia após a ligação à resíduos de carboidrato na superfície em vários micro-organismos e de componentes próprios desgastados, incluindo fragmentos apoptóticos. A MBL também se há relatada por ligar IgG agactosiladas e complexos de IgG de pacientes com artrite reumatóide (AR) e, além disso, ligar IgAs polimerizadas. Recentemente, a MBL foi mostrada por ligar-se a 20% das glicoformas de IgM. Assim, a MBL deve ter um papel na remoção de CIC. Dependendo da definição, de 10 a 30% dos caucasianos têm deficiência em MBL, que é similar à proporção de indivíduos deficientes em C2 que sofrem de SLE. Nós relatamos recentemente uma associação entre a MBL baixa e o SLE em casos de SLE familiar múltiplo, e a MBL baixa junto com deficiência parcial de C4 pode ter um efeito aditivo no risco para SLE. Notavelmente, o paciente de SLE deficiente em C2 mencionado acima também tem níveis indetectáveis de MBL. Nós fizemos hipótese de que se a MBL está baixa, os CICs podem acumular-se em níveis limitantes que disparam ou aumentam os sintomas do SLE e irrompem. Isso pode sem particularmente importante em indivíduos que também tem uma deficiência de C2 e/ou de C4. Como a via clássica é conhecida por tem um papel fundamental na remoção do CIC, indivíduos com uma via clássica não funcional devido à deficiência de C2 foram escolhidos para avaliar se a MBL também deva ter um papel na remoção de CIC.
RESULTADOS
De acordo a validar o sistema Proceptor TM ELISA, os CICs foram medidos em amostras seriais de soro durante uma infusão de plasma fresco congelado em um paciente com deficiência em ambos C2 e MBL, assim os recosntituindo. Como visto na figura 1, os níveis de CIC no soro neste paciente foram baixadas após as infusões de modo muito similar, como tinha sido reladado previamente após a infusão de plasma fresco congelado no mesmo paciente usando-se outros métodos de detecção de CIC mais ineficientes. Esses sistemas de ensaio, referidos como ensaios de consumo de complemento e ensaio de ligação de imuno-complexos de células vermelhas, foram descritos previamente. Os níveis de CIC nos sujeitos deficientes em C2, e também no paciente após a infusão do plasma medido pelo novo sistema ProceptorTM, foram comparados com os níveis de CIC medidos por estes métodos e mostraram uma correlação muito boa. Os níveis de cadeias kappa e lambda foram considerados por refletirem os níveis totais de CIC. Baseados nesses achados, nós decidimos usar este ensaio simples para a mensuração dos CICs neste estudo.
Os níveis de CICs, como julgados por seus conteúdos de cadeias kappa e lambda e pelos três principais isotipos de imunoglobulinas (IgG, IgM e IgA) em seis indivíduos com uma deficência completa de C2, foram comparados aos seus controles saudáveis. Os pacientes deficientes em C2 tinham níveis mais altos de CICs do que os controles, como julgado tanto pela quantidade de cadeias leves kappa e lambda (P=0,0001 e P<0,0001, respectivamente, Fig 2a,b), quanto por seus conteúdos de IgM, IgG e IgA (P=0,032, P=0,010 e P=0,0065, respectivamente, Fig2c-e). Notavelmente, os dois indivíduos deficientes em C2 que tinham níveis mais altos de CIC de IgG tinham amos SLE. Além disso, dois dos seis indivíduos deficientes em C2 não tinham histórico de infecções recorrentes e eles tinham os níveis mais baixos de CIC de IgM.
Dois dos indivíduos deficientes em C2 também tinham níveis imensos de MBL. Um era o paciente que vinha recebendo infusões de plasma por muitos anos (Fig 1), e ela é homozigota para o alelo da MBL variante estrutural C. O outro paciente era heterozigoto para o alelo da MBL variante estrutural D. Nenhum os dois indivíduos deficientes em C2 que só tiveram infecções tinham baixos níveis de MBL e eles eram ambos homozigotos para os alelos da MBL com estrutura de tipo selvagem. Como a remoção dos CICs da circulação pela via clássica do complemento é largamente bloqueada em indivíduos com deficiência em C2, foi de interesse estudar a associação entre os níveis de MBL e de CICs no contexto da deficiência em C2. Uma associação inversa foi observada entre os níveis de MBL e de CICs (Fig. 3), como detectado por seus conteúdos de cadeias lambda (r=-0,80, P-0,05) e kappa (r=-0,74, P=-0,09). Isso também se aplicou ao conteúdo de IgM do CICs (r=-0,84, P=0,037) e uma tendência similar foi vista para o isotipo IgA (r=-0,72, P=0,1) mas não para IgG (r=-0,32, P=0,5).
A deposição do componente C3 do complemento(C3d) indica uma ativação em curso do complemento. Justificando a noção de que a MBL ajuda a remoção dos CICs, a quantidade relativa de C3 depositado para CICs correlacionou-se com absoluta rigidez com os níveis de MBL nos indivíduos deficientes em C2 (r=0,89, P=0,017 e r= 0,83, P=0,037; Fig.4). Entretanto, a MBL não pôde ser detectada nos CICs capturados pelas placas do Proceptor.
DISCUSSÃO
Para nosso conhecimento, este é o primeiro estudo analisando a MBL em relação aos níveis de CIC, endereçando a questão sobre a possibilidade de a MBL poder, como a via clássica do complemento, ter um papel na remoção de imuno-complexos. Indivíduos com via clássica do complemento não funcional devido à deficiência do complemento foram escolhidos para avaliar o papel da MBL individualmente. Não surpreendentemente, os indivíduos deficientes em C2 tinham níveis de CICs marcadamente mais altos do que os controles saudáveis, iluminando o papel da via clássica do complemento na remoção dos CICs. Entretanto uma associação inversa foi observada entre os níveis de MBL e de CIC no soro deficiente em C2, e isso ficou particularmente evidente para a CICs com alto conteúdo de IgM. Além disso, nós observamos uma associação inversa entre a quantidade relativa de C3 nos níveis de CICs e de MBL em indivíduos com deficiência de C2. Esso está de acordo com o achado recente de que a MBL pode suplantar o C2 pela ativação direta do C3. Tomados juntos, esses achados indicam que a MBL pode ter um papel na remoção dos CICs ao menos em indivíduos deficientes em C2. Isso está de acordo com estudos recentes, onde a MBL foi mostrada por ligar-se a certos isotipos de imunoglobulina ‘in vitro’. Nosso estudo é a primeira tentativa de avaliar o efeito potencial de tais ligações da MBL nos níveis gerais de CICs ‘in vivo’. Entretanto, nós não fomos capazes de detectar a MBL ligada aos CICs nas placas de ProceptorTM. Isso deve ser devido ao obstáculo estérico (estrutural) ou que a ligação da MBL aos CICs foi abaixo do limite de detecção pelo método que nós usamos. Além disso, pode ser imaginado que os CICs com conteúdo relativamente alto de MBL são preferencialmente removidos da circulação. Nós estamos estudando correntemente se a MBL pode ligar-se aos CICs ‘in vitro’ sob condições que imitam o cenário do microambiente o mais próximo possível.
O simples ensaio de detecção de CIC usado correlacionou-se bem com os ensaios mais complexos que foram usados para mensuração dos níveis de CIC. Também distinguiu-se bem entre os pacientes e controles e tem uma utilidade potencial para aplicação de rotina. Assim, alterações nos níveis de CIC no soro durante a infusão de plasma a pacientes deficientes em C2 com SLE medidas com o novo ensaio foram muito similares àquelas medidas anteriormente com ensaios mais complexos. Uma deficiência homozigota de C2 é rara, e esse estudo é baseado em todos os seis indivíduos em Iceland conhecidos por ter deficiência em C2. Entretanto, os resultados são significativos a despeito do pequeno tamanho desse precioso grupo de estudo, e os mesmos mecanismos são passíveis de aplicação também a indivíduos sem deficiência em C2. Concluiu-se que a MBL pode promover a remoção dos CICs in vivo, provavelmente pela via da ativação direta do C3. Baixos níveis de MBL ou genótipos associados foram associados com o risco de SLE em ambos os estudos de família com múltiplos casos e nas meta-análises recentes, e isso deve ser devido parcialmente ao defeito na remoção de CIC. Um teste clínico de fase I de infusão de MBL em voluntários saudáveis está sendo conduzido agora para ambas a MBL purificada e recombinante sem efeitos adversos. Resta por ser elucidado se as infusões de MBL podem ter um papel terapêutico em pacientes com doenças mediadas por imuno-complexos como o SLE.
FONTE: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1868874/?tool=pubmed
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Uma Bio-Armadilha de Metal Pesado para Remediar o Desperdício de Água Usando Poli-Ácido Glutâmico.
O poli-ácido glutâmico gama (gama-PA) obtido do Bacillus Licheniformis ATCC 9945 foi avaliado como um material potencialmente bio-sorvente para uso na remoção de metais pesados de uma solução aquosa. O cobre (Cu(2+)) foi escolhido como modelo de metal pesado usado nesses estudos uma vez que sendo extensivamente usado em eletrochapeamento (cobertura de objetos com metal) e outras indústrias, tem sido modelo para muitos outros estudos similares, e pode ser facilmente ensaiado através de muitos métodos convencionais. O CU(2+)-PGA-gama foi determinado como biopolímero ligando-se a parâmetros sob variadas condições de pH, temperatura, força iônica, e na presença de outros íons de metal, usando-se um aparato de diálise (uma forma de filtração para separar substâncias cristalóides de colóides, ou moléculas menores e maiores em uma solução por interposição de uma membrana semi-permeável. Stedman) especialmente desenhado. A aplicação do modelo isotérmico de adsorção (ligação de moléculas a uma substância) de Langmuir mostrou que o PGA-gama tinha uma capacidade de cobre aproximada de 77,9 mg/g e uma constante de ligação de 32 mg/L (0,5 mM) em pH 4.0 e 25 graus C. A adsorção de Cu(2+)-PGA-gama foi relativamente independente da temperatura entre 7 e 40 graus C, enquanto um aumento na força iônica levou a um decréscimo na ligação de íons de metal. O Cd(2+) e o Zn(2+) competem com o Cu(2+) pelos sítios de ligação no biopolímero de PGA-gama. A captura do metal pelo PGA-gama foi testado adicionalmente usando-se um aparato de filtração de fluxo tangencial num modelo de desfiltração no qual o metal foi continuamente processado através de uma solução diluída de PGA-gama sem permitir o estabelecimento do equilíbrio. A solução de polímero circulante foi capaz de complexar o metal bem como impedir com sucesso a passagem de íons de cobre não ligados presentes na solução através da membrana. Usando 500 mL de uma solução com 0,2% de PGA-gama, mais de 97% da solução de 50 mg/L de sultato de cobre processada numa taxa de fluxo de 115mL/min foi retida pelo polímero. Para uma solução de 10 mg/L de Cu(2+) como sulfato de cobre, as concentrações de Cu(2+) no filtrado nunca se elevaram além de 0,6 mg/L quando processavam 2,5 litros de sulfato de cobre diluído.
PMID: 16599572
O poli-ácido glutâmico gama (gama-PA) obtido do Bacillus Licheniformis ATCC 9945 foi avaliado como um material potencialmente bio-sorvente para uso na remoção de metais pesados de uma solução aquosa. O cobre (Cu(2+)) foi escolhido como modelo de metal pesado usado nesses estudos uma vez que sendo extensivamente usado em eletrochapeamento (cobertura de objetos com metal) e outras indústrias, tem sido modelo para muitos outros estudos similares, e pode ser facilmente ensaiado através de muitos métodos convencionais. O CU(2+)-PGA-gama foi determinado como biopolímero ligando-se a parâmetros sob variadas condições de pH, temperatura, força iônica, e na presença de outros íons de metal, usando-se um aparato de diálise (uma forma de filtração para separar substâncias cristalóides de colóides, ou moléculas menores e maiores em uma solução por interposição de uma membrana semi-permeável. Stedman) especialmente desenhado. A aplicação do modelo isotérmico de adsorção (ligação de moléculas a uma substância) de Langmuir mostrou que o PGA-gama tinha uma capacidade de cobre aproximada de 77,9 mg/g e uma constante de ligação de 32 mg/L (0,5 mM) em pH 4.0 e 25 graus C. A adsorção de Cu(2+)-PGA-gama foi relativamente independente da temperatura entre 7 e 40 graus C, enquanto um aumento na força iônica levou a um decréscimo na ligação de íons de metal. O Cd(2+) e o Zn(2+) competem com o Cu(2+) pelos sítios de ligação no biopolímero de PGA-gama. A captura do metal pelo PGA-gama foi testado adicionalmente usando-se um aparato de filtração de fluxo tangencial num modelo de desfiltração no qual o metal foi continuamente processado através de uma solução diluída de PGA-gama sem permitir o estabelecimento do equilíbrio. A solução de polímero circulante foi capaz de complexar o metal bem como impedir com sucesso a passagem de íons de cobre não ligados presentes na solução através da membrana. Usando 500 mL de uma solução com 0,2% de PGA-gama, mais de 97% da solução de 50 mg/L de sultato de cobre processada numa taxa de fluxo de 115mL/min foi retida pelo polímero. Para uma solução de 10 mg/L de Cu(2+) como sulfato de cobre, as concentrações de Cu(2+) no filtrado nunca se elevaram além de 0,6 mg/L quando processavam 2,5 litros de sulfato de cobre diluído.
PMID: 16599572
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
A Captura do Antígeno às Células Dendríticas com Nanopartículas de Poli ácido glutâmico Induz a Imunidade Humoral e Celular Específicas ao Antígeno.
Tomofumi Uto, Xin Wang, Katsuaki Sato , Misako Haraguchi , Takami Akagi , Mitsuru Akashi and Masanori Baba
RESUMO
As nanopartículas são consideradas ferramentas eficientes para induzir respostas imunes potentes por um carregador de antígeno. Nesse estudo, nós examinamos o efeito de nanopartículas (NPs) poli- ácido glutâmico gama (ƴ-PGA) biodegradáveis na indução de respostas imunes nos camundongos. As NPs foram eficientemente tomadas pelas células dendríticas (DCs) e subsequentemente localizadas nos compartimentos lisossomais. As NPs -PGA induziram fortemente a produção de citocinas, a sobre-regulação de moléculas co-estimulatórias, e o aumento da capacidade estimulatória das células T nas DCs. Essas mudanças de maturação das DCs envolveram a via de sinalização de NF-KB mediada por MyD88. In vivo, as NPs -PGA foram internalizadas preferencialmente pelas APCs (DCs e macrófagos) e induziram a produção de IL12p40 e IL-6. A imunização dos camundongos com NPs carregando OVA induziu a atividade da CTL (linfócito T citotóxico) específica para o antígeno e a produção de interferon gama específica ao antígeno nos esplenócitos (células do baço) bem como a produção potente de anticorpos IgG1 e IgG2a específicas para o antígeno no soro. Além disso, a imunização com NPs carregando um peptídeo epítopo para célula T CD8+ de Listeria monocytogenes protegeu significativamente da morte os camundongos infectados. Esses resultados sugerem que as NPs -PGA carregando antígenos são capazes de induzir fortes respostas imunes celular e humoral e deverão ser potencialmente úteis como adjuvantes vacinais efetivos para a terapia de doenças infecciosas.
INTRODUÇÃO
A geração de respostas imunes robustas e específicas contra doenças infecciosas é um objetivo primário da vacinação. Novas vacinas candidatas em desenvolvimento são capazes de induzir tanto as respostas imunes celular quanto humoral. No momento, as vacinas contra patógenos intracelulares tais como HIV de tipo I e malária são requeridas para induzirem fortes respostas imunes celulares, enquanto as vacinas que miram em micro-organismos extracelulares têm que induzir respostas imunes humorais.
Há quase setenta anos atrás, Freund e seus colegas desenvolveram o adjuvante altamente potente CFA, que é uma emulsão de água e óleo mineral contendo a micobactéria morta. A despeito da potente atividade, a CFA também induz reações locais severas e assim não pode ser usada em humanos. Por esse motivo, parece obrigatório desenvolver adjuvantes vacinais menos tóxicos e mais efetivos. Compostos baseados em alumínio tais como fosfato de alumínio ou hidróxido de alumínio são seguros e usados correntemente como os adjuvantes predominantes em humanos. Esses compostos são capazes de induzir respostas de Th2, mas eles têm pouca capacidade de estimular as respostas imunes de Th1.
As células dendríticas (DCs), as APCs mais potentes, são definidas por sua morfologia dendrítica e de fenótipo único. As DCs consistem de sub-conjuntos heterogêneos com as linhagens mielóides ou linfóides bem como de diferentes níveis de maturação nos tecidos linfóide e periférico. As DCs imaturas (iDCs) sentem a presença de patógenos invasores por via de vários receptores de reconhecimento de padrão e processam os patógenos intracelulares nos tecidos inflamatórios. As iDCs desenvolvem-se em DCs maduras (mDCs) com a sobre-regulação do MHC e de moléculas co-estimulatórias nos micro-ambientes inflamatórios. Subsequentemente, as mDCs migram aos tecidos linfóides secundários onde elas apresentam os antígenos processados às células T novas (não estimuladas por antígeno até então) para gerar efetivamente células T efetoras. Por esse motivo o alvejamento dos antígenos para as DCs é considerado uma promissora estratégia para a indução potente e eficiente das respostas imunes protetoras específicas para antígenos.
As nanopartículas (NPs) são consideradas eficientes portadoras de antígenos e são amplamente investigadas por seu potencial biológico. Nós relatamos previamente que NPs de poliestireno [o estireno pode polimerizar-se com a presença do grupo vinil, formando o poliestireno, que é uma cadeia aromática de monômeros de estireno; o poliestireno é um plástico sólido em temperatura ambiente e existe na forma biodegradável e não biodegradável. A composição química do poliestireno é uma longa cadeia de hidrocarboneto (só carbono e hidrogênio) com todos os outros carbonos conectados a um grupo fenil (o nome dado ao círculo aromático do benzeno quando ligado ao complexo de carbono substituinte). A fórmula química do poliestireno é (C8H8)n. A oxidação completa do poliestireno produz somente dióxido de carbono e vapor de água.http://en.wikipedia.org/wiki/Polystyrene] imobilizadas com ConA puderam capturar eficientemente partículas do HIV-1 e antígenos de gp120. A imunização com HIV-1 inativado capturado por NPs induziu anticorpos IgA específicos para o HIV-1 no trato genital de camundongos. Além disso, a imunização intra-nasal dos camundongos com HIV símio capturado pó NPs pôde induzir respostas imunes na mucosa em macacos, e os macacos imunizados com os NPs de HIVsímio exibiram proteção parcial contra o desafio vaginal e sistêmico do vírus.
Entretanto, devido ao poliestireno não ser biodegradável, ele não pode ser aplicável à situação clínica como uma substância vacinal por motivo de segurança. Para melhorar a formação da vacina baseada em NP, nós geramos bem suscedidamente NPs degradáveis usando poli-ácido glutâmico gama (ƴ-PGA). O ƴ-PGA é um exopolímero capsular produzido por certas linhagens bacterianas. As NPs de ƴ-PGA são degradadas pela gama glutamil transpeptidase, a qual é amplamente distribuída em todo o corpo. Em adição, várias moléculas como proteínas e peptídeos podem ser imobilizados na superfície e/ou dentro das partículas. Neste estudo, nós examinamos o efeito das NPs de ƴ-PGA nas funções da DC e a eficácia das NPs de ƴ-PGA carregando antígenos para a produção de respostas imunes específicas ao antígeno.
RESULTADOS
Captura das NPs de ƴ-PGA pelas APCs in vitro.
Quando as células do baço, macrófagos do peritôneo, e DCs derivadas da medula óssea foram incubados com FITC-NPS e examinadas por sua captura de NP por citometria de fluxo, as DCs foram encontradas tomando os FICT-NP mais eficientemente do que as células B e macrófagos. Para determinar a localização intracelular das NPs de ƴ-PGA, as DCs foram incubadas com FITC-NPs e depois etiquetadas com um anticorpo monoclonal (mAb) anti-CD11c conjugado com PE. Os sinais verdes dentro da membrana celular mostraram claramente a captura das NPs pelas DCs. Quando a dependência da dose e do tempo da captura de NP pelas DCs foi examinada, a quantidade das NPs intracelulares foi aumentada com o aumento do tempos de concentrações e incubação das NPs, indicando que a captura foi dependente de ambos a dose e o tempo. Entretanto, um aumento suplementar no tempo de incubação por mais de 24 horas não aumenta significativamente a quantidade de NPs intracelulares. Para determinar, além disso. A localização das NPs nas DCs, os lisossomos foram tingidos com corante específico para lisossomo. As NPs internalizadas foram detectadas principalmente junto aos lisossomos das DCs, indicando que as NPs internalizadas licalizaram-se preferencialmente nos compartimentos lisossomais. Além disso, está claro que a forma de OVA (ovalbumina; um peptídeo inibidor de protease, uma serpina) associada a NP (FITC-OVA-NPs) pôde ser tomada muito mais eficientemente pelas DCs do que a forma de OVA sem NP (FITC-OVA). As NPs ƴ-PGA não afetaram a viabilidade das DCs após 48 horas de co-cultivo a concentrações superiores a 300 µg/ml.
Maturação e Ativação das DCs por NPs ƴ-PGA
Para examinar o efeito das NPs ƴ-PGA na maturação da DC, as iDCs (dendríticas imaturas) foram cultivadas na presença de várias concentrações de NPs ƴ-PGA. Quando a produção de citocina foi examinada, as iDCs não produziam níveis detectáveis de IL-12p40 e de TNF-α (fator de necrose tumoral alfa). Em contraste, ambas as citocinas eram abundantemente produzidas a partir de mDCs (dendríticas maduras) e DCs tratadas com NP de maneira dependente da dose e do tempo. A maturação das iDCs é acompanhada pela aumentada expressão de marcadores de superfície, incluindo moléculas co-estimulatórias e complexos MHC. O tratamento das iDCs com NPs de ƴ-PGA resultou em um marcado aumento na expressão de CD40 em suas superfícies de maneira dependente da dose. As expressões da CD86 [omim 601020 – A indução de uma resposta imune requer que as células T recebam dois conjuntos de sinais das células apresentadoras de antígeno. O primeiro sinal é etregue através do complexo receptor de célula T, enquanto o segundo é proporcionado pelos antígenos de ativação da célula B B7-1, ou CD80 (omim 112203), e B7-2, ou CD86 (ligante de CD28), pela interação com moléculas na superfície da célula T, CD28 (omim 186760) e CTLA4 (omim 123890)], do MHC de classe I, e do MHC de classe II também foram sobre-reguladas nas DCs expostas a NP, em comparação as iDCs. Como as mDCs, as DCs tratadas com NP mostraram forte capacidade de estimular células T alogênicas de maneira dependente da dose.
As NPs de ƴ-PGA Induzem a Ativação de NF-KB por Via do Caminho Dependente de MyD88
[Obs.: MyD88 – omim 602170 – O marcador de diferenciação mielóide (MyD) MyD88 foi caracterizado primeiramente durante um estudo das respostas genéticas iniciais das células mielóides murinas à vários estímulos de difereciação e inibitórios de crescimento (Lord e outros, 1990). Os genes de resposta primária na diferenciação mielóde são ativados nas células mieloleucêmicas M1 em resposta à interleucina 6 (IL-6; omim 147620), as quais induzem ambos o embargo e diferenciação terminal.]
Para iluminar a rota de sinalização subjacente à maturação das DC induzida por NP de ƴ-PGA, nós examinamos o efeito de vários inibidores na produção de TNF-α induzido por NP de ƴ-PGA. O tratamento com o inibidor de MAPK p38 [MAPK é proteína cinase ativada por mitógeno] SC68376 suprimiu ambas as produções de TNF-α induzidas por LPS e NP, enquanto o inibidor de JNK SP600125 falhou. Embora o peptídeo inibidor de ERK [ERK é cinase de tirosina relacionada a ELK, e ELK é um receptor de cinase de tirosina expressado no neurônio relacionado a EPH; EPH também é um ligante de receptor de cinase de tirosina] não tenha inibido a produção de TNF-α induzida por NP, ele suprimiu a produção de TNF-α induzida por LPS. Em contraste um inibidor de MyD88, mas não um peptídeo de controle, reduziu significativamente a produção de TNF-α em ambas as DCs tratadas com NP e com LPS. Nós também examinamos a translocação nuclear da subunidade p65 da NF-KB [Fator Nuclear kapa B – omim 164011 – O NFKB tem sido detectado em numerosos tipos de células que expressam citocinas, quimiocinas, fatores de crescimento, moléculas de adesão celular, e algumas proteínas de fase aguda em estados de saúde e vários estados de enfermidade. O NFKB é ativado por uma ampla variedade de estímulos tais como citocinas, radicais oxidantes livres, partículas inaladas, irradiação ultravioleta, e produtos bacterianos ou virais. A ativação inapropriada do NF-kappa-B tem sido ligada a eventos inflamatórios associados com artrite auto-imune, asma, choque séptic, fibrose pulmonar, glomerulonefrite, aterosclerose e AIDS. Em contraste, a inibição completa e persistente do NF-kappa-B tem sido ligada à apoptose, desenvolvimento inapropriado das células imunes, e atraso do crescimento celular.] por microscopia confocal de varredura a laser. A sub-unidade p65 foi alocada no citoplasma de células não tratadas, onde a translocação da sub-unidade p65 para dentro do núcleo foi detectada em ambas as DCs tratadas com NP e com LPS. Além disso, o tratamento com o partenólide [é um anti-inflamatório, uma droga usada na leucemia mielóide pois mata as células que dão origem às células leucêmicas por indução de apoptose] inibidor de NF-KB mostrou uma supressão mais profunda na produção de TNF-α nas DCs tratadas com NP do que nas DCs tratadas com LPS.
Captura de NPs de y-PGA pelas APCs in vivo.
Para examinar a captura das NPs de ƴ-PGA in vivo, células do baço foram coletadas de camundongos quatro horas após a administração de FITC-NPs in vivo. As células positivas para FTIC foram detectáveis em células B, DCs e macrófagos, mas não nas células T. O número de células FTIC positivas foi o mais alto nas DCs em comparação com os outros tipos celulares. As DCs linfóides CD8a+ atuam num papel importante na inciação da resposta imune baseada na célula Th1 bem como na apresentação cruzada de antígenos processados às células T CD8+, levando à geração de CTLs (linfócitos T citotóxicos) específicos para o antígeno. Para determinar se as NPs-FTIC são apanhadas pelas DCs CD8a+, as células do baço foram manchadas com anticorpos monoclonais (mAbs) anti-CD11c e anti-CD8 e examinadas em suas populações positivas em FTIC. Aproximadamente um terço (34,3%) das células positivas em FITC eram DCs CD11c+, e 3,21% das células positivas em FITC (9,4% das DCs CD11c+) também eram CD8a+. Quando as expressões de CD40, CD80 e de CD86 foram examinadas para as DCs do baço obtidas de camundongos tratados com NP, a expressão aumentada dessas moléculas foi identificada mais claramente em 40 horas após o tratamento do camundongo com NP. Entretanto, tal aumento não foi observado em camundongos tratados com PBS. Os níveis de IL-12p40 e IL-6 no soro foram considerados significativamente mais altos nos camundongos tratados com NP do que em camundongos tratados com PBS [omim 109610 – Benzodiazepinas são drogas psicoativas com propriedades sedativas, ansiolítico e anti-convulsivas. Elas exercem essas ações através de receptores localizados no sistema nervoso central; entretanto, algumas benzodiazepinas também interagem com diferentes tipos de receptores presentes principalmente no compartimento mitocondrial nos tecidos periféricos. O papel fisiológico desses receptores de tipo periférico não está claro. Riond e outros (1991) descobriram que o receptor periférico é muito similar no rato, no ramster chinês e no ser humano. Um clone continha a representação da lente total do mRNA do sítio de ligação periférico humano (PBS). A sequência de aminoácidos do PBS de benzodiazepina deduzida do clone de DNA tinha 79% de identidade com a PBS do rato.]
NPs de ƴ-PGA carregando Ovalbumina Induzem Respostas Imunes Específicas para o Antígeno.
A eficácia das NPs de ƴ-PGA em capturar o antígeno na indução das respostas imunes celular e humoral específicas para antígenos foi examinada usando-se a ovalbumina como um modelo de antígeno. Como mostrado na figura 5A, uma resposta de CTL específica ao antígeno não foi observada nas células do baço obtidas de camundongos imunizados com controle (PBS) e OVA(ovalbumina). Em contraste, as células do baço obtidas de camundongos imunizados com NPs-OVA mostraram uma resposta mais potente de CTL específica ao antígeno do que a obtida de camundongos imunizados com OVA mais CFA. Em adição, o número de células produzindo interferón gama específicas ao antígeno foi significativamente mais alto no grupo NP-OVA do que no grupo OVA. Quando um peptídeo de controle restrito de Kb foi usado para estimulação, tal indução das células produzindo interferón gama não foi identificada. Além disso, um nível similar de respostas imunes celulares foi observado em camundongos imunizados com doses reduzidas de NPs-OVA. Quando respostas de anticorpos específicas ao antígeno foram examinadas e comparadas entre os grupos após a imunização, ambos os camundongos imunizados com NP-OVA e OVA mais CFA mostraram níveis mais altos de anticorpos IgG, IgG1, e IgG2a totais específicos para OVA do que os camundongos imunizados só com OVA.
Proteção dos Camundongos à infecção com L.monocytogenes
O desafio com uma dose letal de bactéria viva é um teste rigoroso para a eficácia da vacinação. A infecção de L.monicytogenes nos camundongos parece ser um modelo representativo para a avaliação da proteção mediada por células T CD8+ contra patógenos intracelulares. Quatorze dias após a imunização final os camundongos foram infectados com uma dose letal de L.monocytogenes viável e monitorados diariamente em sua sobrevivência. Aproximadamente 80% dos camundongos imunizados com NPs imobilizando LLO tinham sobrevivido por dia após 11 dias de infecção. Em contraste, a maioria dos camundongos de controle e aqueles imunizados somente com o peptídeo LLO sucumbiram à infecção. Pouca ou nenhuma proteção foi observada para os camundongos imunizados com NPs encapsulando LLO. Esses resultados indicam qua a imunização com NPs imobiliando LLO foi eficiente na proteção dos camundongos contra a infecção com L. monocytogenes.
DISCUSSÃO
Vários experimentos foram feitos para identificar estratégias que induzem atividades imunoestimulatórias potentes. Entretanto, a maioria dos adjuvantes experimentais não podem ser usados para humanos devido a seus efeitos colaterais. No presente, somente o sal de alumínio foi aprovado para uso clínico, ainda que com fraca atividade. Nós criamos recentemente os NPs ƴ-PGA biodegradáveis que tem atividades imunomodelatórias potentes bem com excelente capacidade de carregar vários peptídeos e proteínas.
Nesse estudo, nós mostramos que os NPs de ƴ-PGA foram tomados pelas DCs mais eficientemente do que por outras APCs, tais como macrófagos e células B, e localizados nos lisossomos. Embora o mecanismo da captura das NP reste por ser elucidado, os inibidores de fagocitose mostraram modesta (~30%) de inibição na captura pelas DCs. Foi demonstrado que peptídeos exógenos podem ser adquiridos por apresentação cruzada às células T através do MHC de classe I no compartimento entolisossomal das DCs. As análises das propriedades funcionais das DCs revelaram que os NPs ƴ-PGA são capazes de induzir fortemente a ativação das DCs. A ativação das DCs através das rotas de sinalização da CD40 e da IL-12p40 foram necessárias para a ligação entre as imunidades inata e adaptativa, incluindo as respostas das células T CD4+ e T CD8+ às DCs. De fato, as DCs tratadas com NP puderam induzir a produção de citocinas inflamatórias inatas IL-12p40 e TNF-α bem como a expressão da CD40 e a forte estimulação das células T alogênicas. Esses resultados sugerem que as NPs de ƴ-PGA são capazes de induzir ambas as imunidades adaptativa e inata através da ativação da DC.
As análises da rota de sinalização nas DCs tratadas com NP indicaram o envolvimento da ativação do NG-KB mediada por MyD88 e da p38MAPK. Resultados similares também foram obtidos com DCs tratadas com LPS (lipopolissacarídeo). Entretanto, o inibidor de ERK pôde suprimir a produção do TNF-α em DCs tratadas com LPS, mas não em DCs tratadas com NP. Além disso, o inibidor partenólito do NF-KB foi encontrado suprimindo mais efetivamente a produção do TNF-α nas DCs tratadas com NP do que nas DCs tratadas com LPS. Assim, parece que a rota de sinalização envolvida na estimulação pela NP sobrepõe mas não é idêntica à rota envolvida na estimulação com LPS. Provavelmente, um menor número de moléculas de transdução de sinal pode participar na ativação do NF-KB induzida por NP do que na ativação do NF-KB induzido por LPS. Também de boa nota que a y-PGA não particulada não tem atividade suficiente para induzir a maturação da DC, indicando que a forma da ƴ-PGA em nanopartículas é requerida para interagir com uma certa molécula necessária à ativação da DC. Estudos adicionais estão progredindo para determinar se as NPs de ƴ-PGA interagem com os TLRs (receptores de células T).
Porque as NPs de ƴ-PGA provaram ser tomadas predominantemente para dentro das DCs do baço e puderam sobre-regular a expressão de moléculas co-estimulatórias in vivo, as NPs de ƴ-PGA parecem ser um candidato promissor para adjuvante vacinal. A captura dos antígenos pelas DCs resulta em sua migração subseqüente aos linfonodos, aumento da produção de citocinas, e expressão aumentada das moléclulas co-estimulatórias e do MHC seguindo-se pela apresentação dos antígenos às células T. Nos camundongos as DCs são divididas em três sub-classes, CD11c+CD8a+CD4–, CD11c+CD8a–CD4–, and CD11c+CD8a–CD4+. As DCs CD8a+ têm-se mostrado atuar num papel importante no primeiro cruzamento com as células T CD8+. De fato, as NPs de ƴ-PGA foram encontradas tomadas pelas células DC CD8+, as quais pode ativar as células T diretamente in vivo.
As NPs de ovalbumina induziram fortemente as células produtoras de IFN gama específicas para OVA, a atividade de CTL e a produção de anticorpos. Esses resultados sugerem que as potentes respostas imunes celular e humoral podem ser geradas por NPs de ƴ-PGA carregando não somente OVA mas também outros peptídeos ou proteínas. De fato, as NPs de ƴ-PGA carregando antígenos do HIV-1 foram encontradas induzindo forte imunidade celular e humoral específicas ao antígeno em camundongos (X. Wang, T. Uto, T. Akagi, M. Akashi, e M. Baba). Outra observação impressionante é que as NPs imobilizando LLO puderam proteger os camundongos imunizados da infecção letal com L.monocytogenes. Tomados juntos, as NPs de ƴ-PGA têm grande potencial não somente como carregadores vacinais eficientes mas também como adjuvantes efetivos in vivo.
Em conclusão, o presente estudo mostra claramente a efetividade das NPs de ƴ-PGA como um sistema de entrega de antígeno e um adjuvante para as DCs in vitro e in vivo. Estudos suplementares, incluindo a otimização das NPs de ƴ-PGA e imunização com NPs carregando antígenos em outras espécies animais estão progredindo para o desenvolvimento clínico dessa nova vacina candidata.
FONTE: http://www.jimmunol.org/cgi/content/full/178/5/2979
Tomofumi Uto, Xin Wang, Katsuaki Sato , Misako Haraguchi , Takami Akagi , Mitsuru Akashi and Masanori Baba
RESUMO
As nanopartículas são consideradas ferramentas eficientes para induzir respostas imunes potentes por um carregador de antígeno. Nesse estudo, nós examinamos o efeito de nanopartículas (NPs) poli- ácido glutâmico gama (ƴ-PGA) biodegradáveis na indução de respostas imunes nos camundongos. As NPs foram eficientemente tomadas pelas células dendríticas (DCs) e subsequentemente localizadas nos compartimentos lisossomais. As NPs -PGA induziram fortemente a produção de citocinas, a sobre-regulação de moléculas co-estimulatórias, e o aumento da capacidade estimulatória das células T nas DCs. Essas mudanças de maturação das DCs envolveram a via de sinalização de NF-KB mediada por MyD88. In vivo, as NPs -PGA foram internalizadas preferencialmente pelas APCs (DCs e macrófagos) e induziram a produção de IL12p40 e IL-6. A imunização dos camundongos com NPs carregando OVA induziu a atividade da CTL (linfócito T citotóxico) específica para o antígeno e a produção de interferon gama específica ao antígeno nos esplenócitos (células do baço) bem como a produção potente de anticorpos IgG1 e IgG2a específicas para o antígeno no soro. Além disso, a imunização com NPs carregando um peptídeo epítopo para célula T CD8+ de Listeria monocytogenes protegeu significativamente da morte os camundongos infectados. Esses resultados sugerem que as NPs -PGA carregando antígenos são capazes de induzir fortes respostas imunes celular e humoral e deverão ser potencialmente úteis como adjuvantes vacinais efetivos para a terapia de doenças infecciosas.
INTRODUÇÃO
A geração de respostas imunes robustas e específicas contra doenças infecciosas é um objetivo primário da vacinação. Novas vacinas candidatas em desenvolvimento são capazes de induzir tanto as respostas imunes celular quanto humoral. No momento, as vacinas contra patógenos intracelulares tais como HIV de tipo I e malária são requeridas para induzirem fortes respostas imunes celulares, enquanto as vacinas que miram em micro-organismos extracelulares têm que induzir respostas imunes humorais.
Há quase setenta anos atrás, Freund e seus colegas desenvolveram o adjuvante altamente potente CFA, que é uma emulsão de água e óleo mineral contendo a micobactéria morta. A despeito da potente atividade, a CFA também induz reações locais severas e assim não pode ser usada em humanos. Por esse motivo, parece obrigatório desenvolver adjuvantes vacinais menos tóxicos e mais efetivos. Compostos baseados em alumínio tais como fosfato de alumínio ou hidróxido de alumínio são seguros e usados correntemente como os adjuvantes predominantes em humanos. Esses compostos são capazes de induzir respostas de Th2, mas eles têm pouca capacidade de estimular as respostas imunes de Th1.
As células dendríticas (DCs), as APCs mais potentes, são definidas por sua morfologia dendrítica e de fenótipo único. As DCs consistem de sub-conjuntos heterogêneos com as linhagens mielóides ou linfóides bem como de diferentes níveis de maturação nos tecidos linfóide e periférico. As DCs imaturas (iDCs) sentem a presença de patógenos invasores por via de vários receptores de reconhecimento de padrão e processam os patógenos intracelulares nos tecidos inflamatórios. As iDCs desenvolvem-se em DCs maduras (mDCs) com a sobre-regulação do MHC e de moléculas co-estimulatórias nos micro-ambientes inflamatórios. Subsequentemente, as mDCs migram aos tecidos linfóides secundários onde elas apresentam os antígenos processados às células T novas (não estimuladas por antígeno até então) para gerar efetivamente células T efetoras. Por esse motivo o alvejamento dos antígenos para as DCs é considerado uma promissora estratégia para a indução potente e eficiente das respostas imunes protetoras específicas para antígenos.
As nanopartículas (NPs) são consideradas eficientes portadoras de antígenos e são amplamente investigadas por seu potencial biológico. Nós relatamos previamente que NPs de poliestireno [o estireno pode polimerizar-se com a presença do grupo vinil, formando o poliestireno, que é uma cadeia aromática de monômeros de estireno; o poliestireno é um plástico sólido em temperatura ambiente e existe na forma biodegradável e não biodegradável. A composição química do poliestireno é uma longa cadeia de hidrocarboneto (só carbono e hidrogênio) com todos os outros carbonos conectados a um grupo fenil (o nome dado ao círculo aromático do benzeno quando ligado ao complexo de carbono substituinte). A fórmula química do poliestireno é (C8H8)n. A oxidação completa do poliestireno produz somente dióxido de carbono e vapor de água.http://en.wikipedia.org/wiki/Polystyrene] imobilizadas com ConA puderam capturar eficientemente partículas do HIV-1 e antígenos de gp120. A imunização com HIV-1 inativado capturado por NPs induziu anticorpos IgA específicos para o HIV-1 no trato genital de camundongos. Além disso, a imunização intra-nasal dos camundongos com HIV símio capturado pó NPs pôde induzir respostas imunes na mucosa em macacos, e os macacos imunizados com os NPs de HIVsímio exibiram proteção parcial contra o desafio vaginal e sistêmico do vírus.
Entretanto, devido ao poliestireno não ser biodegradável, ele não pode ser aplicável à situação clínica como uma substância vacinal por motivo de segurança. Para melhorar a formação da vacina baseada em NP, nós geramos bem suscedidamente NPs degradáveis usando poli-ácido glutâmico gama (ƴ-PGA). O ƴ-PGA é um exopolímero capsular produzido por certas linhagens bacterianas. As NPs de ƴ-PGA são degradadas pela gama glutamil transpeptidase, a qual é amplamente distribuída em todo o corpo. Em adição, várias moléculas como proteínas e peptídeos podem ser imobilizados na superfície e/ou dentro das partículas. Neste estudo, nós examinamos o efeito das NPs de ƴ-PGA nas funções da DC e a eficácia das NPs de ƴ-PGA carregando antígenos para a produção de respostas imunes específicas ao antígeno.
RESULTADOS
Captura das NPs de ƴ-PGA pelas APCs in vitro.
Quando as células do baço, macrófagos do peritôneo, e DCs derivadas da medula óssea foram incubados com FITC-NPS e examinadas por sua captura de NP por citometria de fluxo, as DCs foram encontradas tomando os FICT-NP mais eficientemente do que as células B e macrófagos. Para determinar a localização intracelular das NPs de ƴ-PGA, as DCs foram incubadas com FITC-NPs e depois etiquetadas com um anticorpo monoclonal (mAb) anti-CD11c conjugado com PE. Os sinais verdes dentro da membrana celular mostraram claramente a captura das NPs pelas DCs. Quando a dependência da dose e do tempo da captura de NP pelas DCs foi examinada, a quantidade das NPs intracelulares foi aumentada com o aumento do tempos de concentrações e incubação das NPs, indicando que a captura foi dependente de ambos a dose e o tempo. Entretanto, um aumento suplementar no tempo de incubação por mais de 24 horas não aumenta significativamente a quantidade de NPs intracelulares. Para determinar, além disso. A localização das NPs nas DCs, os lisossomos foram tingidos com corante específico para lisossomo. As NPs internalizadas foram detectadas principalmente junto aos lisossomos das DCs, indicando que as NPs internalizadas licalizaram-se preferencialmente nos compartimentos lisossomais. Além disso, está claro que a forma de OVA (ovalbumina; um peptídeo inibidor de protease, uma serpina) associada a NP (FITC-OVA-NPs) pôde ser tomada muito mais eficientemente pelas DCs do que a forma de OVA sem NP (FITC-OVA). As NPs ƴ-PGA não afetaram a viabilidade das DCs após 48 horas de co-cultivo a concentrações superiores a 300 µg/ml.
Maturação e Ativação das DCs por NPs ƴ-PGA
Para examinar o efeito das NPs ƴ-PGA na maturação da DC, as iDCs (dendríticas imaturas) foram cultivadas na presença de várias concentrações de NPs ƴ-PGA. Quando a produção de citocina foi examinada, as iDCs não produziam níveis detectáveis de IL-12p40 e de TNF-α (fator de necrose tumoral alfa). Em contraste, ambas as citocinas eram abundantemente produzidas a partir de mDCs (dendríticas maduras) e DCs tratadas com NP de maneira dependente da dose e do tempo. A maturação das iDCs é acompanhada pela aumentada expressão de marcadores de superfície, incluindo moléculas co-estimulatórias e complexos MHC. O tratamento das iDCs com NPs de ƴ-PGA resultou em um marcado aumento na expressão de CD40 em suas superfícies de maneira dependente da dose. As expressões da CD86 [omim 601020 – A indução de uma resposta imune requer que as células T recebam dois conjuntos de sinais das células apresentadoras de antígeno. O primeiro sinal é etregue através do complexo receptor de célula T, enquanto o segundo é proporcionado pelos antígenos de ativação da célula B B7-1, ou CD80 (omim 112203), e B7-2, ou CD86 (ligante de CD28), pela interação com moléculas na superfície da célula T, CD28 (omim 186760) e CTLA4 (omim 123890)], do MHC de classe I, e do MHC de classe II também foram sobre-reguladas nas DCs expostas a NP, em comparação as iDCs. Como as mDCs, as DCs tratadas com NP mostraram forte capacidade de estimular células T alogênicas de maneira dependente da dose.
As NPs de ƴ-PGA Induzem a Ativação de NF-KB por Via do Caminho Dependente de MyD88
[Obs.: MyD88 – omim 602170 – O marcador de diferenciação mielóide (MyD) MyD88 foi caracterizado primeiramente durante um estudo das respostas genéticas iniciais das células mielóides murinas à vários estímulos de difereciação e inibitórios de crescimento (Lord e outros, 1990). Os genes de resposta primária na diferenciação mielóde são ativados nas células mieloleucêmicas M1 em resposta à interleucina 6 (IL-6; omim 147620), as quais induzem ambos o embargo e diferenciação terminal.]
Para iluminar a rota de sinalização subjacente à maturação das DC induzida por NP de ƴ-PGA, nós examinamos o efeito de vários inibidores na produção de TNF-α induzido por NP de ƴ-PGA. O tratamento com o inibidor de MAPK p38 [MAPK é proteína cinase ativada por mitógeno] SC68376 suprimiu ambas as produções de TNF-α induzidas por LPS e NP, enquanto o inibidor de JNK SP600125 falhou. Embora o peptídeo inibidor de ERK [ERK é cinase de tirosina relacionada a ELK, e ELK é um receptor de cinase de tirosina expressado no neurônio relacionado a EPH; EPH também é um ligante de receptor de cinase de tirosina] não tenha inibido a produção de TNF-α induzida por NP, ele suprimiu a produção de TNF-α induzida por LPS. Em contraste um inibidor de MyD88, mas não um peptídeo de controle, reduziu significativamente a produção de TNF-α em ambas as DCs tratadas com NP e com LPS. Nós também examinamos a translocação nuclear da subunidade p65 da NF-KB [Fator Nuclear kapa B – omim 164011 – O NFKB tem sido detectado em numerosos tipos de células que expressam citocinas, quimiocinas, fatores de crescimento, moléculas de adesão celular, e algumas proteínas de fase aguda em estados de saúde e vários estados de enfermidade. O NFKB é ativado por uma ampla variedade de estímulos tais como citocinas, radicais oxidantes livres, partículas inaladas, irradiação ultravioleta, e produtos bacterianos ou virais. A ativação inapropriada do NF-kappa-B tem sido ligada a eventos inflamatórios associados com artrite auto-imune, asma, choque séptic, fibrose pulmonar, glomerulonefrite, aterosclerose e AIDS. Em contraste, a inibição completa e persistente do NF-kappa-B tem sido ligada à apoptose, desenvolvimento inapropriado das células imunes, e atraso do crescimento celular.] por microscopia confocal de varredura a laser. A sub-unidade p65 foi alocada no citoplasma de células não tratadas, onde a translocação da sub-unidade p65 para dentro do núcleo foi detectada em ambas as DCs tratadas com NP e com LPS. Além disso, o tratamento com o partenólide [é um anti-inflamatório, uma droga usada na leucemia mielóide pois mata as células que dão origem às células leucêmicas por indução de apoptose] inibidor de NF-KB mostrou uma supressão mais profunda na produção de TNF-α nas DCs tratadas com NP do que nas DCs tratadas com LPS.
Captura de NPs de y-PGA pelas APCs in vivo.
Para examinar a captura das NPs de ƴ-PGA in vivo, células do baço foram coletadas de camundongos quatro horas após a administração de FITC-NPs in vivo. As células positivas para FTIC foram detectáveis em células B, DCs e macrófagos, mas não nas células T. O número de células FTIC positivas foi o mais alto nas DCs em comparação com os outros tipos celulares. As DCs linfóides CD8a+ atuam num papel importante na inciação da resposta imune baseada na célula Th1 bem como na apresentação cruzada de antígenos processados às células T CD8+, levando à geração de CTLs (linfócitos T citotóxicos) específicos para o antígeno. Para determinar se as NPs-FTIC são apanhadas pelas DCs CD8a+, as células do baço foram manchadas com anticorpos monoclonais (mAbs) anti-CD11c e anti-CD8 e examinadas em suas populações positivas em FTIC. Aproximadamente um terço (34,3%) das células positivas em FITC eram DCs CD11c+, e 3,21% das células positivas em FITC (9,4% das DCs CD11c+) também eram CD8a+. Quando as expressões de CD40, CD80 e de CD86 foram examinadas para as DCs do baço obtidas de camundongos tratados com NP, a expressão aumentada dessas moléculas foi identificada mais claramente em 40 horas após o tratamento do camundongo com NP. Entretanto, tal aumento não foi observado em camundongos tratados com PBS. Os níveis de IL-12p40 e IL-6 no soro foram considerados significativamente mais altos nos camundongos tratados com NP do que em camundongos tratados com PBS [omim 109610 – Benzodiazepinas são drogas psicoativas com propriedades sedativas, ansiolítico e anti-convulsivas. Elas exercem essas ações através de receptores localizados no sistema nervoso central; entretanto, algumas benzodiazepinas também interagem com diferentes tipos de receptores presentes principalmente no compartimento mitocondrial nos tecidos periféricos. O papel fisiológico desses receptores de tipo periférico não está claro. Riond e outros (1991) descobriram que o receptor periférico é muito similar no rato, no ramster chinês e no ser humano. Um clone continha a representação da lente total do mRNA do sítio de ligação periférico humano (PBS). A sequência de aminoácidos do PBS de benzodiazepina deduzida do clone de DNA tinha 79% de identidade com a PBS do rato.]
NPs de ƴ-PGA carregando Ovalbumina Induzem Respostas Imunes Específicas para o Antígeno.
A eficácia das NPs de ƴ-PGA em capturar o antígeno na indução das respostas imunes celular e humoral específicas para antígenos foi examinada usando-se a ovalbumina como um modelo de antígeno. Como mostrado na figura 5A, uma resposta de CTL específica ao antígeno não foi observada nas células do baço obtidas de camundongos imunizados com controle (PBS) e OVA(ovalbumina). Em contraste, as células do baço obtidas de camundongos imunizados com NPs-OVA mostraram uma resposta mais potente de CTL específica ao antígeno do que a obtida de camundongos imunizados com OVA mais CFA. Em adição, o número de células produzindo interferón gama específicas ao antígeno foi significativamente mais alto no grupo NP-OVA do que no grupo OVA. Quando um peptídeo de controle restrito de Kb foi usado para estimulação, tal indução das células produzindo interferón gama não foi identificada. Além disso, um nível similar de respostas imunes celulares foi observado em camundongos imunizados com doses reduzidas de NPs-OVA. Quando respostas de anticorpos específicas ao antígeno foram examinadas e comparadas entre os grupos após a imunização, ambos os camundongos imunizados com NP-OVA e OVA mais CFA mostraram níveis mais altos de anticorpos IgG, IgG1, e IgG2a totais específicos para OVA do que os camundongos imunizados só com OVA.
Proteção dos Camundongos à infecção com L.monocytogenes
O desafio com uma dose letal de bactéria viva é um teste rigoroso para a eficácia da vacinação. A infecção de L.monicytogenes nos camundongos parece ser um modelo representativo para a avaliação da proteção mediada por células T CD8+ contra patógenos intracelulares. Quatorze dias após a imunização final os camundongos foram infectados com uma dose letal de L.monocytogenes viável e monitorados diariamente em sua sobrevivência. Aproximadamente 80% dos camundongos imunizados com NPs imobilizando LLO tinham sobrevivido por dia após 11 dias de infecção. Em contraste, a maioria dos camundongos de controle e aqueles imunizados somente com o peptídeo LLO sucumbiram à infecção. Pouca ou nenhuma proteção foi observada para os camundongos imunizados com NPs encapsulando LLO. Esses resultados indicam qua a imunização com NPs imobiliando LLO foi eficiente na proteção dos camundongos contra a infecção com L. monocytogenes.
DISCUSSÃO
Vários experimentos foram feitos para identificar estratégias que induzem atividades imunoestimulatórias potentes. Entretanto, a maioria dos adjuvantes experimentais não podem ser usados para humanos devido a seus efeitos colaterais. No presente, somente o sal de alumínio foi aprovado para uso clínico, ainda que com fraca atividade. Nós criamos recentemente os NPs ƴ-PGA biodegradáveis que tem atividades imunomodelatórias potentes bem com excelente capacidade de carregar vários peptídeos e proteínas.
Nesse estudo, nós mostramos que os NPs de ƴ-PGA foram tomados pelas DCs mais eficientemente do que por outras APCs, tais como macrófagos e células B, e localizados nos lisossomos. Embora o mecanismo da captura das NP reste por ser elucidado, os inibidores de fagocitose mostraram modesta (~30%) de inibição na captura pelas DCs. Foi demonstrado que peptídeos exógenos podem ser adquiridos por apresentação cruzada às células T através do MHC de classe I no compartimento entolisossomal das DCs. As análises das propriedades funcionais das DCs revelaram que os NPs ƴ-PGA são capazes de induzir fortemente a ativação das DCs. A ativação das DCs através das rotas de sinalização da CD40 e da IL-12p40 foram necessárias para a ligação entre as imunidades inata e adaptativa, incluindo as respostas das células T CD4+ e T CD8+ às DCs. De fato, as DCs tratadas com NP puderam induzir a produção de citocinas inflamatórias inatas IL-12p40 e TNF-α bem como a expressão da CD40 e a forte estimulação das células T alogênicas. Esses resultados sugerem que as NPs de ƴ-PGA são capazes de induzir ambas as imunidades adaptativa e inata através da ativação da DC.
As análises da rota de sinalização nas DCs tratadas com NP indicaram o envolvimento da ativação do NG-KB mediada por MyD88 e da p38MAPK. Resultados similares também foram obtidos com DCs tratadas com LPS (lipopolissacarídeo). Entretanto, o inibidor de ERK pôde suprimir a produção do TNF-α em DCs tratadas com LPS, mas não em DCs tratadas com NP. Além disso, o inibidor partenólito do NF-KB foi encontrado suprimindo mais efetivamente a produção do TNF-α nas DCs tratadas com NP do que nas DCs tratadas com LPS. Assim, parece que a rota de sinalização envolvida na estimulação pela NP sobrepõe mas não é idêntica à rota envolvida na estimulação com LPS. Provavelmente, um menor número de moléculas de transdução de sinal pode participar na ativação do NF-KB induzida por NP do que na ativação do NF-KB induzido por LPS. Também de boa nota que a y-PGA não particulada não tem atividade suficiente para induzir a maturação da DC, indicando que a forma da ƴ-PGA em nanopartículas é requerida para interagir com uma certa molécula necessária à ativação da DC. Estudos adicionais estão progredindo para determinar se as NPs de ƴ-PGA interagem com os TLRs (receptores de células T).
Porque as NPs de ƴ-PGA provaram ser tomadas predominantemente para dentro das DCs do baço e puderam sobre-regular a expressão de moléculas co-estimulatórias in vivo, as NPs de ƴ-PGA parecem ser um candidato promissor para adjuvante vacinal. A captura dos antígenos pelas DCs resulta em sua migração subseqüente aos linfonodos, aumento da produção de citocinas, e expressão aumentada das moléclulas co-estimulatórias e do MHC seguindo-se pela apresentação dos antígenos às células T. Nos camundongos as DCs são divididas em três sub-classes, CD11c+CD8a+CD4–, CD11c+CD8a–CD4–, and CD11c+CD8a–CD4+. As DCs CD8a+ têm-se mostrado atuar num papel importante no primeiro cruzamento com as células T CD8+. De fato, as NPs de ƴ-PGA foram encontradas tomadas pelas células DC CD8+, as quais pode ativar as células T diretamente in vivo.
As NPs de ovalbumina induziram fortemente as células produtoras de IFN gama específicas para OVA, a atividade de CTL e a produção de anticorpos. Esses resultados sugerem que as potentes respostas imunes celular e humoral podem ser geradas por NPs de ƴ-PGA carregando não somente OVA mas também outros peptídeos ou proteínas. De fato, as NPs de ƴ-PGA carregando antígenos do HIV-1 foram encontradas induzindo forte imunidade celular e humoral específicas ao antígeno em camundongos (X. Wang, T. Uto, T. Akagi, M. Akashi, e M. Baba). Outra observação impressionante é que as NPs imobilizando LLO puderam proteger os camundongos imunizados da infecção letal com L.monocytogenes. Tomados juntos, as NPs de ƴ-PGA têm grande potencial não somente como carregadores vacinais eficientes mas também como adjuvantes efetivos in vivo.
Em conclusão, o presente estudo mostra claramente a efetividade das NPs de ƴ-PGA como um sistema de entrega de antígeno e um adjuvante para as DCs in vitro e in vivo. Estudos suplementares, incluindo a otimização das NPs de ƴ-PGA e imunização com NPs carregando antígenos em outras espécies animais estão progredindo para o desenvolvimento clínico dessa nova vacina candidata.
FONTE: http://www.jimmunol.org/cgi/content/full/178/5/2979
A Resposta Inflamatória Aguda Não Afeta as Concentrações de Cobre, Zinco e Selênio no Eritrócito.
Oakes EJ, Lyon TD, Duncan A, Gray A, Talwar D, O'Reilly DS.
Fonte de Conhecimentos e Objetivos:
A mensuração do estado nutricional de elementos vestigiais no plasma é invalidada na presença de uma resposta inflamatória sistêmica. Nós examinamos o potencial dos eritrócitos para acessar as condições de cobre, zinco e selênio nessas situações.
Métodos:
Amostras de sangue venoso foram retiradas, pré-operatoriamente e em 12, 24,48,72 e168 horas pós-operatoriamente , de onze pacientes (seis homens e cinco mulheres) adimitidos para atroplastia (criação de uma articulação artificial para corrigir artrite degenerativa avançada) eletiva do joelho. A proteína C reativa, albumina, cobre zinco, selênio e ferro foram medidos no plasma e nos eritrócitos.
Resultados:
As concentrações de zinco e selênio no plasma caíram significativamente: 95% de intervalos de confiança (termo usado em Estatística) (CI)= de -32% para -44% e de -22% para -36%, respectivamente. As concentrações de cobre caíram transitoriamente e depois aumentaram significativamente: CI = 12-43%. Nenhuma mudança significativa foi vista nas concentrações dos elementos vestigiais nos eritrócitos que expressavam tanto como uma razão de hemoglobina ou de concentração de ferro. Os níveis de ferro nos eritrócitos correlacionaram-se significativamente com a hemoglobina (r=0,93).
Conclusões:
As concentrações de cobre, zinco e selênio no plasma são marcadores não confiáveis do estado em pacientes com uma resposta inflamatória aguda. As concentrações desses elementos vestigiais nos eritrócitos podem proporcionar uma medida mais confiável em estudos de longo prazo em pacientes com resposta inflamatória sistêmica crônica. O ferro pode ser usado no lugar da hemoglobina como denominador enquanto expressão das concentrações dos elementos vestigiais nos eritrócitos.
PMID: 18037540
Oakes EJ, Lyon TD, Duncan A, Gray A, Talwar D, O'Reilly DS.
Fonte de Conhecimentos e Objetivos:
A mensuração do estado nutricional de elementos vestigiais no plasma é invalidada na presença de uma resposta inflamatória sistêmica. Nós examinamos o potencial dos eritrócitos para acessar as condições de cobre, zinco e selênio nessas situações.
Métodos:
Amostras de sangue venoso foram retiradas, pré-operatoriamente e em 12, 24,48,72 e168 horas pós-operatoriamente , de onze pacientes (seis homens e cinco mulheres) adimitidos para atroplastia (criação de uma articulação artificial para corrigir artrite degenerativa avançada) eletiva do joelho. A proteína C reativa, albumina, cobre zinco, selênio e ferro foram medidos no plasma e nos eritrócitos.
Resultados:
As concentrações de zinco e selênio no plasma caíram significativamente: 95% de intervalos de confiança (termo usado em Estatística) (CI)= de -32% para -44% e de -22% para -36%, respectivamente. As concentrações de cobre caíram transitoriamente e depois aumentaram significativamente: CI = 12-43%. Nenhuma mudança significativa foi vista nas concentrações dos elementos vestigiais nos eritrócitos que expressavam tanto como uma razão de hemoglobina ou de concentração de ferro. Os níveis de ferro nos eritrócitos correlacionaram-se significativamente com a hemoglobina (r=0,93).
Conclusões:
As concentrações de cobre, zinco e selênio no plasma são marcadores não confiáveis do estado em pacientes com uma resposta inflamatória aguda. As concentrações desses elementos vestigiais nos eritrócitos podem proporcionar uma medida mais confiável em estudos de longo prazo em pacientes com resposta inflamatória sistêmica crônica. O ferro pode ser usado no lugar da hemoglobina como denominador enquanto expressão das concentrações dos elementos vestigiais nos eritrócitos.
PMID: 18037540
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