terça-feira, 15 de abril de 2008

V- INIBIDORES EM TESTES CLÍNICOS

O primeiro inibidor farmacológico em teste clínico foi um quarteto de guanosina (AR-177, Zintevir, Aronese Pharmacêutico, Inc.) Não obstante ter sido identificado inicialmente como u inibidor de IN baseado em atividades “in vitro” (Mazumder e outros, 1996ª), este composto também foi descoberto por inibir a entrada do vírus “in vivo”. AR-177 foi descontinuado após a fase I/II de teste clínico. Os dois inibidores de IN seguintes em teste clínico (Savarino, 2006; Semenova e outros 2006b) foram um derivativo de naftiridina (naphtyl é naftaleno) carboxamida (-CONH2) (L-870,810) (Merk & Co.) (Hazuda e outros, 2004; Little e outros, 2005) e um derivativo de DKA (S-1360/GW-810781) (Shionogi-Glaxo Smith Kline Pharmaceuticals) (Glaxo Smith Kline, 2003; Yoshinaga e outros, 2002; Tabela II). Ambos foram descontinuados após a fase II de testes. L-870,810 causava toxidade em cães durante dosagem de longa duração. As razões para o término dos testes clínicos de S-1360 não tem sido fartamente reveladas (Glaxo Smith Kline, 2003). Entretanto, suas propriedaades bem toleradas em humanos (tabela II) demonstram a prova do conceito para uso de inibidores de integrase do HIV-1 como anti-retrovirais.
Dois inibidores de IN estão correntemente em testes clínicos: um derivativo de antibióticos quilononas (uma classe de agentes antibacterianos sintéticos que inibem a ação das bactérias. Dic.Stedman) (JTK-303/GS-9137, Gilead Sciences, INC) (DeJesus e outros, 2006; Kawaguchi e outros, 2006; Matsuzaki e outros, 2006; Sato e outros, 2006) e um STI da “Merck & Co.” (MK-0518) (Laufer e outros, 2006; Markowitz e outros, 2006; Morales-Ramirez e outros;2005; Summa e outros, 2006; tabela III). Sua eficácia e boa tolerância em pacientes tratados excessivamente que tiveram falha na inibição da transcriptase reversa e inibidores de protease (tabela II) é encorajadora, especialmente para pacientes vivendo com múltipla resistência a drogas contra o HIV.

VI- INIBIDORES EM DESENVOLVIMENTO PRÉ-CLÍNICO

Revisões tem sido envolvidas em detalhes com o desenvolvimento e progresso no esboço de inibidores de integrase (Dayam e outros, 2006; Johnson e outros, 2004; Pommier e outros, 2005; Savarino, 2006; Semenova e outros,2006b; Zhao e outros, 207). Por isso, nenhuma tentativa é feita aqui para listar tais inibidores. Nós somente sumarizaremos e revisaremos classes selecionadas de inibidores de Integrase do HIV em potencial de liderança da droga (tabela III). A Tabela I também lista todos os resídus de IN envolvidos em mecanismos de resistência a drogas.
Testes de extratos naturais ativos biológicamente (plantas, micróbios, fungos, organismos marinhos) continuam a servir como um conjunto para identificação de novas lideranças. A maioria dos inibidores de IN relatados são derivados de produtos naturais. Os exemplos incluem CAPE (Fesen e outros, 1993), antraciclinas (agente anti-câncer que inclui três moléculas: uma aglicona pigmentada, um amino-açúcar e uma cadeia lateral.dic.Stedman) (Fesen e outros, 1993), curcumina (pigmento amarelo das raízes e vagens da Curcuma Longa, usado em doenças do fígado e biliares; encontrada no caril em pó; inbe a 5-hipoxigenase. Sin tumeric yellow. Dic.Stedman) (Mazumder e outros, 1995, 1997), flavonas (potente inibidor da biossíntese das prostaglandinas) e flavonóides (substâncias de origem vegetal que contém flavona em diversas combinações (antoxantinas, apigeminas, flavona, quercitinas, etc. dic.Stedman)(Fesen e outros, 1994; Rowley e outros, 2002), ligninas e lignóides (Eich e outros, 1996; Ovenden e outros, 2004), depsídeo e depsidonas (Neamati e outros, 1997ª), alfa-hidroxtropolonas (Semenova e outros, 2006a), ácido lithospermico (Abd-Elazen e outros, 2002), indolicidina (Krajewski e outros, 2003 2004; Marchand e outros, 2006b) ácido chicórico (Meadows e outros, 2005; Neamati e outros, 1997b), integrasona (Herath e outros, 2004), e cumarínicos (Mazumder e outros 1996ª; Zhao e outros, 1997)[cumarinas, termo descritivo em geral de anti-coagulantes e outras substâncias dervadas do dicumarol, um componente da fava-de-cheiro (cumaru). Dic.Stedman]. A despeito do fato de que muits destes componentes inibam outros alvos virais como a transcriptase reversa, a protase e a glicoproteína 120 (Mazunder e outros, 1996b; Pluyner e outros, 2000; Pommier e Neamati, 1999, Roberson e outros, 1998; Semenova e outros, 2006ª), seu relacionamento de atividade estrutural demonstrou a importância dos grupos hidroxi para a atividade anti-integrase assim como sugeriu seu possível mecanismo de ação como queladores de metal (Fesen e outros, 1994). Uma abordagem interessante consiste do estudo paralelo do relacionamento da atividade estrutural com alvos de HIV rigorosamente relataos tal como IN e RHase H (Semenova e outros, 2006ª). Um novo produto natural identificado como inibidor de IN é funalenona (Shiomi e outros, 205), isolado do Penicillium SP. FKI-1463 (tabela III), apresenta boa atividade antiviral.
Ao todo três estratégias são correntemente usadas para a descoberta de inibidores de IN sintéticos:
1)Derivativos químicos baseados em previamente conhecidos inibidores de IN com DKA (Barreca e outros, 2005; Di Santo e outros, 2005), naftiridina (Embrey e outros, 2005; Guare e outros, 2006), SQL (Normand-Bayle e outros, 2005), L-CA (Charvet e outros, 2006), e alfa-hidroxitropolonas (Budihas e outros, 2005; Didierjean e outros, 2005; Semenova e outros, 2006a);
2)buscas farmacofóricas tridimensionais baseadas em componentes previamente descobertos (Deng e outros, 2006);
3) moléculas híbridas compreendendo estruturas do cerne de dois ou mais inibidores conhecidos [DKA-catequina /DKA-catecol (maurin e outros, 2006), DKA-nucleobase scaffold híbrido (Nair e outros, 2006)]
Ao mesmo tempo, componentes bifuncionais (que contém dois grupos ativos idênticos) proporcionam uma racionalidade para o trabalho suplementar devido às potentes propriedades inibidoras de um derivativo de DKA bifuncional (CPD8, tabela III; Di Santo e outros, 2005) e de dissulfonas geminadas análogas ao ácido chicórico (componente 4), tabela III (Meadows e outros , 2005).
Como a IN funciona como um multímero, a dimerização de inibidores (Camarasa e outros, 2006) deve ser considerada. Entretanto, a limitação é desenvolver ensaios que possam promover evidências sem ambigüidades de cada mecanismo. Na mesma linha, é lógico considerar drogas que se ligam na interface da macromolécula do complexo formado pela IN e co-fatores celulares durante a integração. A inibição da interface da IN-LEDGEF poderia requerer o desenvolvimento de ensaios que monitoram as interações proteína-proteína não somente através da redução de sua formação, mas também pela estabilização/captura de intermediários abortivos, como no caso de inibidores inter-faciais (Pommier e Cherfils, 2005; Pommier e Marchand, 2005).

VII-PERSPECTIVAS

O principal gol da terapia anti-HIV é a eficiência da supressão da carga viral por mais tempo possível, isto é, sem a emergência de viroses resistentes. Para alcançar tal gol, é racional a combinação de terapias direcionando vários alvos virais. Alvos específicos do vírus são sempre atrativos porque inibidores seletivos podem ser privados de efeitos colaterais como a falta de alvos específicos do vírus em células infectadas.
Após a descoberta inicial da IN em 1978 (Grandgenett e outros, 1978) e o estabelecimento de sua requisição para a replicação do HIV (Hippenmeyer e Grandgenett, 1984), descobertas importantes tem pavimentado o caminho para o desenvolvimento de inibidores da IN. Estes incluem ensaios “in vitro” para integração (Bushman e Craigie, 1991; Craigie e outros, 1990, 1991; Fitzgerald e outros, 1991; Katzman e outros, 1989; Sherman e Fyfe, 1990); a identificação de domínios e resíduos altamente conservados (Engeman e Craigie, 1992; vanGent e outros, 1993; Vink e Plasterk, 1993; Vink e outros, 1993; tabela I); a determinação de estruturas de cristal no cerne do domínio C por raio X (Bujacz e outros, 1995; Chen e outros, 2000; Dyda e outros, 1994) elucidação da solução da estrutura do domínio N (Cai e outros, 1997); e o papel de co-fatores celulares na integração do HIV (Cherepanov e outros 2005).
Resultados promissores de testes clínicos para inibidores de IN (De Jesus e outros, 2006; Markowitz e outros, 2006 e Savarino, 200) apresentam a apreensibilidade para o uso de inibidores de IN como terapia anti-retroviral. Essa tremenda realização iniciará o desenvolvimento de novos inibidores baseados nos existentes e em novos tipos químicos. A obtenção estruturas co-cristais para os mais efetivos e promissores inibidores é limitada pelo desafio da solução de estruturas de grande extensão ligadas à IN ligada por seus substratos ao DNA (DNAs duplos do doador viral e do aceptor alvo). Entretanto, não está excluído que os inibidores por si mesmos deverão ajudar a elucidar essas estruturas se eles podem atuar como inibidores de interface e captores de complexos macromoleculares estáveis. Junto ao mapeamento de mutações na IN de resistência a drogas, essas estruturas deverão proporcionar uma razão para modificações químicas adicionais e melhoramento de inibidores. A busca por inibidores de IN clinicamente efetivos inclui a otimização dos parâmetros farmacológicos tal como uma reduzida ligação a proteínas do soro humano e dependência limitada de rotas de ativação metabólica (Laufer e outros, 2006). Finalmente, depois de terapias sistêmicas, inibidores de IN tópicos estão prosseguindo com vantagem como terapias curativas e preventivas.

(Capítulo “HIV-1 INTEGRASE INHIBITORS: UPDATE AND PERSPECTIVES” ; autores: Elena A. Semenova, Christophe Marchand, e Yves Pommier; do livro: HIV-1 MOLECULAR BIOLOGY AND PATHOGENESIS, CLINICAL APPLICATIONS, DE KUAN-TEH JEANG.)

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